sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As incríveis e espantosas aventuras de Zé Priquito e Chico Rola I

Prólogo ou “Das explicações necessárias”

Prezados feladores, arrombadores de bocetas e comedores dos furicos alheios, é a vós que eu me dirijo. A vós que nunca adiais uma mulher para o dia seguinte. Sorvedores de bons vinhos e de péssima aguardente, bebedores de cerveja; grandes comedores ou reles punheteiros, é a vós que eu me dirijo para narrar às espantosas, incríveis, singulares, extraordinárias e assombrosas histórias de Zé Priquito e Chico Rola.
A saga dos heróis dessa história começa muito antes da guerra de Tróia, embora também tenha sido causada por um priquito, pois tudo teve início quando um dos herdeiros do império Gupta e o seu fiel escudeiro foram amaldiçoados pelo sacerdote Chandragupta depois que o malvado descobriu uma armação do príncipe para facilitar a entrada do amigo no quarto da filha do todo-poderoso do império.
Possesso ao ver sua filha descabaçada o sacerdote não caiu na lábia nem do casal, nem do seu protetor, o príncipe, cujo nome se perdeu na bruma do tempo, e lançou à maldição, sua própria filha morreria naquele instante e ao reencarnar morreria sempre que fodesse pela primeira vez, enquanto os “dois infames” viveriam eternamente condenados a vagar pelo mundo sem eira, nem beira, nem riqueza nenhuma, a sobreviver de estradeirices ou da caridade alheia.
O sacerdote era poderoso, mas mais poderosos são os poderes do bem, pois expulsos de Pataliputra, os bons amigos procuraram “Obinas”, o iluminado sábio que vivia em Lhassa, no Tibet, que desfez em parte o feitiço de Chandragupta, permitindo que a ex-moça não morresse sempre que conhecesse varão e ainda conseguiu, utilizando seus poderes, permitir que o encanto fosse quebrado, se em algum momento, a xiranha da filha do sacerdote encontrasse o cacete do melhor amigo do príncipe. No momento em que isso acontecesse o tempo não seria nada e os três voltariam conscientes para Pataliputra, uma hora antes da quase fatal descoberta de Chandragupta.
O problema era encontrar a xoxota perdida, a urna encantada onde estava depositada a sorte e a fortuna dos três jovens, mas o quê fazer? Lutar.
E assim se iniciaram as aventuras dos amigos condenados a foder todas as mulheres do mundo para encontrarem a solução dos seus problemas, o amigo do príncipe, por amor, e o príncipe por safadeza mesmo, que desde pequeno o herdeiro do trono de Pataliputra era muito safado, e deste modo insólito os amigos vagaram pelo mundo a procura da boceta panacéia.
Sempre com a mesma idade e vigor viveram na corte do Rei Arthur; nos domínios de Kan Kan Musa; foram soldados de Saladino; enfrentaram o exército mongol e foderam gregas e troianas, lisboetas e madrilhenhas, etíopes, turcas e chinesas. Correram o mundo muitas vezes e foram conhecidos por muitos nomes, mas foi ao desembarcar na boa Terra de Santa Cruz, que o vulgo chama Brasil, que ganharam o apelido de Zé Priquito e Chico Rola. O príncipe foi chamado de Zé Priquito pelos naturais do lugar por gostar mais da fruta do que sebo e pentelho e o seu dileto amigo, de Chico Rola, por ser membrudo.
O que vai a seguir é um pequeno relato de algumas das estupendas aventuras vividas pelos amigos inseparáveis a procura da supracitada boceta panacéia, aquela capaz, se não de por fim a todos os males do mundo, pelo menos devolver a um deles a felicidade completa, que só é alcançada quando se encontra o amor mais puro e ao outro a riqueza e a realeza, na posse da qual, como todo o homem sabe, é muito mais fácil foder.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Entrevista com José de Alencar

V.Sa se considera o maior escritor do Brasil?

- Sempre fui e ainda sou um peão na literatura, como em tudo o mais; não tenho brasões.

Qual é o seu público?

- O pequeno grupo daqueles que não carecem do hissope para serem católicos, nem do avental para servirem a causa da liberdade e da civilização.

Qual a sua opinião sobre a maçonaria?

- Uma puerilidade de homens barbados.

Como o V.Sa caracteriza o governo?

- O mago que muitas vezes faz da mentira a verdade.

Qual o grande mal do nosso império?

- Os ministros constitucionais, que a todo instante invocam o pretexto da necessidade pública e do bem geral para calcar a lei, a justiça, a moral. Outrora derramava-se mais sangue; nos tempos modernos corre mais o dinheiro; no fundo a tática é a mesma.

Quem são os heróis?

Os grandes criminosos da história.

Qual sua opinião acerca da questão servil?

- Nem nos meus discursos, nem nos meus escritos aplaudi a escravidão; respeitando-a, como lei do país, manifestei-me sempre em favor de sua extinção espontânea e natural, que devia resultar da revolução dos costumes, por mim assinalada.
A escravidão é um fato de que todos nós brasileiros assumimos a responsabilidade, pois somos cúmplices nele como cidadãos do Império.

Quem são os grandes inimigos do Brasil?

Certos escritores empenhados em desnacionalizar seu país, e para os quais a pátria não é senão o Estado com seus parlamentos, seus códigos e outros acessórios.

O quê representa o Brasil?

(Risonho)
- O caju tem mais de brasileiro do que o café e o fumo, que ornam o nosso escudo nacional.

Diga-nos alguma palavra sobre o futuro do Brasil?
- O futuro deste grande Império há de ser feito por uma civilização generosa, não pelo acinte e a inveja.

O quê nos diz sobre os seus críticos?

- Ora, sou acusado de barbarizar a nossa literatura, tornando-a tupi e selvagem, separando-a do mundo civilizado pela linha negra da escravidão; criando um teatro como nunca existiu; ora, não tenho a menor originalidade, e sou apenas o tradutor dos livros europeus.

V.Sa travou uma polêmica com o Sr. Joaquim Nabuco, qual sua opinião a respeito dele?

(Irônico)
- É uma felicidade para o mundo que até agora não tivesse muitos Joaquins Nabucos. Todo o esforço da natureza em seis mil anos não conseguiu produzir senão um modelo único. Deus amerceou-se de nós, pois do contrário; Homero, Ésquilo, Virgílio, Dante, Shakespeare, Goethe, todos os grandes poetas seriam impossíveis.

V.Sa poderia traçar um paralelo entre a literatura e o jornalismo?

- Não se lê muito entre nós; mas a opinião do jornalismo é acatada.

Para V.Sa o quê é o teatro?

- O teatro não é uma iluminação, uma fantasmagoria, ou uma destas festas venezianas de fogos de artifício e surpresas deslumbrantes. Aí os principais espectadores são o espírito e o coração; e não os olhos e os ouvidos.

O quê é a poesia?

- A poesia, como todas as coisas divinas, não se define; uma palavra a exprime, porém mil não bastam para explicá-la.

E a simplicidade?

- De há muito tempo que se usa dizer que uma mulher é simpática, para não dizer que é feia; que uma coisa é singela, para não dizer que é monótona; que um escritor é simples para não dizer que é árido.

O quê colocaria no seu epitáfio?

- Exerci meu direito, e usei da liberdade para mim muito preciosa de dizer a verdade aos reis, como aos povos.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bacia de Cego

Dilma

O governo da Dilma é o maior sucesso na Bulgária.

Todo boato tem um fundo de verdade

Tudo bem, eu não acredito que a Dilma seja satanista nem nada, mas que ela fez um pacto com o cão menor Edir Macedo, isso fez, ou vocês não assistiram a posse.

Dilma III

A irmã do Chico Buarque no ministério da Cultura; o Padilha, que não é o do tropa de elite, no ministério da Saúde e palhaço fardado no da defesa, além do Lobão nas Minas e Energia, sei não. Vai dar merda.

A volta

Ronaldinho Gaúcho, nova-velha prostituta em fim de carreira, resolveu mudar de praça para ganhar mais dinheiro, não podia ter escolhido lugar melhor.

Tragédia

É chuva que não acaba mais, por isso tem gente querendo uma indenização de São Pedro, mas eu creio que não é por aí.

Descobrindo o óbvio

O Haiti está em todo lugar.

Plebiscito ou referendo?

Eu sei é que a coisa tá preta lá no Sudão.

Perseguição

Dizem que a Dilma tirou o crucifixo do palácio. E daí, ela foi eleita para ser Papa ou para ser Presidenta.

Blasfêmia

E o Papa foi tão pop que virou santo, que eram como chamavam os astros pop da Idade Média.

Profecia

O Corinthians não vai ganhar a libertadores.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ano 1 D. L

A vida perdeu a graça, sim, a vida perdeu a graça, nesse novo ano, o primeiro D. L, a vida perdeu a graça, pois já não temos entre nós o onipresente Luís Inácio. Somos todos órfãos do grande pai, mas não há de ser nada, ele deixou sua “preciosa” para zelar pelo Brasil, antes que um aventureiro lance mão, e está apenas recarregando as bateria e voltará, para felicidade geral da nação, voltará, quem sabe logo em 2014?
Mas falemos de outra coisa, que a lembrança daquele grande homem de um metro e quase nada me deixa deprimido. Ele voltará, eu sei, assim como as chuvas de verão, a dengue e o big brother, ele voltará.
Outro que voltou foi o Ronaldinho, para acabar a carreira, garanto, melancolicamente, no Clube de Regatas Flamengo, aquele que aceita até carniceiros, mas deixemos isso de lado, quem sabe o insigne gaúcho não ganhe um campeonato carioca, o quê não é pouca merda, é um pinico cheio.
Cheio também está o inferno, do final do ano passado pra cá já ganhou dois ilustres ocupantes: o Romeu Tuma e o Orestes Quércia, mas ainda é pouco, eu teria um lista enorme para fornecer pra morte, pelo menos uns 513, porém a “velha e ossuda ceifeira” não aceita conselhos e o inferno, embora cheio, é como a velhacaria do Maluf, um poço sem fundo.
Falando em fundo, será que alguém reparou na ilustre vice-primeira dama? Eu acho que não, e por isso, não serei o primeiro, pois não se pode brincar impunemente com um vampiro, ainda mais com um vampiro do PMDB, que tem conexões com gente de todo o Brasil, e quiçá, do Uruguai, das Ilhas Cayman, da Suiça, não, eu não cometeria uma temeridade destas.
Garanto que o trocadilho foi involuntário, porém infame, mas é que ainda estou emocionado com os fogos de artifício que iluminaram e coloriram os céus sobre a Igreja da Penha e o morro do alemão, que coisa bonita, que mimo para aquela população, cuja vida agora é outra, graças a obra do super Sérgio Cabral e a cobertura da rede Globo de televisão.
Foi de uma hipocrisia tocante.
Será que o Boninho mandou uns panetones pro pessoal?
Mas chega de pessimismo, este é um novo ano, temos uma nova presidenta e o Galvão Bueno, o Pedro Bial, o Cezar Peluso, o Gilmar Mendes, o Zé Dirceu, o Paulo Coelho. Ave Maria, esse povo não morre.
Quem não morre mesmo é o nosso ex-vice-presidente highlander José Alencar. Penso que todo político brasileiro devia ser como ele: sorridente e a beira da morte. Tudo bem, tudo bem, eu fui longe demais, mas a verdade é que torço para o “bom velhinho”, o quê não vale para o resto dos políticos, que deviam seguir o seu exemplo.
Que bom seria se o câncer eliminasse as falhas da lei da ficha limpa.
Estou amargo, é a abstinência do big brother, só pode ser, mas isso logo acaba e eu encontrar – me – ei tão risonho quanto o Pedro Bial, tão safado como o Silvio Santos e tão feliz quanto os filhos do Lula.