terça-feira, 16 de março de 2010

O toque de Midas e o toque de merdas

O caro e dileto leitor deve lembrar-se da história de Midas, aquele rei Antigo que padecia de uma singular maldição, tudo que ele tocava virava ouro, de modo que desde tempos imemoriais é costume afirmar em relação a pessoas bem sucedidas que elas tem o “toque de Midas”.
Porém, ao observar o mundo do alto dos meus um metro e setenta pude observar que no Brasil de hoje alguns homens ostentam o que chamei, na falta de uma explicação melhor, de “toque de merdas”, ou seja, eles dão azar, as vezes não para si mesmo, mas para o que estão a sua volta.
O caso paradigmático é o do nosso já inolvidável presidente Luís Inácio Lula da Silva, que tentou fazer o José Dirceu seu sucessor. O resultado, o então poderoso ministro foi pego comandando um esquema de corrupção jamais visto na história desse país, o que não é pouca merda; depois o “toque de merdas” recaiu na figura bisonha de Antônio Palocci, igualmente demitido por corrupção entre outras canalhices; finalmente a preferência presidencial incidiu sobre a então saudável ministra Dilma Rousseff, que poucos meses depois descobriu um tumor maligno, mesmo mal que atormenta o vice-presidente, ou seja, o sábio leitor há de concordar que o nosso presidente de fato tem o temível “toque de merdas”.
Mesmo mal atinge o incansável piloto brasileiro Rubens Barrichello, esse porém é mais infeliz, pois dá sorte aqueles que estão a sua volta e dá azar a si mesmo, ou seja, sofre de uma variante da maldição do presidente. E o que dizer da nossa outra grande esperança das pistas, Felipe Massa, que perdeu um campeonato na última curva e teve que abandonar um campeonato em que, a princípio era favorito, por ter sido nocauteado por uma mola, depois de andar atrás do Rubinho, o que não é pouco em matéria de azar.
Sem querer ser cruel não poderia deixar de lembrar do antigo baterista da excelente banda “O Rapa”, Marcelo Yuca, que foi assaltado três vezes no mesmo lugar. Em uma delas acabou paraplégico e em outra quase foi assassinado.
Não poderia também esquecer o grande técnico Renato Gaúcho, inesquecível para os tricolores que viram o Fluminense perder a final da Copa Libertadores da América, como também para os torcedores do Vasco da Gama, ao assistirem indignados o “Gigante da colina”, comandado pelo infame, cair para a segunda divisão do campeonato brasileiro.
Assim, por meio de todos esses exemplos espero ter demonstrado que talvez o “toque de Midas”, seja uma lenda, mas o “toque de merdas” é uma realidade.
E tenho a mais absoluta de todas as certezas de que o caro leitor conhece alguém que padece desse mal.
Todo cuidado é pouco.

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