domingo, 26 de julho de 2009

Em busca de artistas de verdade

O mundo de hoje está órfão de grandes artistas. Vivemos o reino das nulidades absolutas, das mediocridades triunfantes, dos ufanistas da ignorância. A arte ficou burra ou as pessoas podem ser dividas entre os fracos de espírito e os espíritos de porco? Penso que nenhuma coisa nem outra, penso que essa sensação de desamparo diante de um mundo sem tradutores é mera dificuldade de pensar ou de buscar, pois os grandes artistas ainda povoam o mundo, mesmo que escondidos em teatros do interior, em bares de levar puta, longe das vitrines das livrarias e cantando para ninguém na nova torre de babel que é a internet.
É certo que o diabo não mais aparece para desfazer as cantorias e muito menos afina guitarras ou ensina violinistas a tocar, porém enquanto houver a dor haverá artistas e como a dor é a mesma, tão velha quanto o mundo e tão nova quanto às crianças que acabam de nascer, não faltam nem faltarão artistas de verdade, artistas sinceros, ou seja, qualquer um que consiga extrair o maravilhoso do óbvio ou encontrar a realidade a partir de uma imaginação delirante, sejam ou não bem aceitos pelos segundos cadernos dos jornais, pelos afagos cadavéricos das academias e institutos e pelos carinhos pedantes dos currais a que o vulgo atribui o nome de universidades.
Assim sofrendo, às vezes famintos, ridicularizados pelos obtusos ou adorados pelas razões erradas, os verdadeiros artistas sobrevivem, mesmo que vez ou outra se convertam ao protestantismo, aos programas vespertinos de televisão; morram de overdose, quase sempre aos vinte sete anos ou hibernem temporariamente sob as benesses relaxantes e estéreis dos incentivos governamentais.
No entanto, embora sabendo que arte é coisa em que as idiossincrasias pessoais, isso mesmo, idiossincrasias pessoais, compram, vendem e alugam, indico alguns artistas da minha preferência para os que estão em busca de arte e não tem medo de tristeza, nem de alegria, começando pelo Sine Calmon, cujos cds valem pela música “Nayambing Blues”; os três últimos discos dos inacreditáveis Los Hermanos, por que o primeiro parece um rascunho do rascunho do que viria depois; o excelente cd: “Quem vai comprar nosso barulho”, das Xicas; a voz melodiosa da Céu.
E para não ficar apenas na música e adentrar a perigosa seara da televisão, caso queiram um pouco de arte, assistam a novela das seis, isso mesmo, a da santinha e sintam-se como confortáveis solteironas, acreditando por quarenta minutos que a vida, apesar de tudo, é maravilhosa e que o amor é possível.
Porra, eu me chamo mesmo Reginaldo Stallone?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bens que precisam ser tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

1 – A perna mecânica do Roberto Carlos
2 – O bigode do Sarney
3 – O cotoco de dedo do Lula
4 – Os pelos pubianos da rainha dos baixinhos
5 – O microfone peitoral do Sílvio Santos
6 – Aquilo Roxo do Collor
7 – A bunda da mulher melancia (uma vez que por incúria do IPHAN, as nádegas da Gretchen e da Rita Cadillac já caíram.)
8 – Os chifres do Latino
9 – A pança do Ronaldinho
10 – A papada do Jô Soares
11 – A pinta da Angélica
12 – Os sapatos da cantora Simone

Espero que o IPHAN aja com rapidez para que a “Civilização Brasileira” não seja privada de alguns dos seus mais importantes símbolos, pois devido à irresponsabilidade desses burocratas já perdemos o cabaço da Sandy e o Bornai do Clóvis Bornai.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Drops

Espanha

Espanhol quando não caga na entrada, caga na saída.

Prodígio

Joel Santana falando inglês.

Luto

Michael Jackson foi para a terra do nunca.

Saudades

E você que reclamava do Renan hein?

Maldade

Dizem as más línguas que o túnel encontrado no quarto do estilista Clodovil terminaria em uma das passagens secretas de Neverland.

Viúvo

Todos os míopes estão solidários com Ronaldo Nazário de Lima, indiscutivelmente o Fenômeno...

Tiranos

Os tiranos podem mudar de endereço, mas continuam vivos: Venezuela, Nicarágua, Irã, China, Miamar.

Sucesso

A foto da Valesca Popozuda olhando a foto do presidente Lula fez o maior sucesso, afinal de contas se o quê existe de mais popular no Brasil é uma boa bunda, a segunda é o nosso presidente.

Partido dos Trabalhadores

Nessa história do Sarney o PT está mais perdido que filho da puta no dia dos pais.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Michael Jackson super-herói

Michael Jackson morreu, para sorte dos humoristas e dos familiares do cantor, que pelo que foi divulgado não eram lá muito queridos por ele. Triste vida a de Michael, sua vida inteira um equívoco, de rapaz bonito virou um homem feio, de negro virou branco e pior, foi adulto quando criança e criança quando adulto, além disso, não sabia lidar com sua presumível homossexualidade, se não fosse à arte, que o salvou e o fez amado, estaria vivo, porém babando em algum hospital psiquiátrico nos confins miseráveis dos Estados Unidos.
Michael Jackson foi uma espécie de gênio da raça norte-americano, eu explico, aqui no Brasil durante muito tempo, por um resquício da teoria das raças amplamente divulgada no nosso país de mulatos masoquistas, se procurou o gênio da raça, ou seja, aquele individuo que ao nascer desenvolveria todas as características do povo de um país. Na sua individualidade ele seria a síntese de sua raça, no que ela pudesse ter de bom ou ruim, seria uma espécie de super-homem por assim dizer. Os brasileiros apenas esqueciam que segundo as teorias em voga os mestiços herdariam o pior das duas raças das quais eram originários. Então quem seria o gênio da raça? Hoje todos apostariam no Lula, mas nos anos 40 e 50 os maiores candidatos eram artistas e atletas.
Porém, entre os americanos, sem dúvida nenhuma o gênio da raça, nessa minha modesta opinião, foi o Michael Jackson, pois nenhum outro individuo sintetizou tão bem na vida e no próprio rosto a tragédia da “civilização norte-americana”, materialista e hipócrita, cujos membros não concebem a possibilidade do fracasso, mas que frequentemente também não sabem lidar com o sucesso. E para o último paradoxo, agora que morreu vai virar uma espécie de santo laico e dará mais lucros as gravadoras moribundas e ao espetáculo midiático do que vivo. Afinal de contas seu velório vai ser um grandioso espetáculo. Algum matemático ou economista já avaliou quanto vale o cadáver de Michael Jackson?
A morte do “rei do pop” me fez pensar em quem seria o gênio da raça de outros povos e logo me veio a mente a figura de Maradona, sem dúvida o gênio da raça argentina, ou seja, um homem pequeno que já foi grande, que não passa de uma caricatura do que foi e de uma miniatura do que poderia ter sido. A imagem de Maradona é a imagem da decadência da Argentina.
Assim, enquanto os norte-americanos são trágicos os argentinos são patéticos e os brasileiros, bem é bom nem pensar, pois os noticiários dos últimos tempos nos deram vários candidatos a gênio da raça: o homem que virou verbo, Paulo Maluf; o jogador de futebol que consegue encarar três travestis sem se cansar, Ronaldo Nazário de Lima e o presidente que depois de ter seus auxiliares mais próximos envolvidos no maior esquema de corrupção já descoberto na história do Brasil consegue se reeleger e alcançar quase 80% de aprovação popular e de quebra ainda é considerado um novo líder mundial com as bênçãos de Barack Obama, o homem que, se der certo, iniciará o processo de mudança na mefítica sociedade norte-americana.
E como não resisto a um lugar comum, Michael Jackson morreu, que a terra e a morte lhe sejam leve, por que a vida não foi.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Anúncios/classificados/patrocínios/apoios

Viação Coração de Puta – Onde sempre cabe mais um
Atalaia Futebol Clube
União nacional dos cornos de biqueira

Made in Brazil

Pauta de exportação do Brasil ao longo dos séculos

Papagaios
Pau-Brasil
Sífilis
Açúcar
Ouro
Couros e atanados
Diamantes
Café
Borracha
Dinheiro roubado
Algodão
Técnicas de tortura (Especialmente no período de 1964 – 1985)
Novelas
Jogadores de Futebol
Soja
Jogadores de vôlei
Carne
Putas
Muito dinheiro roubado
Travestis