segunda-feira, 9 de abril de 2012

Indignação automotiva

Se eu fosse presidente da República não duraria no cargo, por que uma das minhas primeiras medidas seria aumentar os impostos sobre cigarros, bebidas e sobre combustíveis para “carros de passeio”.
Dobraria, triplicaria os impostos sobre combustíveis e cortaria qualquer tipo de benefício fiscal de auxílio a indústria automobilística e, claro, iria logo arrumando as malas do palácio do planalto.
E por que eu agiria assim? Por que fui atropelado por um automóvel? Não e também não tenho nada contra carros e o automobilismo como esporte, tenho contra os engarrafamentos que tornam a vida cada dia mais insuportável, mesmo em uma cidade média, como a que eu vivo.
Além do mais não sou um descrente do aquecimento global e embora entenda perfeitamente os motivos pelo qual alguém que começou a ganhar dinheiro economize para comprar um carro, acredito que “o governo” e qualquer um que enxergue mais de um palmo adiante do nariz deve fazer alguma coisa pela melhoria dos transportes coletivos, que se fossem eficientes tornariam os deslocamentos mais fáceis e a vida menos aborrecida.
No entanto, o atual governo, como todos os anteriores, desde Juscelino Kubischek, tenta resolver o problema dos transportes coletivos auxiliando a indústria automobilística, o que me parece não ser o mais inteligente e assim a vida segue um inferno antes da morte, quando tudo podia ser diferente, se, por exemplo, cada cidade média tivesse planos de mobilidade urbana e gente que planejasse sua expansão e não vereadores e prefeitos que recebem suborno das empresas de ônibus que monopolizam a prestação de um péssimo serviço a consumidores que convivem diariamente com superlotação, atrasos e tarifas inexplicáveis e abusivas.
É por isso, pelo sagrado direito de ir e vir que sou favorável a instituição de um serviço de vãs e da implantação, apesar dos riscos de superfaturamento, dos “Veículos leves sobre trilhos”, que não devem ser uma panaceia, mas que poderiam interligar os bairros mais distantes ao centro da cidade e a lugares que concentrem grande fluxo de pessoas, como o aeroporto, a rodoviária, o campus da universidade pública, o centro de convenções, o parque público mais importante, o estádio de futebol, o ginásio e similares.
Mas, porém, contudo e entretanto na campanha para prefeito que se aproxima, duvido que alguns dos “canalhas” queiram tocar no assunto, por isso vamos insistir. Que tal convidar os candidatos a pegar um “circular” as seis da tarde?
Será uma experiência inesquecível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário