Rubinho Barrichello disse que não vai encerrar a carreira, embora a fórmula 1 tenha desistido dele.
Uma coisa, duas, no entanto, não se pode dizer do velho/novo Rubens, que não gosta de correr e que desiste fácil, embora tenha deixado passar algumas vezes a chance de ser campeão, tanto nos primeiros anos da Ferrari, quando o Schumacher o destruiu, quanto na temporada de 2009, se eu não me engano, temporada em que o Jason Button foi campeão. Esta sem dúvida foi a grande chance dele e digam os entendidos o que disserem, para mim ele é melhor piloto que o Button, mas não acreditou que o carro da equipe da qual não lembro o nome fosse competitivo até o fim do ano.
Não foi pra cima com tudo e quando entrou pra valer na briga, já tinha perdido, se tivesse acordado antes, tenho certeza que seria campeão.
Não aproveitou a sorte que teve no fim da carreira, pois no início seu azar tornou-se proverbial, mas a verdade é que o Brasil não o perdoou por não ser um novo Ayrton Senna.
Poucos esportistas foram tão cobrados.
Lembro que um desses palhaços de plantão perguntou ao Schumacher o que ele faria se acordasse e fosse o Rubinho Barrichello. O alemão respondeu:
- Eu me matava.
E a chacota do queixudo foi piada em todo esse não tão vasto mundo sub-lunar, mesmo assim o Rubinho não deixou de treinar e entrar no carro e correr outra vez. Não foi fácil. Nunca é fácil e ainda mais sendo motivo de piada de um país inteiro, seu próprio país e não desistir.
Bravo Rubinho. Ganhar não é fácil, talvez por isso todos amem o vencedor, mas perder, quase sempre perder e não desistir, seguramente é mais difícil. Perder e mesmo assim sorrir é para poucos.
Não costumo mais assistir as corridas de fórmula 1, mas lembro do Michelle Alboreto, que já de cabelos brancos ainda corria e certa vez foi preso em Interlagos, pois um segurança não acreditou que ele fosse piloto, talvez a história não tenha sido bem essa, talvez não tenha ocorrido em Interlagos, mas é assim que eu me lembro e me parece que ele, da mesma forma que o Rubinho, foi uma promessa que não se realizou.
Mas não desistiu de fazer o que gostava por isso, apesar de tantos que certamente o cobraram.
É assim ou foi assim com o Rubinho, que pode por no seu epitáfio aquela frase de um daqueles sábios gregos que diz:
- Eu e o tempo contra todos.
Por fim e sem nenhuma maldade, o alemão foi um grande vencedor, o maior vencedor, mas foi um vencedor sem grandeza, porém o Rubinho não, Rubinho foi grande mesmo na derrota, talvez por isso seja querido pelos seus companheiros/concorrentes que sabem que nem todos podem vencer, que sabem o quanto é difícil levantar a cabeça e seguir adiante, perdendo.
Rubinho é como aquele personagem do Gabriel Garcia Marques, herói de trezentas revoluções perdidas, pena que o Brasil não soube compreender sua grandeza.
Grande Rubinho.
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