sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Em tempos de Gabriela, para que não se esqueçam de Quintino Cunha

Soneto de merda

O mundo é simplesmente merda pura
A própria vida é merda engarrafada
E em tudo vive a merda derramada
Quer seja misturada ou sem mistura.

O bem é merda. O mal merda em tintura
A glória é merda simplesmente e mais nada
é tudo merda e merda bem cagada
É merda o amor, é merda a formosura.

De merda é feita toda inteligência
de merda viva é feita a consciência,
é merda o coração, é merda o prazer...

De merda é feita toda humanidade,
e é tanta merda que’sta terra invade
que um soneto de merda eu quis fazer.

Quintino Cunha

Nenhum comentário:

Postar um comentário