quarta-feira, 25 de março de 2009

A furicagem ou à noite em que Ronaldinho se lascou com os travestis

Em abril de dois mil e oito
Na barra da Tijuca
Ronaldinho, o fenômeno
Foi pego na maior muvuca
Logo com três travestis
E para se justificar
Disse que pensou que eram três putas.

Não foi pego no flagra
Assim com a mão na massa
Com a boca na botija
Enfiando o pé na jaca
Afogando o ganso
Molhando o biscoito
Mas também, era só o quê faltava.

Ele disse que não sabia de nada
E quando soube quis voltar pra casa
Uma delas não aceitou
A grande quantia que ele dava
Exigiu mais
Senão fazia um escândalo
E ele era quem se lascava.

Ele não aceitou pagar uma quantia
Assim tão elevada
Então Andréia
Chamou a PM que logo chegava
E assim todos acabaram na delegacia
Mas o delegado era flamenguista
E camarada.

Antes de qualquer coisa
Foi logo acusando a boneca
Que não se sabe como saiu voada
Por ser tão levada da breca
Mas ai o circo já estava armado
E o Ronaldinho só dizia pra si
Mas que MERDA.

Na casa da sua noiva
A televisão estava ligada
E ela não gostou quando viu
O Ronaldo com aquela cara desconfiada
De quem comeu e não gostou
Ou de quem foi comido
Mas jura que não gozou.

A versão de Andréia foi um pouco diferente
Disse que ele encarcou duas
E mandou comprar farinha “de mandioca”
Elas foram, mas não voltaram da rua
E ele irritado
Quis lhe passar um xexo
Não lhe dano porra nenhuma.

Merda feita
Merda contada até na Espanha
Ronaldinho virou chacota
A noiva dele fez greve de bussanha
Ele não sabia o que fazer da vida
Além de tudo faltava músculo
Sobrava banha.

Mas sempre há uma luz no fim do túnel
Ele se explicou no Fantástico
Contou do seu engano
Ele um astro
O fenômeno
O nazário
Não queria montar o quarteto fantástico.

Nem mesmo o quadrado mágico
Queria só comemorar
A vitória do urubu
E ao se empolgar
Confundiu
Galinha com tamanduá
Valia a pena perdoar.

No final de tudo
Andréia virou a boneca das estrelas
Carla e Veyda continuaram na rua
Levando madeira
A noiva dele perdoou o deslize.
Ele então viajou de iate
Sob as bênçãos do delegado Pereira.

Voltando fugiu das câmeras
E no fim do ano
Buscou refúgio entre os gaviões
Não quis saber mais do urubu
Anda assustado
Irritadiço
Com qualquer história de cu.

Está agora em São Paulo
A terra da garoa
Não joga com o Richarlissom
E parece que vai casar com a patroa
Emagrecer
Tratar da miopia
E ficar numa boa.

Ronaldinho meu compadre
Dessa história fica a lição
Ouça bem e não discuta
Meu amigo, meu irmão
Não confunda nunca
Uma trinca de boceta
Com uma ruma de culhão.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Os três Brasis e o Lula

Essa coisa de analisar o Brasil como um país dualista é tão velha quanto o próprio Brasil, contudo, essa forma de interpretar a realidade brasileira, hoje, perdeu a validade, pois existem três sociedades no mesmo país, que as vezes se encontram, as vezes se amam, as vezes se matam, mas que na maior parte das vezes se olham com estranheza. E a divisão não é só entre os que vivem a beira do mar e aqueles que vivem na beira do rio (Em algumas cidades do Norte, são os ricos que moram na beira dos rios), do morro e do asfalto, do centro e da periferia, dos condomínios fechados e das favelas, pois ainda existem os loteamentos, os conjuntos residenciais e os subúrbios.
Há os filhos da puta, que sabem sonegar imposto com a mesma perícia com que a PM mata crianças de rua, e que por isso não são presos, mesmo porque tem dinheiro suficiente para pagar advogados topa-tudo-por-dinheiro e comprar juízes que precisam construir sua casinha na praia ou viajar para Nova York ou Paris; há também os que pagam imposto de renda na fonte e que às vezes querem dar uma de esperto e podem acabar mal e finalmente há os fudidos, cujo sonho é ter renda suficiente para pagar imposto de renda.
Há os que vivem do Bolsa-família e os que vivem dos empréstimos da caixa econômica e também os que vivem dos dez por cento do custo das obras das três instâncias governativas e que não raro esperam o perdão de suas dívidas milionárias no Banco do Brasil. Eu me pergunto se os ruralistas já pagaram alguma dívida neste país.
Os exemplos poderiam ser infindos, pois há os ricos que podem pagar para estudar, mas estudam nas universidades públicas e gratuitas e há os remediados que às vezes chegam as federais e às vezes quase morrem de fome para pagar a PUC e finalmente há os filhinhos de papai e os pobres pobres, porém não miseráveis, que pagam essas faculdades de mentirinha que proliferaram no Brasil com mais força que buraco em BR e mosquito da dengue no verão.
São três países: o que vai ao cinema, anda de carro e tem computador de última geração; o que compra um piratão, anda de ônibus, trem, vã ou um chevetão de fazer vergonha e freqüenta as lan-houses e os que esperam a Tela Quente, andam a pé mesmo, porque a passagem é muito cara, e nem sabem direito o quê é um computador.
Os primeiros pagam hospital particular ou plano de saúde e andam com seguranças pra cima e pra baixo; os segundos freqüentam as clínicas de bairro, pagam o plano de saúde mais barato (e não raro na hora do vamô ver, são atendidos no SUS) e pagam um ex-PM para fingir que vigia a rua; e os terceiros lotam as filas do SUS, quando não morrem nas greves dos médicos (ô povinho ordinário esse de branco) e nas portas dos hospitais e são achacados ou mortos pela PM, pois segundo a Briosa, ou são marginais ou são parentes dos marginais e portanto culpados.
Enfim, existem três categorias de brasileiros: os doutores e as madames, que bebem Wisqui, cheiram cocaína e votam no Lula; o cidadão e a senhora, que bebem cerveja, um vinho chileno no natal e uma maconhazinha e também votam no Lula e os negros safados, que bebem cachaça e se acabam no Crack, com menos de vinte, mas que igualmente votam no Lula, que consegue ao mesmo tempo ser amigo dos banqueiros, dos professores universitários e dos fodidos de todo gênero, pois mora em um Palácio, anda cheio de seguranças, mas vai voltar a morar no ABC, criou muitas vagas no serviço público federal, assiste DVD pirata e toma sua cachacinha, que ninguém é de ferro.

PS.: Se você for chamado de cidadão no Brasil você ta é fudido, pois, quem já não ouviu a frase: pois é cidadão mas eu não posso fazer nada, o senhor vai ter que pagar a multa até o dia 30 ok.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Gaveta de sapateiro

Renan Calheiros, o super-homem do congresso conseguiu mais uma de suas proezas e elegeu o grande Collor para a Comissão de Infra-estrutura. A insuportável deputada do PT, Ideli Salvatti, apesar de ciscar pra dentro, ficou de fora.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
O Flamengo, em pleno sábado de carnaval perdeu para o Rezende, mas agora o Friburguense não perde por esperar.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
O Bispo da Paraíba suspendeu as ordens do Padre Luís Couto, mas, por quê? Dizem as más línguas que não foram as declarações liberais do próximo da lista da pistolagem, mas apenas por vaidade do prelado.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Na Paraíba do Norte corre ainda a notícia de que o Bispo Dom Aldo Esgoto, quer dizer Pagoto, recebia um cassalão do governador recentemente cassado, Cássio Cunha Lima.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Por falar nisso alguém sabe por que o maior ginásio de esportes de João Pessoa, batizado em homenagem ao então governador Ronaldo Cunha Lima, chama O Ronaldão, por que não poderia ser O Limão ou O Cunhão. Outra coisa, e se o atual governador José Maranhão resolver construir um ginásio, como é que fica.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
O Beiçudinho, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deu uma dentro, é inadmissível que um movimento que descumpre a lei seja financiado com dinheiro público. Resta agora o Beiçudinho reconhecer que no Brasil as leis foram feitas para colocar pobres na cadeia e inocentar os ricos.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Me digam uma coisa: se todos são iguais perante a lei, por que um assassino que matou uma vez só mas tem diploma pode dispor de cela especial e se não tiver vai pra cela comum mesmo. O crime de quem tem diploma é menos crime é?
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
A menina foi estuprada pelo padrasto, podia morrer, então a mãe, a justiça e os médicos resolveram que seria melhor fazer um aborto, mas o bispo de Olinda e Recife vociferou que aquilo era um pecado mortal e prometeu excomungar todo mundo, menos o padrasto. O bispo só esqueceu que sem o estupro, não haveria necessidade de aborto e a menina não levaria a dor dessa covardia pelo resto da vida.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Barrichelo está de volta e não está feliz.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Agora está na moda matadores adolescentes barbarizarem nas escolas. Por que não procuram outros alvos, que falta de criatividade, estão ai os parlamentos do mundo inteiro, as convenções do PMDB, as gravações do Zorra Total, as entrevistas do Lulu Santos, as partidas do campeonato carioca, os shows de Victor e Leo...
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Ele voltou, Ronaldo, o fenômeno, gordo como um boi ladrão, mas com fome de bola, nem o alambrado o segura.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Me digam uma outra coisa, ninguém tem alguma idéia melhor do que levar ilustres visitantes para ver o rabo balouçante de uma mulata.
Sérgio Naia morreu, pra alma dele cago eu.
Não sei se vocês sabiam, mais o ex-deputado Sérgio Naia foi pro andar de cima, quer dizer, de baixo. Sei lá.

domingo, 15 de março de 2009

Feliz ano novo

Acabou o carnaval, estamos às vésperas da semana santa, o ano da graça do senhor de dois mil e nove começou pra valer. Os campeonatos estaduais já estão na segunda fase, falta só a globo iniciar a nova programação. Será que haverá vida depois dos monólogos do Pedro Bial e das novelas do Miguel Fallabela? Melhor nem pensar no assunto. O negócio agora é a internet, mas voltando ao tema, dois mil e nove começou. Assistimos ao retorno do Fernando Collor de Melo, o caçador de marajás, o defensor dos descamisados, o responsável pela redução do pãozinho nosso de cada dia, o usurpador de poupanças alheias, o nariz mais ativo das Alagoas e também do não menos importante maior artilheiro das copas, melhor jogador do mundo por duas vezes seguida, o putanheiro, o fenômeno, o papa-tudo, o papa-rabo, o ganha-pão dos travestis cariocas, o guerreiro, Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldinho, o Ronaldo. É meus amigos, não é pouca merda não, é um penico cheio.
Como se não bastasse isso fomos brindados por uma sucessão de escândalos: os grampos do Protógenes (e ele nem está no colegial); o castelo mineiro; a mansão do Agaciel; o bolsa sem terra (que como as outras bolsas começou com Fernando Henrique). E os crimes então, que beleza, um padrasto que estupra a afilhada de nove anos; uns assaltantes cariocas (coisa rara) que jogaram um casal de um penhasco por que tavam a fim mesmo; quatro capangas que foram à caça e saíram caçados em Pernambuco, e mais, chacina no Pará e marido que atira mulher do carro em movimento, rouba um avião e se mata com a filha.
Não é Roliúde não, é o Brasil mesmo e mais precisamente Goiás.
Dois mil e nove promete.
O governador da Paraíba foi cassado, o do Maranhão está a caminho. A justiça dessa vez tardou, mas parece que não vai falhar. Agora é melhor nem perguntar quem vai assumir os mandatos, senão dá um desânimo imenso.
E a guerra. Quê guerra? Guerra porra nenhuma diria o grande Biu Puta Preta, pois aquele filho da puta de cabelo espetado da Coréia do Norte só têm arranque como carro velho, o quê ele sabe mesmo é, por meio do sistema de alto-falantes que instalou na capital, acordar toda a população quando ele mesmo acorda e como é de praxe, roubar o dinheiro do povo e o deixar morrer de fome para o seu próprio bem e o bem da revolução. E isso faz quase sessenta anos e ninguém acaba com essa merda, agora se a merda tivesse petróleo era outra coisa. E a ONU, vai fazer alguma coisa para salvar do genocídio os dissidentes do Sudão? Eu creio que não.
A nossa América latina continua a mesma, sendo outra, nós somos incansáveis criadores de paradoxos, Hugo Chávez desmoralizou a democracia, é o primeiro ditador eleito e o seu antigo desafeto e agora amigo de infância, Álvaro Uribe, segue no mesmo caminho, barbarizando opositores com os seus paramilitares. Um ditador pretensamente de esquerda e outro de direita, Biu Puta Preta diria, é tudo merda do mesmo furico e é mesmo.
Escatologia a parte, vocês viram as filas de desempregados nos EUA? É, as coisas mudam, mas nem tanto, os paraísos fiscais continuam ativos, guardando com segurança a poupança de sangue dos ditadores, a caixinha dos corruptos e os lucros de toda espécie de comércio ilícito (pessoas, animais, drogas, pedras preciosas, armas, órgãos e etc). Não seria a hora de acabar com eles, a começar pela Suíça, aquele paiszinho que adota uma pose de seriedade enquanto sobrevive de juros sobre fortunas sujas e impostos sobre medicamentos que 90% da população do mundo não pode pagar. Mas quem pensa nisso? Ninguém, por isso é melhor dormir e sonhar com a Jéssica Alba vestida de Eva.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Anúncios/Classificados/Patrocínio - Fevereiro

Aguardente Cu de bebo não tem dono.
Força-tarefa de castração dos pedófilos.
Fã-clube do Hugo Chávez.
Associação dos órfãos da Tiazinha.
Sociedade Brasileira de Patafísica.
Movimento em defesa do bolsa-aguardente.
Movimento em defesa do bolsa-pinga (Dissidência do movimento anterior).
Sodalício dos que não esqueceram o Mensalão.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Carta de um doido para um maluco

Era noite, o sol brilhava num límpido horizonte montanhoso. Eu sentado de pé numa pedra de pau com os olhos arregalados quase se fechando. Logo depois me levantei e comecei a andar ligeiramente devagar num bosque sem árvores onde os passarinhos pastavam e as vaquinhas pulavam de galho em galho a procura de seus ninhos e um elefante descansava na sombra de um pé de alface.
Chegando em casa entrei pela porta da frente que fica nos fundos. Deitei meu palitó na cama e me pendurei num cabide. Passei a noite em claro, pois esqueci de apagar a luz.
Mais tarde senti fome e fui ao banheiro almoçar. Logo senti um gosto horrível, pois tinha comido papel higiênico e limpado a boca com o bife.
Então resolvi sair para dentro do jardim. Lá encontrei um papel em branco em que estava escrito o nome de quatro profetas, que na verdade eram três: Mateus e Jeremias. Logo concluí que o mundo é uma bola quadrada. Diante disto afirmo: “prefiro a morte do que morrer”.

Anônimo que circulou entre os estudantes secundaristas no ano de 2005.