sexta-feira, 11 de março de 2011

Admirável ano novo

Um mistério assola o mundo, o que teria detonado a onda revolucionária nos países de maioria muçulmana no norte da África e no Oriente Médio? Há muitas especulações a respeito. Teria sido a força avassaladora das redes sociais? Não acredito, pois a internet ainda não age sozinha e, tenho certeza, que os jovens sem perspectivas de vida nesses países não têm lá muito acesso a nova panacéia dos comentaristas.
Terá sido apenas atingido o ponto de exaustão das velhas ditaduras corruptas financiadas pelo dinheiro norte-americano? Ou simplesmente tudo não passa de uma conspiração das empresas produtores de petróleo, a PETROBRÁS incluída, para elevar os preços do barril?
Ninguém sabe. Quer dizer, poucas pessoas sabem e não espalham o segredo.
Mas, talvez tudo não passe das maquinações de Osama Bin Laden, ou dos desejos atendidos por algum ifrite despertado de sua prisão secular.
Não sei, só sei que vendo tudo daqui desse belo país de ladrões e palmeiras achei comovente o que se passou no Egito, mesmo com o “ditador” soltando a escumalha das cadeias para atacar a multidão amotinada em praça pública.
Espero agora ardentemente assistir a queda de Kadafi e daquele seu filho, mais arrogante que o diabo. Lembro quando os americanos prenderam Saddan Hussein, que descoberto dentro de um buraco parecia mais um menino assustado, triste fim para o sorridente tirano, que não passava de um canalhinha qualquer.
Espero que Kadafi, um homem que realizou um dos meus sonhos, ser cuidado por enfermeiras ucranianas, tenha mais dignidade e atire uma bala na cabeça ao vivo.
Eu às vezes gostaria de roteirizar a vida. Seria um fim conveniente para o pobre e cruel homem que enlouqueceu.
Todos os ditadores são ridículos.
Qual será o fim de Hugo Chavés? Morrer cagando ou casar com um travesti e se mudar para o morro do Alemão, ganhando a vida como apontador do bicho?
Falando, ou melhor, já que mencionei um travesti, lembrei de Ronaldo Fenômeno, ou, para os mais cruéis, Ronaldinho Perna Podre, que, depois de uma longa agonia, finalmente encerrou a carreira. Poderia ter feito isso antes, teria se poupado de muitos dissabores e poucas alegrias, de qualquer modo a vida esportiva do dentuço camisa nove da seleção brasileira é desde já digna de roteiro de filme roliúdiano, mesclado com polpa de miséria bem brasileira e com o nosso peculiar ódio a ídolos e celebridades, pois, o Brasil é o sertão e como diria nosso maior escritor “se Deus vier, que venha armado” e eu acrescentaria, com a boca suja e tendo o diabo como guarda-costas.
Fim ainda mais melancólico parece que irá ter o outro dentuço, que de novo Pelé virou o novo palhaço do Flamengo, quem sabe se resistirá a mais de um carnaval?
O tempo dirá.

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