O Brasil vive uma epidemia de crack. Talvez epidemia não seja o termo apropriado, mas em cada município de todos os estados da federação, acredito que se possa encontrar a “rapadura do cão”, talvez não se encontre um livro, mas a droga sim e enquanto isso o governo patina como sempre, sem saber o que fazer com o exército de zumbis que cresce a cada dia.
É certo que a sociedade civil, sempre mais célere, se organizou. Algumas igrejas mantêm centros de recuperação, mas mesmo esses não costumam ser gratuitos, de modo que é urgente pressionar os gestores públicos a que iniciem a construção de uma rede pública de recuperação de dependentes químicos.
Porém, construir tal rede é atestar o óbvio ululante, que por ser óbvio, não deixa de ser vergonhoso, a incompetência fragorosa da nossa polícia e das nossas políticas públicas de combate aos entorpecentes.
Contudo, ninguém discute que a proliferação do uso das drogas será o mal do século XXI. Melhor, esse é o mal maior do século XXI.
Talvez a solução seja tornar o tráfico, comércio, e cobrar impostos para financiar o tratamento dos viciados e perder muitas cabeças de muitas gerações, até que o senso comum assimile que um veneno, mesmo delicioso, faz mal.
Será que com a legalização o número de viciados aumentará?
Se sim, talvez não valha a pena legalizar, mas se não, legalizar seria o mais acertado.
Mas como saber?
De qualquer modo, prender policiais grevistas e aplaudir arbitrariedades cometidas por gente fardada ou não contra viciados, não adianta nada, entretanto a inação de hoje é criminosa e não pode continuar.
É melhor uma ação que dá errado, pois ensina que esse não é o caminho a seguir, que não fazer nada e chorar.
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