O Arnaldo Jabor fala muita merda, mas de vez em quando ele acerta no alvo, lembro uma vez e isso faz um bom tempo, uma edição do Jornal Nacional em que ele comentava as chuvas que caiam no Rio de Janeiro. O comentário era ao mesmo tempo, inteligente, lúcido e indignado, mas não dessa indignação tola e burra que não passa de lugar comum.
No fim o Arnaldo Jabor, leu o nome do autor do texto e o ano.
Lima Barreto, 1913.
Se não me falha a memória.
E desde aquele longínquo ano as tragédias se sucedem com a periodicidade dos verões e o número das vítimas cresce acompanhando o crescimento das cidades e será assim até que as enchentes cheguem, por que o tempo anda cada dia mais imprevisível, até a casa dos ricos ou até ministros e prefeitos que desviam o dinheiro das verbas públicas, que deveriam ser utilizadas para resolver o problema, serem linchados no meio da rua.
Porém, embora seja contra a violência, contra a minha pessoa é claro, se pudesse escolher alguém para linchar nesse alvissareiro ano que começa, seria pelo menos um dos integrantes das muitas quadrilhas de toga que se encastelam nos tribunais para viver a custa do povo, espoliando a população e existindo em uma realidade paralela, pois, mesmo que roubem, que vendam sentenças, que não trabalhem, são punidos, no máximo, com uma aposentaria compulsória, mas remunerada.
Imundos.
E assim como esperar justiça de uma justiça injusta e corrupta, como esperar que esses maldosos nefelibatas, ponham os mensaleiros ou os jáderes na cadeia, se eles são parceiros no crime. No Brasil os três poderes não servem para se fiscalizarem mutuamente, mas para roubarem mutuamente o povo.
E por que ninguém levanta nem a hipótese de eleger juízes?
Por que o quarto poder também é parceiro na pilhagem do povo?
No antigo Império Persa o juiz que recebesse presentes para mudar o veredito e fosse descoberto era morto e tinha a pele extraída e curtida. Com ela se revestia a cadeira em que o novo juiz sentaria.
No Brasil se essa lei fosse adotada com eficiência, as cadeiras seriam as mais confortáveis do mundo.
Eu sou um admirador dos persas.
Mas estou muito amargo hoje, meu caro e gentil leitor, embora, afinal de contas haja sempre motivos para um homem se alegrar. Existe a Larissa Riquelme, a Jessica Alba, a Eva Green, a Sharon Menezes, a Cristiane Dias.
Enfim, enquanto existirem mulheres há motivos de sobra para se alegrar, embora eu pense que se elas andassem um pouco mais despidas o meu humor melhoraria, o humor de todos os homens melhoraria. Talvez nem houvesse mais guerras se elas fossem mais boazinhas conosco. Não sei o quê uma mulher diria dessa teoria, mas ainda hei de perguntar, de qualquer forma uma mulher bonita é como uma flor, para ser vista, para atrair os olhares.
Essa foi de lascar, digna não do Arnaldo Jabor, mas do Pedro Bial. Grande Pedro Bial, jornalista conceituado, muito conceituado. Eu tenho medo dele lançar um livro de crônicas ou de poesias e virar Best-seller.
Mas, se nós já temos o Augusto Cury.
Eu prefiro o Bial e olha que eu não sou puta de Big Brother.
Puta que pariu, eu prefiro mesmo o Bial.
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