Minha revolta é inútil por que ninguém ouve e ninguém presta atenção, mas quem sabe um dia, quem sabe?
Por enquanto sigo sozinho como um Dom Quixote ridículo, como um profeta, um profeta não, um maluco e envelheço.
Já não consigo entender a ternura.
Porém como sou teimoso, ridículo, mas que ridículo, obtuso, sigo no mesmo caminho, que segue me levando a lugar nenhum, mas quem sabe um dia, quem sabe?
Nessa esperança sigo lutando contra os moinhos de vento, contra a hostilidade do mundo, a estupidez que pinta o céu de azul e as mediocridades satisfeitas que nunca entendem nada.
Contra os governos, todos eles, que os governos estão sempre no poder e contra os anarquistas.
Contra a morte, mesmo que não adiante. O que importa é a luta.
Tenho um apuradíssimo senso de tragédia. Quem sabe um dia não mate o rei, não o mate em praça pública e sem derramar sangue.
Niilista confesso e por isso mesmo crente apenas na beleza do suicídio, desde que não esteja chovendo, que não haja poesia e que só existam mulheres feias, tolas e burras.
Meu coração não tem juízo.
Meu cérebro perenemente intoxicado não de meta-anfetamina, mas de versos. Meus olhos sempre ciosos de espanto. Minha atenção para o insólito que se esconde por traz do trivial, me deixa sempre ocupado, sempre alerta para ver surgir o monstro ou o anjo onde todos só enxergam grama, mas o mundo não me entende, me ignora.
Gente embrutecida já não compreende a beleza, a estupidez é uma epidemia que ameaça o mundo.
Por isso sou contra todos os que bebem coca-cola, contra todos os que bebem água. Contra os ditadores e os democratas. Contra os pervertidos e os puros de coração.
Meu evangelho não está escrito. Meu evangelho é música.
Meu pão é o que não existe, o que está por vir, mas por enquanto minha dieta é de rins de bois torrados e suco de caju. As mulheres infelizmente me recusam a prisão dos seus ventres e eu sigo faminto e só.
Meu coração é um poço profundo onde repousam águas há muito tempo estagnadas.
Contra o sol e contra lua e, sobretudo, contra tudo o que não seja verdadeiro. Infelizmente meus amigos estão longe ou já morreram há muito tempo, mas quem sabe a morte não seja de fato o fim?
Minha esperança.
Contra o amor e contra o desamor, mas, sobretudo, contra essa gente de mentira que irá apodrecer antes do fim mundo.
Meu coração é um lugar de trevas, onde até a luz envelhece.
Quando eu era criança o teu rosto parecia o de uma fruta madura e o meu desejo era bom como um tiro certeiro no olho esquerdo de uma menina má.
Contra os vegetarianos e os bêbados.
Contra a rosa que os poetas mataram. Contra Deus e o pobre diabo que divide comigo a manga verde, o sal e o copo americano cheio de cachaça ordinária.
A vida não vale a pena, mas o que fazer, não vou morrer de delicadeza, por isso vou ficando cínico e seco, como um velho sátiro, como o demônio com quem discuto a desordem, o desconcerto do mundo, que Deus abandonou desde o primeiro pecado.
Mas triste do que eu Adão, que pouco depois de nascer, já foi abandonado.
Deus é isso, uma mãe desnaturada, que nunca tem tempo para os seus filhos.
Por enquanto sigo sozinho como um Dom Quixote ridículo, como um profeta, um profeta não, um maluco e envelheço.
Já não consigo entender a ternura.
Porém como sou teimoso, ridículo, mas que ridículo, obtuso, sigo no mesmo caminho, que segue me levando a lugar nenhum, mas quem sabe um dia, quem sabe?
Nessa esperança sigo lutando contra os moinhos de vento, contra a hostilidade do mundo, a estupidez que pinta o céu de azul e as mediocridades satisfeitas que nunca entendem nada.
Contra os governos, todos eles, que os governos estão sempre no poder e contra os anarquistas.
Contra a morte, mesmo que não adiante. O que importa é a luta.
Tenho um apuradíssimo senso de tragédia. Quem sabe um dia não mate o rei, não o mate em praça pública e sem derramar sangue.
Niilista confesso e por isso mesmo crente apenas na beleza do suicídio, desde que não esteja chovendo, que não haja poesia e que só existam mulheres feias, tolas e burras.
Meu coração não tem juízo.
Meu cérebro perenemente intoxicado não de meta-anfetamina, mas de versos. Meus olhos sempre ciosos de espanto. Minha atenção para o insólito que se esconde por traz do trivial, me deixa sempre ocupado, sempre alerta para ver surgir o monstro ou o anjo onde todos só enxergam grama, mas o mundo não me entende, me ignora.
Gente embrutecida já não compreende a beleza, a estupidez é uma epidemia que ameaça o mundo.
Por isso sou contra todos os que bebem coca-cola, contra todos os que bebem água. Contra os ditadores e os democratas. Contra os pervertidos e os puros de coração.
Meu evangelho não está escrito. Meu evangelho é música.
Meu pão é o que não existe, o que está por vir, mas por enquanto minha dieta é de rins de bois torrados e suco de caju. As mulheres infelizmente me recusam a prisão dos seus ventres e eu sigo faminto e só.
Meu coração é um poço profundo onde repousam águas há muito tempo estagnadas.
Contra o sol e contra lua e, sobretudo, contra tudo o que não seja verdadeiro. Infelizmente meus amigos estão longe ou já morreram há muito tempo, mas quem sabe a morte não seja de fato o fim?
Minha esperança.
Contra o amor e contra o desamor, mas, sobretudo, contra essa gente de mentira que irá apodrecer antes do fim mundo.
Meu coração é um lugar de trevas, onde até a luz envelhece.
Quando eu era criança o teu rosto parecia o de uma fruta madura e o meu desejo era bom como um tiro certeiro no olho esquerdo de uma menina má.
Contra os vegetarianos e os bêbados.
Contra a rosa que os poetas mataram. Contra Deus e o pobre diabo que divide comigo a manga verde, o sal e o copo americano cheio de cachaça ordinária.
A vida não vale a pena, mas o que fazer, não vou morrer de delicadeza, por isso vou ficando cínico e seco, como um velho sátiro, como o demônio com quem discuto a desordem, o desconcerto do mundo, que Deus abandonou desde o primeiro pecado.
Mas triste do que eu Adão, que pouco depois de nascer, já foi abandonado.
Deus é isso, uma mãe desnaturada, que nunca tem tempo para os seus filhos.