Visando facilitar a vida de todos e igualmente também por julgar que o sistema métrico decimal francês, último e único dos legados da grande revolução setecentista que ainda permanece, está superado, proponho a sua substituição pelo novo e espetacular sistema brasileiro de medição, cujos instrumentos seriam.
Tuia: medida de bosta. Uma tuia, só pode ser de bosta de gente ou de outro mamífero de grande porte, como um cavalo ou um cachorro.
Ruma: igualmente medida de merda, porém muita merda mesmo, uma ruma não pode ser pouca merda, mais um penico cheio.
Rebolo: Medida de matéria fecal ou outras substâncias malcheirosas.
Lapada: medida de líquidos, especialmente daquela água cujas espécies canoras não costumam beber.
Dedo: igualmente medida de líquidos, porém um pouco menor que a lapada, dependendo da dimensão das falanges de quem mede.
Meiota: medida de capacidade de licores espirituosos; varia de acordo com a honestidade do dono do bar e do grau de sagacidade e embriagues do cliente.
Burrinha: medida industrial de capacidade de líquidos.
Bololô: medida de matéria disforme seja ela, fezes, um bolo mal feito, ou um monte de jogadores suados, raivosos e fedidos. Também conhecido no interior de São Paulo como “cu de boi”.
Monte: medida vulgar de matéria sólida.
Rola: medida de profundidade do orifício anal, conforme o conhecido adágio popular: “medida de cu é rola”.
Resto: medida de sobra.
Bagaço: medida de exaustão. Ex. O bagaço da laranja, conforme conhecido samba de compositor de grande popularidade, ou ainda conforme expressão corrente: “Hoje eu tô só o bagaço”.
Noda: igualmente medida de exaustão, conforme o dito, irmão gêmeo do anterior: “Hoje eu to só a noda”.
Pombada: Medida de freqüência das investidas sexuais de um homem durante o coito, recomenda-se evitar verbalizá-la por ser expressão bastante chula e pouco confiável, uma vez que o responsável pela medição costuma anunciá-la longe da presença da parceira.
Gaitada: medida extrema de grau, intensidade e persistência do riso. Muito maior e muito mais feliz que uma gargalhada.
Burrice: também chamada de jumentice, medida de intensidade da falta de inteligência. Chega a níveis assombrosos em algumas categorias profissionais, como modelos, pedagogos, jogadores de futebol, dançarinas de axé, apresentadores de televisão e eleitores de modo geral.
Folote: medida de alargamento de qualquer orifício.
Coisinha: medida de insuficiência. Ex.: O pau dele era uma coisinha de nada.
Bocado: medida de saciedade. Ex.: Comi um bocado de batatinha. O mesmo que monte.
Mói: medida de ajuntamento. Ex.: juntei um mói de amendoins que estavam espalhados em cima da mesa.
Tota: medida de insuficiência. Ex.: Uma tota de salame não dá para matar a fome e se perde no meio do pão.
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