domingo, 1 de fevereiro de 2009

Os insólitos dias de hoje

Enquanto espero o carnaval contemplo a desordem do mundo. Acontecem coisas (a palavra coringa) espantosas, por exemplo, o presidente dos Estados Unidos é negro. Eu, por mim, ainda acho que tem alguma coisa errada. Acredito piamente que ele deve ser alguma espécie de andróide, ou quem sabe algum “vingador do futuro” com a capacidade de se fazer ouvir e obedecer, pois apesar das aparentemente irrefutáveis provas em contrário, desconfio piamente da capacidade dos norte-americanos de vencerem seus preconceitos. Deus queira que eu esteja errado, mas tudo é possível, o insólito está solto no mundo.
O insólito muitas vezes é terrível, veja o grande Estado de Israel, destruindo escolas, hospitais, comboios de alimentos e usando bombas de fósforo, para, se possível, queimar até a alma dos palestinos, e tudo, segundo eles mesmos, por culpa do Hamas, que para manter o moral, há algum tempo vem lançando uns rojões desses de São João sobre os subúrbios de Israel, que se não matam quase ninguém, pelo menos fazem barulho.
O insólito às vezes é cômico, veja que o Ronaldinho, que é mesmo um fenômeno, depois de, no ano passado, operar o milagre da multiplicação das rolas, agora, literalmente, fez chover uma mulher nos seus próprios ombros, ou foi apenas um par de belas pernas sem o resto do corpo? Não sei. Eu estou preocupado, como diria um amigo meu “é o fim das eras”.
Veja que a crise realmente atingiu os Estados Unidos, eles estão mais pobres. Será que em um futuro próximo, o México terá que fechar suas fronteiras para debelar a invasão dos bárbaros do norte e o Brasil irá emprestar dinheiro aos estadunidenses, que queimarão as bandeiras dos imperialistas brasileiros, mas dançarão ao som de uma nova geração de grupos de pagode, duplas sertanejas e trios de forró? Será que sósias do Luís Gonzaga, do Roberto Carlos e do Raul Seixas, tomarão conta das ruas de Nova Yorque? É possível. Tudo é possível. Será que os discursos do Lula, serão brevemente editados e lidos, como os de Cícero, de Benjamin Franklin, de Roosevelt. Bem, não vamos exagerar, não vamos exagerar. De qualquer modo é muito melhor ouvir o Lula falar, que o quase ex-presidente do senado, Garibaldi Alves, o Toppo Giggio, ou, o marcha lenta e muito melhor que ouvir o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, o beiçudinho, síntese do judiciário brasileiro: vaidoso, burro e nefelibata. O homem é uma máquina de dizer asneira. Eu tenho pena do araponga que teve que ouvi-lo por dias e dias, porém, como eu não quero ser preso, mudando de pau pra caralho, vocês andam fazendo o quê, assistindo o Big Brother e falando mal da vida alheia?
Eu não, eu prefiro o Superpop, onde as questões nacionais mais cadentes são discutidas a exaustão e ainda se pode contar com a cultura dos entrevistados, debatedores e da própria apresentadora. Dia desses, eu vi uma discussão sobre se atriz pornô deve ou não ser considerada atriz, ou apenas puta mesmo, e a semana passada, uma discussão ainda mais eletrizante sobre as “pernas que desceram sobre os ombros do Ronaldinho”. Descuido ou armação? O programa foi praticamente um filme do Luis Buñuel.
Como eu disse, coisas incríveis acontecem pelo mundo. No interior de São Paulo, cortadores de cana trabalham movidos a crack; o Vasco da Gama goleou o Tigres do Brasil, em Duque de Caxias; o Sarney quer voltar à presidência do senado (Ave Maria); o Bruno ou o Fábio Barreto está filmando Lula, o filho do Brasil e me disseram, mas eu não sei se é verdade, que o Reinaldo Gianecchini vai fazer o papel título; o ministro da justiça (Tarso Genro, não sei de quem?) mandou soltar um italiano acusado de meter bala em quatro. Ele é o mesmo ministro que mandou de volta os esportistas cubanos para papai Fidel. No mais é esperar o carnaval e como diria o inolvidável Biu puta preta, passe banha.

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