Malditos sejam todos os medíocres que pintam o céu de bege e transformam tudo, inclusive os mais belos versos, em lugares comuns, pois como dizia algum antigo profeta que vagava furioso pelo deserto, quem não é frio nem quente será vomitado quando voltar o filho do homem.
Bem, talvez não seja bem assim, mas de qualquer forma é urgente não se deixar levar pela onda avassaladora de mediocridade galopante que assola o mundo, desde os jogos de futebol até a campanha eleitoral, cujos dois candidatos com maiores chances de se elegerem têm o carisma de uma lesma morta.
Hoje em dia o pastiche é o novo senhor da mente dos escritores e a originalidade é crime de lesa-pátria.
Eu não tenho nada contra o velho, mas, porém, contudo e entretanto, hoje se celebra a vitória do antigo sobre o novo e nesse ponto sou obrigado a concordar que certas novidades são velhas e outras são uma bosta, razão pela qual os clássicos são sempre os clássicos, mas isso não é motivo para se apegar a antigos modelos como uma xoxota se agarra num pau.
Ousai saber já dizia aquele solitário alemão naquele século distante, a humanidade precisa de um novo Kant, de um outro Mozart, de um outro Beethoven, mas não esperem que eles venham da Alemanha, pode vir de um imigrante turco que vive na Alemanha, não de um alemão.
A verdadeira arte nasce da dor e o verdadeiro artista é aquele que transforma sofrimento em beleza.
Que São Dostoiévski tenha pena de nós.
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