quarta-feira, 4 de março de 2009

Carta de um doido para um maluco

Era noite, o sol brilhava num límpido horizonte montanhoso. Eu sentado de pé numa pedra de pau com os olhos arregalados quase se fechando. Logo depois me levantei e comecei a andar ligeiramente devagar num bosque sem árvores onde os passarinhos pastavam e as vaquinhas pulavam de galho em galho a procura de seus ninhos e um elefante descansava na sombra de um pé de alface.
Chegando em casa entrei pela porta da frente que fica nos fundos. Deitei meu palitó na cama e me pendurei num cabide. Passei a noite em claro, pois esqueci de apagar a luz.
Mais tarde senti fome e fui ao banheiro almoçar. Logo senti um gosto horrível, pois tinha comido papel higiênico e limpado a boca com o bife.
Então resolvi sair para dentro do jardim. Lá encontrei um papel em branco em que estava escrito o nome de quatro profetas, que na verdade eram três: Mateus e Jeremias. Logo concluí que o mundo é uma bola quadrada. Diante disto afirmo: “prefiro a morte do que morrer”.

Anônimo que circulou entre os estudantes secundaristas no ano de 2005.

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