Coro
Eu, eu, eu
Teixeira se fudeu.
Grato
Valeu Dona Dilma, por pra correr o Ricardo Teixeira e o Romero Jucá no mesmo dia é ato digno de canonização.
Calamidade
O carniceiro da Síria é como aquele moleque que só é atrevido por que tem dois irmãos do tamanho de uma jamanta.
Mais do mesmo
E segue o genocídio palestino.
Clube do câncer
Dilma, Hugo Chaves, o tarado do Paraguai, Lula. É, governar um país da América latina pode fazer mal a saúde.
Cuidado
Quem não acredita em zumbis devia ver a peregrinação dos craqueiros de São Paulo depois que a polícia desocupou aquele ensaio do inferno.
Futuro
E o cabo Daciolo Benevenuto, ou o contrário, vai acabar como o João Cândido.
O povo quer saber
Que porra o príncipe da Inglaterra veio fazer aqui?
Piadinha infame
No churrasco oferecido ao presidente da FIFA o povo ficou com a picanha e ele com a maminha.
Isso pode
O governador de Pernambuco desapropriou um terreno na Paraíba.
Constatação
Brasília pode perder o título de “Patrimônio cultural da humanidade”, mas de cidade mais corrupta do universo, esse ela não perde. Alô Joaquim Roriz, Arruda, Agnelo Queiróz, aquele abraço.
terça-feira, 20 de março de 2012
Brasil: um desafio para os patafísicos
Um país em que o Romário é tido como um bom parlamentar é, no mínimo, um país surreal, de qualquer modo ele quase acertou quando disse que com a demissão do Ricardo Teixeira o futebol se livrou de um câncer.
Não é verdade.
Não é verdade por que há muito tempo que a metástase já se instalou e não apenas na CBF, mas nas federações estaduais, nas comissões de arbitragem, nos clubes de futebol, na imprensa esportiva e até mesmo entre os jogadores.
A incompetência é quase generalizada. O que, senão a incompetência justifica que o clube mais popular do Brasil, e olha que eu não sou Flamengo, tenha como técnico aquela égua batizada de Joel Santana ou ainda que o Tite seja apontado como um grande treinador.
Tudo bem que o Corinthians tem sede na mesma cidade que elegeu uma nulidade que atende pelo nome de Gilberto Kassab para prefeito, o que me leva a concluir que os paulistanos são burros mesmo, pois, poucos anos antes haviam eleito outra nulidade, que hoje nulifica em outro mundo. Essa chamava Celso Pita. Sem falar no Maluf, no Maluf, no Quércia, no pessoal do Mensalão.
Alô João Paulo Cunha, Genoíno, Dirceu, aquele abraço.
Mas digo isso, ou melhor, escrevo, por que paulistano, paulista, é pra sofrer mesmo, mas a incompetência é galopante e avassaladora em todo o Brasil, do norte, com o eterno prefeito de Manaus Amazonino Mendes, ao sul, da saudosa Yeda Crucius, passando pelo Requião et caterva.
A incompetência, a irresponsabilidade, a corrupção é o que corrói o Brasil, mais até que as saúvas, as enchentes e o sol e está presente em qualquer instituição, na presidência da República e nas escolas de ensino fundamental; em todos os tribunais.
Alguém pode me dizer por que de cem concursos para juízes, noventa e cinco já tem o resultado definido antes que os candidatos se inscrevam? Alguém pode me dizer por que os professores universitários só dão aula quando querem e os reitores em dois anos constroem um prédio e nos outros dois mandam derrubar para construir outro maior? Alguém pode me dizer por que existem duas polícias rivais e não apenas uma?
Alguém pode me dizer por que o grande Graciliano Ramos, grande comunista e escritor era também racista e homofóbico? E por falar nisso se somos o povo mais gentil e simpático do mundo, ao ponto de levarmos as autoridades estrangeiras para ver o rabo das nossas mulheres balançando ao som de uma bateria de escola de samba, por que tanto gays são assassinados e tantas mulheres apanham mais que Judas em sábado de aleluia? Afinal se somos mesmos uns devassos, por que não relevamos um chifrezinho por menos que seja?
Sei não, mas como diria um amigo meu: “quanto mais principalmente”.
Não é verdade.
Não é verdade por que há muito tempo que a metástase já se instalou e não apenas na CBF, mas nas federações estaduais, nas comissões de arbitragem, nos clubes de futebol, na imprensa esportiva e até mesmo entre os jogadores.
A incompetência é quase generalizada. O que, senão a incompetência justifica que o clube mais popular do Brasil, e olha que eu não sou Flamengo, tenha como técnico aquela égua batizada de Joel Santana ou ainda que o Tite seja apontado como um grande treinador.
Tudo bem que o Corinthians tem sede na mesma cidade que elegeu uma nulidade que atende pelo nome de Gilberto Kassab para prefeito, o que me leva a concluir que os paulistanos são burros mesmo, pois, poucos anos antes haviam eleito outra nulidade, que hoje nulifica em outro mundo. Essa chamava Celso Pita. Sem falar no Maluf, no Maluf, no Quércia, no pessoal do Mensalão.
Alô João Paulo Cunha, Genoíno, Dirceu, aquele abraço.
Mas digo isso, ou melhor, escrevo, por que paulistano, paulista, é pra sofrer mesmo, mas a incompetência é galopante e avassaladora em todo o Brasil, do norte, com o eterno prefeito de Manaus Amazonino Mendes, ao sul, da saudosa Yeda Crucius, passando pelo Requião et caterva.
A incompetência, a irresponsabilidade, a corrupção é o que corrói o Brasil, mais até que as saúvas, as enchentes e o sol e está presente em qualquer instituição, na presidência da República e nas escolas de ensino fundamental; em todos os tribunais.
Alguém pode me dizer por que de cem concursos para juízes, noventa e cinco já tem o resultado definido antes que os candidatos se inscrevam? Alguém pode me dizer por que os professores universitários só dão aula quando querem e os reitores em dois anos constroem um prédio e nos outros dois mandam derrubar para construir outro maior? Alguém pode me dizer por que existem duas polícias rivais e não apenas uma?
Alguém pode me dizer por que o grande Graciliano Ramos, grande comunista e escritor era também racista e homofóbico? E por falar nisso se somos o povo mais gentil e simpático do mundo, ao ponto de levarmos as autoridades estrangeiras para ver o rabo das nossas mulheres balançando ao som de uma bateria de escola de samba, por que tanto gays são assassinados e tantas mulheres apanham mais que Judas em sábado de aleluia? Afinal se somos mesmos uns devassos, por que não relevamos um chifrezinho por menos que seja?
Sei não, mas como diria um amigo meu: “quanto mais principalmente”.
domingo, 4 de março de 2012
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
II – O 1 Trabalho
Zanzei a esmo pelo centro da cidade velha, mas não demorei a entrar em um bar, na realidade tentei evitar alguns, mas não havia como fugir, pois era torcer pro Flamengo ou encarar aquela que iguala todos os viventes e quem sabe aquele negão de rola enorme, de modo que eu enchi os pulmões e gritei “mengo” e fui brindado com muitos sorrisos banguelas e as gentilezas de uma mulher já velhusca, com o cabelo louro-puta que me disse:
- Procurando um bar pra ver o jogo, tem um bem ali na esquina.
E foi gingando na minha frente e eu acompanhando o rebolado, afinal de contas, se você está em Roma faça como os romanos.
Em uns cinco minutos chegamos ao bar da Zeza, uma orca falante sem nenhum dos caninos, molares e pré-molares que foi logo saudando com a rafaméia presente a minha Lolita, que chamava Têca Baladeira. Ela então (a minha acompanhante) utilizando seu melhor sorriso me levou até uma mesa, nós sentamos e ela perguntou:
- Me paga uma cerveja?
- Claro.
E como por um passe de mágica um quase anão com um palito de dentes apareceu com os copos e logo em seguida com a cerveja.
A loura então não perdeu tempo e disse:
- E o tira-gosto? Posso pedir queijo de coalho.
Eu tive vontade de dizer: e agora é cana pra ter tira-gosto, puta safada, mas refreei a língua e como um punheteiro apaixonado falei:
- Pode.
Só faltou completar com um “meu benzinho, meu dozinho de coco, meu cuzinho doce”.
E quando dei por mim o jogo já tinha começado e aquela mundiça podre, desdentada e fendida só fazia gritar:
- Mengo, mengo.
Retardados, mas não tardou o primeiro gol.
Eu fui o único que não levantei, mas Têca Badaleira me abraçou e deu um jeito de encostar a mão no meu pau e dizer:
- Você não grita?
- É que quando eu fico nervoso eu fico assim.
No intervalo um vagabundo ainda teve o desplante de dizer:
- Tá preocupado, se preocupe não, o Vasco é freguês.
Aos dez minutos do segundo tempo, no entanto, o Vasco empatou e só eu gritei:
- Pega agora, filho da puta.
E diante de olhos surpresos eu fui logo dizendo.
- É que eu não gosto desse goleiro, se fosse o Júlio César.
E pensei, “falhava como fez na copa contra a Holanda”.
Mas aí me dei conta que se eu não torcesse pelo Flamengo, se aquela quizila de time não ganhasse eu ia ganhar o que Maria ganhou na feira e então bateu o desespero e eu passei a suar frio, gritar, chutar quando um daqueles filhos da puta chutavam e nada do gol sair, até que em um escanteio um zagueiro do Vasco fez contra e eu pulei, abracei a rafaméia toda, beijei na boca Têca Baladeira e lhe dei um beliscão na bunda flácida de tanto levar arrocho e gritei:
- Cerveja pra todo mundo que eu pago.
E apalpando o bolso e lembrando que não tinha dinheiro pra mais de duas cervejas, aproveitei a presepada e disse:
- Ai ai mamãe, eu vou ficar nu. Vou ficar nu no mei da rua.
Ameacei ir e não fui, mas já sem agüentar a catinga da axilose dos meus irmãos de camisa, corri para a praça em frente e de lá sem olhar pra trás me mandei como se fosse até a rodoviária, enquanto o juiz apitava o final do jogo.
Aposto que corri mais que o vencedor dos cem metros e salvei meu cu, pelo menos daquela vez.
Zanzei a esmo pelo centro da cidade velha, mas não demorei a entrar em um bar, na realidade tentei evitar alguns, mas não havia como fugir, pois era torcer pro Flamengo ou encarar aquela que iguala todos os viventes e quem sabe aquele negão de rola enorme, de modo que eu enchi os pulmões e gritei “mengo” e fui brindado com muitos sorrisos banguelas e as gentilezas de uma mulher já velhusca, com o cabelo louro-puta que me disse:
- Procurando um bar pra ver o jogo, tem um bem ali na esquina.
E foi gingando na minha frente e eu acompanhando o rebolado, afinal de contas, se você está em Roma faça como os romanos.
Em uns cinco minutos chegamos ao bar da Zeza, uma orca falante sem nenhum dos caninos, molares e pré-molares que foi logo saudando com a rafaméia presente a minha Lolita, que chamava Têca Baladeira. Ela então (a minha acompanhante) utilizando seu melhor sorriso me levou até uma mesa, nós sentamos e ela perguntou:
- Me paga uma cerveja?
- Claro.
E como por um passe de mágica um quase anão com um palito de dentes apareceu com os copos e logo em seguida com a cerveja.
A loura então não perdeu tempo e disse:
- E o tira-gosto? Posso pedir queijo de coalho.
Eu tive vontade de dizer: e agora é cana pra ter tira-gosto, puta safada, mas refreei a língua e como um punheteiro apaixonado falei:
- Pode.
Só faltou completar com um “meu benzinho, meu dozinho de coco, meu cuzinho doce”.
E quando dei por mim o jogo já tinha começado e aquela mundiça podre, desdentada e fendida só fazia gritar:
- Mengo, mengo.
Retardados, mas não tardou o primeiro gol.
Eu fui o único que não levantei, mas Têca Badaleira me abraçou e deu um jeito de encostar a mão no meu pau e dizer:
- Você não grita?
- É que quando eu fico nervoso eu fico assim.
No intervalo um vagabundo ainda teve o desplante de dizer:
- Tá preocupado, se preocupe não, o Vasco é freguês.
Aos dez minutos do segundo tempo, no entanto, o Vasco empatou e só eu gritei:
- Pega agora, filho da puta.
E diante de olhos surpresos eu fui logo dizendo.
- É que eu não gosto desse goleiro, se fosse o Júlio César.
E pensei, “falhava como fez na copa contra a Holanda”.
Mas aí me dei conta que se eu não torcesse pelo Flamengo, se aquela quizila de time não ganhasse eu ia ganhar o que Maria ganhou na feira e então bateu o desespero e eu passei a suar frio, gritar, chutar quando um daqueles filhos da puta chutavam e nada do gol sair, até que em um escanteio um zagueiro do Vasco fez contra e eu pulei, abracei a rafaméia toda, beijei na boca Têca Baladeira e lhe dei um beliscão na bunda flácida de tanto levar arrocho e gritei:
- Cerveja pra todo mundo que eu pago.
E apalpando o bolso e lembrando que não tinha dinheiro pra mais de duas cervejas, aproveitei a presepada e disse:
- Ai ai mamãe, eu vou ficar nu. Vou ficar nu no mei da rua.
Ameacei ir e não fui, mas já sem agüentar a catinga da axilose dos meus irmãos de camisa, corri para a praça em frente e de lá sem olhar pra trás me mandei como se fosse até a rodoviária, enquanto o juiz apitava o final do jogo.
Aposto que corri mais que o vencedor dos cem metros e salvei meu cu, pelo menos daquela vez.
O Brasil, é, o Brasil
Uma das grandes características do povo brasileiro é a irresponsabilidade.
No Brasil é comum beber e dirigir;
No Brasil é comum emprestar veículos automotores a adolescentes e, mesmo, a crianças;
No Brasil são os pais que dão o primeiro copo de cerveja para o filho;
No Brasil há prêmio ou desconto para quem paga imposto em dia;
No Brasil sempre há Caixa 2;
No Brasil sempre há anistia;
No Brasil existe ponto-facultativo;
No Brasil a polícia atira primeiro e pergunta depois;
No Brasil juiz tem como punição aposentadoria compulsória;
No Brasil analfabeto pode se tornar deputado;
No Brasil existe o jogo do bicho, a contravenção mais praticada da história;
No Brasil redes de comunicação e latifúndios são a mesma coisa;
No Brasil muita gente diz que é moreno;
E, como diria o Tim Maia, que entendeu esse país como poucos:
No Brasil prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, pobre é de direita e traficante se vicia.
No Brasil é comum beber e dirigir;
No Brasil é comum emprestar veículos automotores a adolescentes e, mesmo, a crianças;
No Brasil são os pais que dão o primeiro copo de cerveja para o filho;
No Brasil há prêmio ou desconto para quem paga imposto em dia;
No Brasil sempre há Caixa 2;
No Brasil sempre há anistia;
No Brasil existe ponto-facultativo;
No Brasil a polícia atira primeiro e pergunta depois;
No Brasil juiz tem como punição aposentadoria compulsória;
No Brasil analfabeto pode se tornar deputado;
No Brasil existe o jogo do bicho, a contravenção mais praticada da história;
No Brasil redes de comunicação e latifúndios são a mesma coisa;
No Brasil muita gente diz que é moreno;
E, como diria o Tim Maia, que entendeu esse país como poucos:
No Brasil prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, pobre é de direita e traficante se vicia.
Cada coisa em seu lugar
Constatação
A Grécia inaugurou o posto de sub-país.
O povo quer saber
Por que ninguém fala do Ricardo Teixeira na Globo.
O povo quer saber II
Por onde andam os líderes da greve de policiais da Bahia e do Rio de janeiro?
O povo quer saber III
É verdade que o ministro Fux do STF foi indicado pela Globo?
Injustificável
A convocação de Ronaldinho Gaúcho.
Não esqueçam
Deivid perdeu um gol e o Vasco marcou dois.
Com respeito ás vítimas da incompetência, mas...
A Argentina é um país fora dos trilhos.
Quem avisa amigo é
O Irã que se cuide, pois é ano de eleição nos EUA.
Negligência criminosa
Vão esperar o carniceiro da Síria matar quantos?
Que pena
A Bahia é uma piada de mau gosto.
Sei
Inocentes de Belford Roxo, sei?
Aviso a Serra
Tu se fode rapaz.
A Grécia inaugurou o posto de sub-país.
O povo quer saber
Por que ninguém fala do Ricardo Teixeira na Globo.
O povo quer saber II
Por onde andam os líderes da greve de policiais da Bahia e do Rio de janeiro?
O povo quer saber III
É verdade que o ministro Fux do STF foi indicado pela Globo?
Injustificável
A convocação de Ronaldinho Gaúcho.
Não esqueçam
Deivid perdeu um gol e o Vasco marcou dois.
Com respeito ás vítimas da incompetência, mas...
A Argentina é um país fora dos trilhos.
Quem avisa amigo é
O Irã que se cuide, pois é ano de eleição nos EUA.
Negligência criminosa
Vão esperar o carniceiro da Síria matar quantos?
Que pena
A Bahia é uma piada de mau gosto.
Sei
Inocentes de Belford Roxo, sei?
Aviso a Serra
Tu se fode rapaz.
Coisa séria
O Brasil vive uma epidemia de crack. Talvez epidemia não seja o termo apropriado, mas em cada município de todos os estados da federação, acredito que se possa encontrar a “rapadura do cão”, talvez não se encontre um livro, mas a droga sim e enquanto isso o governo patina como sempre, sem saber o que fazer com o exército de zumbis que cresce a cada dia.
É certo que a sociedade civil, sempre mais célere, se organizou. Algumas igrejas mantêm centros de recuperação, mas mesmo esses não costumam ser gratuitos, de modo que é urgente pressionar os gestores públicos a que iniciem a construção de uma rede pública de recuperação de dependentes químicos.
Porém, construir tal rede é atestar o óbvio ululante, que por ser óbvio, não deixa de ser vergonhoso, a incompetência fragorosa da nossa polícia e das nossas políticas públicas de combate aos entorpecentes.
Contudo, ninguém discute que a proliferação do uso das drogas será o mal do século XXI. Melhor, esse é o mal maior do século XXI.
Talvez a solução seja tornar o tráfico, comércio, e cobrar impostos para financiar o tratamento dos viciados e perder muitas cabeças de muitas gerações, até que o senso comum assimile que um veneno, mesmo delicioso, faz mal.
Será que com a legalização o número de viciados aumentará?
Se sim, talvez não valha a pena legalizar, mas se não, legalizar seria o mais acertado.
Mas como saber?
De qualquer modo, prender policiais grevistas e aplaudir arbitrariedades cometidas por gente fardada ou não contra viciados, não adianta nada, entretanto a inação de hoje é criminosa e não pode continuar.
É melhor uma ação que dá errado, pois ensina que esse não é o caminho a seguir, que não fazer nada e chorar.
É certo que a sociedade civil, sempre mais célere, se organizou. Algumas igrejas mantêm centros de recuperação, mas mesmo esses não costumam ser gratuitos, de modo que é urgente pressionar os gestores públicos a que iniciem a construção de uma rede pública de recuperação de dependentes químicos.
Porém, construir tal rede é atestar o óbvio ululante, que por ser óbvio, não deixa de ser vergonhoso, a incompetência fragorosa da nossa polícia e das nossas políticas públicas de combate aos entorpecentes.
Contudo, ninguém discute que a proliferação do uso das drogas será o mal do século XXI. Melhor, esse é o mal maior do século XXI.
Talvez a solução seja tornar o tráfico, comércio, e cobrar impostos para financiar o tratamento dos viciados e perder muitas cabeças de muitas gerações, até que o senso comum assimile que um veneno, mesmo delicioso, faz mal.
Será que com a legalização o número de viciados aumentará?
Se sim, talvez não valha a pena legalizar, mas se não, legalizar seria o mais acertado.
Mas como saber?
De qualquer modo, prender policiais grevistas e aplaudir arbitrariedades cometidas por gente fardada ou não contra viciados, não adianta nada, entretanto a inação de hoje é criminosa e não pode continuar.
É melhor uma ação que dá errado, pois ensina que esse não é o caminho a seguir, que não fazer nada e chorar.
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