sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os 12 trabalhos de Wesley Djalma

VIII – O VII Trabalho

Eu no banco de trás e o táxi rodando, rodando e o negão rindo, rindo, até que ele parou, pôs o braço nas costas do banco do carona e virou o rosto para falar comigo.
Sorrindo o infame me disse:
- Logo ali tem uma academia de ginástica, tá vendo?
- Tô.
- Pois bem, fica ali durante cinco minutinhos, aí vai sair uma coroa rabuda, você então diz que é “o rapaz”. Ela então vai te levar pra casa dela que fica bem pertinho daqui e o coro vai comer, não é fácil?
Eu tava como anestesiado.
- É.
- Então pega o beco, agora cuidado com a rola.
Deu então a risadinha que eu tanto temia e eu saí do carro e como tinha dado certo das outras vezes resolvi não pensar em nada e seguir os ensinamentos do Sócrates de Xerém e deixar a vida me levar.
Me postei perto da porta da academia e esperei a coroa sair e disse a ela a senha que o negão tinha me dito.
Ela me olhou com algum nojo e disse:
- Me segue e entra na casa que eu entrar.
Eu segui, tinha até uma bunda legal a coroa, parecia uma daquelas divas pornôs já detonadas, mas pra quem ganhou no concurso de dançarino da banda “Três no pau”, tava bom demais.
Ela entrou, eu entrei e ela foi logo tirando a roupa e me levando pro quarto, quando disse:
- Eu quero agora que você me coma seu filho da puta, me coma muito, atole essa rola na minha priquitinha.
Eu podia fazer o que, ora? Comi, mas a mulher fedia que só e isso me desconcentrou um pouco, pelo menos eu vi, que ela, igual a Sharon Stone naquele filme, buscava pegar alguma coisa, mas eu não dei muita importância. Continuei, até que num relance vi o brilho da lâmina da navalha e meu pai imediatamente deu um salto mortal pra dentro do meu bucho, mas ai ela travou a boceta e eu de susto peidei tão alto que ela se assustou e eu consegui me desencangar daquela bussanha assassina e sair correndo enquanto ela gritava:
- Vem cá seu filho da puta que eu quero essa sua rola só pra mim.
Eu corri, corri e só me dei conta de que estava nu quando senti o ventinho frio no furico, mas, graças a Deus, encontrei um varal. Tudo bem que as roupas eram de adolescente e eu fiquei tipo aqueles viados “babe look”, mas era melhor que nada, depois caminhei para a praça mais próxima onde o negão já esperava por mim sorrindo.
Sentei perto dele me controlando para não olhar pra aquela rola indecente. Acho que aquela rola hipnotizava e olha que eu não gosto de rola, ele então me disse:
- Escapasse de Gracinha conserva Rola. Ela tem uma coleção de rolas conservadas no formal.
Eu então olhei pra cara dele e ao invés de lhe dar um tabefe comecei a chorar de nervoso do risco que corri.
Ele me consolou e eu sem querer encostei na rola dele e dei um pulo como se tivesse sido ejetado de um avião, ele então riu de se esbagaçar e me falou do oitavo trabalho, mas antes o desgraçado ainda disse:
- Tenha medo não, que ela baba, mas não morde.

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