Foi tocante a festa, porém poucos dias depois um dos líderes históricos do partido do sapo peludo disse que o presidente governaria seguindo os passos do sapo sorridente e que se o partido do vaga-lume solitário criticava o partido dos periquitos era por que não estava no poder. Os mais desconfiados já gritaram “estelionato, eu quero o meu voto de volta”, mas todos estavam por demais encantados para ouvir e o sapo peludo a cada dia dava um desgosto novo aos mais atentos, não mudando nenhuma das práticas políticas nefastas da Sapopemba, a começar pela nomeação de amigos para os cargos públicos, pois muitas indicações não eram feitas levando em conta o mérito, mas as conveniências políticas e a carteirinha de militante vermelho, de modo que todos os cargos, desde o de ministro da fazenda, até o de sub-diretor do parque nacional da Chapada da perna da vaca torta em brejo do oeste, foram ocupados pelos militantes do partido do vaga-lume solitário, e o governo tornou-se uma versão, para usar uma palavra da moda, repaginada, do anterior, porém como as condições internacionais favoreciam a economia da Sapopemba, os vermelhinhos, ou rosas, como foram apelidados, não tiveram criatividade administrativa nenhuma, nenhuma idéia nova, só o velho assistencialismo de sempre, para distribuir esmola e não emprego e educação para os mais pobres.
Assim, à medida que o tempo passava, os desgostosos aumentavam de número, porém, eram ínfima minoria. A maior parte do povo da Sapopemba ainda acreditava no sapo-peludo, mesmo ele tendo se aliado ao sapo-bigode e ao sapo-pequenininho e ao sapo-canalha e a outros antigos companheiros do sapo colorido, porém, implicado em um escândalo de corrupção e abandonado pelo partido do vaga-lume solitário o sapo-canalha abriu o bico e como sabia falar o sapo-canalha, implicou a cúpula do partido vermelhinho em um esquema de corrupção tão grande, que parecia inverossímil, mesmo para os padrões da Sapopemba.
No princípio ninguém, ou quase ninguém acreditou. Se fosse outro partido, se fosse outro presidente, mas não o sapo-peludo, ele não, porém o tempo foi passando e as denúncias se acumulando, de modo que só o cego que não quisesse ver, não veria que era tudo verdade, e assim todos compreenderam o luxo da campanha presidencial do sapo peludo e o dinheiro gasto nas campanhas dos candidatos do partido vermelhinho nas eleições municipais, que se realizaram, como de costume, dois anos depois da eleição da presidência. O esquema consistia em coagir empresários a doarem o dinheiro para o partido e desviar dinheiro das estato-sapos para comprar os deputados no congresso, construir uma sede nova para o partido, ganhar um carro importado, pagar as contas de Tv a cabo, etc, etc.
sábado, 22 de setembro de 2012
Deliriuns Tremins ou alguma coisa parecida
Aviso
Ô seu Marcos Valério, olha o que aconteceu com o PC Farias.
Súplica
Mano, tchau.
Trocadilho infame
O pato e o ganso estão jogando menos que uma galinha choca.
Aplausos
Seu Joaquim, acunhe neles. O Brasil agradece.
Máxima do Grande Biu Puta Preta
Política é como trabalhar com bosta, quem se mete com ela acaba se sujando.
Meu voto
Se eu votasse em São Paulo, meu voto era da mulher pera.
Similaridades
O julgamento do “Mensalão” está igual a novela das oito.
Mais do mesmo
O Massa continua foda de ruim.
Garoto de ouro
Esse Oscar é um mascarado.
Quase o fim
A Argentina segue firme rumo ao buraco.
O abismo
Um país que festeja o Romário como um grande parlamentar só pode estar mal, muito mal.
Impressão
Parece que o Palmeiras gostou da segundona.
Ô seu Marcos Valério, olha o que aconteceu com o PC Farias.
Súplica
Mano, tchau.
Trocadilho infame
O pato e o ganso estão jogando menos que uma galinha choca.
Aplausos
Seu Joaquim, acunhe neles. O Brasil agradece.
Máxima do Grande Biu Puta Preta
Política é como trabalhar com bosta, quem se mete com ela acaba se sujando.
Meu voto
Se eu votasse em São Paulo, meu voto era da mulher pera.
Similaridades
O julgamento do “Mensalão” está igual a novela das oito.
Mais do mesmo
O Massa continua foda de ruim.
Garoto de ouro
Esse Oscar é um mascarado.
Quase o fim
A Argentina segue firme rumo ao buraco.
O abismo
Um país que festeja o Romário como um grande parlamentar só pode estar mal, muito mal.
Impressão
Parece que o Palmeiras gostou da segundona.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Assim caminha a humanidade
Tempos bicudos esses.
Tempos sombrios.
Mas tem sido assim desde a época das cavernas.
O tal do homem é um bicho burro, ô animal imbecil, vejam só agora a China e o Japão brigando por umas ilhotas que só servem para cagadouro de pássaros, assim como a Argentina e a Inglaterra brigam pelas Malvinas e a Espanha e o Marrocos por uma pedras ali na entradinha do Atlântico.
Puta que o pariu e não venham me falar de direitos de pesca, mar territorial, petróleo, interesses geopolíticos, geoestratégicos. Porra nenhuma, pra mim é imbecilidade.
Mesma imbecilidade que fez um idiota fazer um filme ridicularizando o profeta Maomé e aí outros idiotas ouvem o chamado e saem barbarizando por aí.
Que Maomé os perdoe.
E que São Felipão nos livre da seleção do “Mano” e da morte que nós aqui no Brasil ainda não conseguimos esculhambar.
Ô povo morredor este. Desta vez foi a vez de Carlos Nelson Coutinho, que finalmente poderá bater um papo com Marx e Gramsci, se não no céu, que não é lugar de marxista, no purgatório.
Mas essa não é a única notícia ruim.
Vem aí um novo disco do Latino, do Luan Santana, do Michel Telô.
O inferno é aqui.
Chamem a mulher pera, por favor, chamem a mulher pera, eu preciso da mulher pera.
Tempos sombrios.
Mas tem sido assim desde a época das cavernas.
O tal do homem é um bicho burro, ô animal imbecil, vejam só agora a China e o Japão brigando por umas ilhotas que só servem para cagadouro de pássaros, assim como a Argentina e a Inglaterra brigam pelas Malvinas e a Espanha e o Marrocos por uma pedras ali na entradinha do Atlântico.
Puta que o pariu e não venham me falar de direitos de pesca, mar territorial, petróleo, interesses geopolíticos, geoestratégicos. Porra nenhuma, pra mim é imbecilidade.
Mesma imbecilidade que fez um idiota fazer um filme ridicularizando o profeta Maomé e aí outros idiotas ouvem o chamado e saem barbarizando por aí.
Que Maomé os perdoe.
E que São Felipão nos livre da seleção do “Mano” e da morte que nós aqui no Brasil ainda não conseguimos esculhambar.
Ô povo morredor este. Desta vez foi a vez de Carlos Nelson Coutinho, que finalmente poderá bater um papo com Marx e Gramsci, se não no céu, que não é lugar de marxista, no purgatório.
Mas essa não é a única notícia ruim.
Vem aí um novo disco do Latino, do Luan Santana, do Michel Telô.
O inferno é aqui.
Chamem a mulher pera, por favor, chamem a mulher pera, eu preciso da mulher pera.
Anúncios/classificados/patrocínios/apoios
O técnico da seleção russa de vôlei feminino, a mesma que perdeu para o Brasil nas Olimpíadas, se matou.
Olha aí Mano, fica a dica para 2014.
Olha aí Mano, fica a dica para 2014.
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
VIII – O VII Trabalho
Eu no banco de trás e o táxi rodando, rodando e o negão rindo, rindo, até que ele parou, pôs o braço nas costas do banco do carona e virou o rosto para falar comigo.
Sorrindo o infame me disse:
- Logo ali tem uma academia de ginástica, tá vendo?
- Tô.
- Pois bem, fica ali durante cinco minutinhos, aí vai sair uma coroa rabuda, você então diz que é “o rapaz”. Ela então vai te levar pra casa dela que fica bem pertinho daqui e o coro vai comer, não é fácil?
Eu tava como anestesiado.
- É.
- Então pega o beco, agora cuidado com a rola.
Deu então a risadinha que eu tanto temia e eu saí do carro e como tinha dado certo das outras vezes resolvi não pensar em nada e seguir os ensinamentos do Sócrates de Xerém e deixar a vida me levar.
Me postei perto da porta da academia e esperei a coroa sair e disse a ela a senha que o negão tinha me dito.
Ela me olhou com algum nojo e disse:
- Me segue e entra na casa que eu entrar.
Eu segui, tinha até uma bunda legal a coroa, parecia uma daquelas divas pornôs já detonadas, mas pra quem ganhou no concurso de dançarino da banda “Três no pau”, tava bom demais.
Ela entrou, eu entrei e ela foi logo tirando a roupa e me levando pro quarto, quando disse:
- Eu quero agora que você me coma seu filho da puta, me coma muito, atole essa rola na minha priquitinha.
Eu podia fazer o que, ora? Comi, mas a mulher fedia que só e isso me desconcentrou um pouco, pelo menos eu vi, que ela, igual a Sharon Stone naquele filme, buscava pegar alguma coisa, mas eu não dei muita importância. Continuei, até que num relance vi o brilho da lâmina da navalha e meu pai imediatamente deu um salto mortal pra dentro do meu bucho, mas ai ela travou a boceta e eu de susto peidei tão alto que ela se assustou e eu consegui me desencangar daquela bussanha assassina e sair correndo enquanto ela gritava:
- Vem cá seu filho da puta que eu quero essa sua rola só pra mim.
Eu corri, corri e só me dei conta de que estava nu quando senti o ventinho frio no furico, mas, graças a Deus, encontrei um varal. Tudo bem que as roupas eram de adolescente e eu fiquei tipo aqueles viados “babe look”, mas era melhor que nada, depois caminhei para a praça mais próxima onde o negão já esperava por mim sorrindo.
Sentei perto dele me controlando para não olhar pra aquela rola indecente. Acho que aquela rola hipnotizava e olha que eu não gosto de rola, ele então me disse:
- Escapasse de Gracinha conserva Rola. Ela tem uma coleção de rolas conservadas no formal.
Eu então olhei pra cara dele e ao invés de lhe dar um tabefe comecei a chorar de nervoso do risco que corri.
Ele me consolou e eu sem querer encostei na rola dele e dei um pulo como se tivesse sido ejetado de um avião, ele então riu de se esbagaçar e me falou do oitavo trabalho, mas antes o desgraçado ainda disse:
- Tenha medo não, que ela baba, mas não morde.
Eu no banco de trás e o táxi rodando, rodando e o negão rindo, rindo, até que ele parou, pôs o braço nas costas do banco do carona e virou o rosto para falar comigo.
Sorrindo o infame me disse:
- Logo ali tem uma academia de ginástica, tá vendo?
- Tô.
- Pois bem, fica ali durante cinco minutinhos, aí vai sair uma coroa rabuda, você então diz que é “o rapaz”. Ela então vai te levar pra casa dela que fica bem pertinho daqui e o coro vai comer, não é fácil?
Eu tava como anestesiado.
- É.
- Então pega o beco, agora cuidado com a rola.
Deu então a risadinha que eu tanto temia e eu saí do carro e como tinha dado certo das outras vezes resolvi não pensar em nada e seguir os ensinamentos do Sócrates de Xerém e deixar a vida me levar.
Me postei perto da porta da academia e esperei a coroa sair e disse a ela a senha que o negão tinha me dito.
Ela me olhou com algum nojo e disse:
- Me segue e entra na casa que eu entrar.
Eu segui, tinha até uma bunda legal a coroa, parecia uma daquelas divas pornôs já detonadas, mas pra quem ganhou no concurso de dançarino da banda “Três no pau”, tava bom demais.
Ela entrou, eu entrei e ela foi logo tirando a roupa e me levando pro quarto, quando disse:
- Eu quero agora que você me coma seu filho da puta, me coma muito, atole essa rola na minha priquitinha.
Eu podia fazer o que, ora? Comi, mas a mulher fedia que só e isso me desconcentrou um pouco, pelo menos eu vi, que ela, igual a Sharon Stone naquele filme, buscava pegar alguma coisa, mas eu não dei muita importância. Continuei, até que num relance vi o brilho da lâmina da navalha e meu pai imediatamente deu um salto mortal pra dentro do meu bucho, mas ai ela travou a boceta e eu de susto peidei tão alto que ela se assustou e eu consegui me desencangar daquela bussanha assassina e sair correndo enquanto ela gritava:
- Vem cá seu filho da puta que eu quero essa sua rola só pra mim.
Eu corri, corri e só me dei conta de que estava nu quando senti o ventinho frio no furico, mas, graças a Deus, encontrei um varal. Tudo bem que as roupas eram de adolescente e eu fiquei tipo aqueles viados “babe look”, mas era melhor que nada, depois caminhei para a praça mais próxima onde o negão já esperava por mim sorrindo.
Sentei perto dele me controlando para não olhar pra aquela rola indecente. Acho que aquela rola hipnotizava e olha que eu não gosto de rola, ele então me disse:
- Escapasse de Gracinha conserva Rola. Ela tem uma coleção de rolas conservadas no formal.
Eu então olhei pra cara dele e ao invés de lhe dar um tabefe comecei a chorar de nervoso do risco que corri.
Ele me consolou e eu sem querer encostei na rola dele e dei um pulo como se tivesse sido ejetado de um avião, ele então riu de se esbagaçar e me falou do oitavo trabalho, mas antes o desgraçado ainda disse:
- Tenha medo não, que ela baba, mas não morde.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Apanhados de história recente da Sapopemba II
Os partidários do sapo peludo acreditavam que com a cassação do sapo colorido era apenas uma questão de tempo para que o sapo peludo, um sapo-sapo, ocupasse o lugar de presidente no Palácio do Brejo Alto, porém o sapo de topete nomeou um sapo sorridente, um sapo professor de sapiologia para ministro da economia e tal sapo conseguiu montar uma equipe, que por sua vez realizou um plano, que regularizou a economia da Sapopemba. Assim, os sapos-sapos tiveram mais dinheiro para comprar moscas, mosquitos e eletrodomésticos, de modo que quando chegou a eleição, não importou que o sapo presidente fosse ateu e não gostasse de sapobol, ele foi eleito e vendeu várias empresas estatais da Sapopemba para escândalo dos partidários do sapo peludo, que viam as tele-sapo, as eletro-sapo e a sapovale do brejo doce saírem das mãos do governo, e não adiantou os sapos vermelhinhos pedirem a instauração de CPIs, pois o sapo sorridente fazia tudo na surdina, abafava qualquer escândalo, pois sobre ele, os versados na história do antigo Império oitocentista da Sapopemba, diziam que, conforme já dissera o Sapo-Viana, ele, assim como o sapo-Dom, costumava utilizar: “não a política da força, que faz mártires, e os mártires, como sabeis, ressuscitam; mas sim a política da corrupção, que faz miseráveis, e os miseráveis apodrecem antes de morrer”, e assim o sapo-sorridente ganhou fácil as novas eleições, depois de instituir a reeleição e concorrer, derrotando ainda mais facilmente o sapo peludo e assim reinou na Sapopemba por mais quatro anos.
O sapo-peludo, depois de derrotado três vezes, depois de ter percorrido a Sapopemba em caravana, estava desanimado. No próprio partido do vaga-lume solitário, havia sapos que achavam melhor que ele não concorresse, mas ele no final insistiu e saiu candidato e já não era mais aquele sapo carrancudo, não senhor, era um sapo agora bem tratado e tagarela que anunciava um novo tempo. Do outro lado o sapo candidato era o sapo mosquito, que não tinha lá tanto carisma como o sapo peludo, depois, o povo da Sapopemba ou da Sapolândia, não agüentava mais outro presidente periquito, partido do sapo sorridente, assim, o sapo peludo foi empolgando muita gente, mesmo quem nunca havia votado no partido do vaga lume solitário.
Na Sapopemba de então quase todos diziam “agora é a vez dele” e foi mesmo, ainda mais quando os sapos periquitos disseram que tinham medo do que faria um governo do sapo peludo, sempre tão radical, mas o sapo peludo estava em outra, era o sapinho paz e amor, assim auxiliado por um sapo baiano, famoso por ajudar a eleger sapos corruptos para cargos importantes e respondia aos temores infundados dizendo que era preciso a esperança vencer o medo e esse slogan dito e repetido foi a pá de cal, o xeque mate na campanha do sapo mosquito, de modo que foi comovente a vitória do sapo peludo, foi de emocionar qualquer um.
Foi a vitória que os donos da Sapolândia haviam evitado desde 64, melhor, desde sempre, assim uma multidão invadiu Sapopólis, capital da Sapopemba para saudar a vitória do sapo peludo, que recebeu a faixa das mãos do sapo sorridente, que até mesmo antes da posse havia convidado uma equipe do sapo peludo para ir-se familiarizando com os problemas do Estado, e assim foi algo para não se esquecer, o sapo peludo chorou no discurso, disse que todos podiam errar, ele não, pois sabia o quanto o povo da Sapopemba, os sapos-sapos, confiavam nele e como não havia estudado foi com os olhos marejados que o sapo peludo disse que agradecia a Deus e aos sapopenses por receber o primeiro diploma da vida dele naquela hora, o diploma de Presidente da República da Sapopemba.
O sapo-peludo, depois de derrotado três vezes, depois de ter percorrido a Sapopemba em caravana, estava desanimado. No próprio partido do vaga-lume solitário, havia sapos que achavam melhor que ele não concorresse, mas ele no final insistiu e saiu candidato e já não era mais aquele sapo carrancudo, não senhor, era um sapo agora bem tratado e tagarela que anunciava um novo tempo. Do outro lado o sapo candidato era o sapo mosquito, que não tinha lá tanto carisma como o sapo peludo, depois, o povo da Sapopemba ou da Sapolândia, não agüentava mais outro presidente periquito, partido do sapo sorridente, assim, o sapo peludo foi empolgando muita gente, mesmo quem nunca havia votado no partido do vaga lume solitário.
Na Sapopemba de então quase todos diziam “agora é a vez dele” e foi mesmo, ainda mais quando os sapos periquitos disseram que tinham medo do que faria um governo do sapo peludo, sempre tão radical, mas o sapo peludo estava em outra, era o sapinho paz e amor, assim auxiliado por um sapo baiano, famoso por ajudar a eleger sapos corruptos para cargos importantes e respondia aos temores infundados dizendo que era preciso a esperança vencer o medo e esse slogan dito e repetido foi a pá de cal, o xeque mate na campanha do sapo mosquito, de modo que foi comovente a vitória do sapo peludo, foi de emocionar qualquer um.
Foi a vitória que os donos da Sapolândia haviam evitado desde 64, melhor, desde sempre, assim uma multidão invadiu Sapopólis, capital da Sapopemba para saudar a vitória do sapo peludo, que recebeu a faixa das mãos do sapo sorridente, que até mesmo antes da posse havia convidado uma equipe do sapo peludo para ir-se familiarizando com os problemas do Estado, e assim foi algo para não se esquecer, o sapo peludo chorou no discurso, disse que todos podiam errar, ele não, pois sabia o quanto o povo da Sapopemba, os sapos-sapos, confiavam nele e como não havia estudado foi com os olhos marejados que o sapo peludo disse que agradecia a Deus e aos sapopenses por receber o primeiro diploma da vida dele naquela hora, o diploma de Presidente da República da Sapopemba.
Joga fora no lixo
Fiasco
O Brasil, nas Olimpíadas de Londres, conseguiu 17 medalhas, uma a mais que em Pequim.
Fiasco 2
Perdemos outra vez a medalha olímpica de ouro no futebol masculino.
Fiasco 3
Mas ganhamos da Suécia e Neymar já fez gol no brasileirão.
Mórbida semelhança
Ao que parece, no caso da greve dos mineiros na África do Sul, a polícia de lá aprendeu com a PM do Pará.
Fora Vladimir
O criminoso Vladimir Puttin cometeu mais um crime contra a humanidade, encarcerou as três “Pussys”.
Irrelevância
A forma do julgamento não importa se os “mensaleiros” forem condenados.
Charada
Uma cambada de bandidos e aspirantes a bandidos falando no seu televisor em horário nobre e fixo?
Recado
Lula, lula, tu se fode rapaz, vai cuidar dessa goela!
Campanha eleitoral americana
Política e merda são iguais em todo lugar do mundo.
Porra
Até o pão subiu.
Contradição
Enquanto o mundo inteiro estimula a utilização de transportes coletivos, o Brasil estimula a venda de carros.
O Brasil, nas Olimpíadas de Londres, conseguiu 17 medalhas, uma a mais que em Pequim.
Fiasco 2
Perdemos outra vez a medalha olímpica de ouro no futebol masculino.
Fiasco 3
Mas ganhamos da Suécia e Neymar já fez gol no brasileirão.
Mórbida semelhança
Ao que parece, no caso da greve dos mineiros na África do Sul, a polícia de lá aprendeu com a PM do Pará.
Fora Vladimir
O criminoso Vladimir Puttin cometeu mais um crime contra a humanidade, encarcerou as três “Pussys”.
Irrelevância
A forma do julgamento não importa se os “mensaleiros” forem condenados.
Charada
Uma cambada de bandidos e aspirantes a bandidos falando no seu televisor em horário nobre e fixo?
Recado
Lula, lula, tu se fode rapaz, vai cuidar dessa goela!
Campanha eleitoral americana
Política e merda são iguais em todo lugar do mundo.
Porra
Até o pão subiu.
Contradição
Enquanto o mundo inteiro estimula a utilização de transportes coletivos, o Brasil estimula a venda de carros.
Em tempos de Gabriela, para que não se esqueçam de Quintino Cunha
Soneto de merda
O mundo é simplesmente merda pura
A própria vida é merda engarrafada
E em tudo vive a merda derramada
Quer seja misturada ou sem mistura.
O bem é merda. O mal merda em tintura
A glória é merda simplesmente e mais nada
é tudo merda e merda bem cagada
É merda o amor, é merda a formosura.
De merda é feita toda inteligência
de merda viva é feita a consciência,
é merda o coração, é merda o prazer...
De merda é feita toda humanidade,
e é tanta merda que’sta terra invade
que um soneto de merda eu quis fazer.
Quintino Cunha
O mundo é simplesmente merda pura
A própria vida é merda engarrafada
E em tudo vive a merda derramada
Quer seja misturada ou sem mistura.
O bem é merda. O mal merda em tintura
A glória é merda simplesmente e mais nada
é tudo merda e merda bem cagada
É merda o amor, é merda a formosura.
De merda é feita toda inteligência
de merda viva é feita a consciência,
é merda o coração, é merda o prazer...
De merda é feita toda humanidade,
e é tanta merda que’sta terra invade
que um soneto de merda eu quis fazer.
Quintino Cunha
Anúncios/classificados/patrocínios/apoios
Máxima do inigualável Biu Puta Preta
Se essa mulher fosse uma carroça eu começava lambendo o burro.
Se essa mulher fosse uma carroça eu começava lambendo o burro.
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
VII – O VI Trabalho
Desta vez eu não corri. Caminhei a esmo até encontrar outra praça (Como tem praça nessa cidade?), onde sentei para descansar.
Depois de uns dez minutos não acreditei no que vi, o negão nu com a rola de fora escondendo a boca com a mão para não rir, veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, esticando a pica.
Depois da esticada ele então falou:
- Calma, ninguém pode me ver, só você.
O escroto me olhou com uma cara safada que fez minha espinha congelar e meu cu ficar mais apertado do que cu de cobra.
Eu não disse nada, só o fitei aterrorizado:
- Calma, você está indo bem, sua missão agora é comer um churrasco na casa de Joca Buranha, que está com dengue. Me siga.
Levantou-se então e eu fui atrás dele, mas ele virou-se um segundo e disse, pondo a mão no meu ombro:
- Só te aviso uma coisa, a família é meio barraqueira, a mãe dele é daquelas que caiu uma pitomba, acabou-se a feira.
Eu então suspirei fundo e segui-o. Ele andou uns três quarteirões, entrou em uma rua de terra e por fim em uma casa com uma mangueira na frente e quatro carros estacionados perto: um fusca, uma brasília, um chevetão cu torado e um Uno batido.
Eu suspirei outra vez e, ao me aproximar da casa, uma mulher saiu correndo atrás de um menino nu. A mulher gritava:
- Entra pra dentro Anacleissón.
Ao me ver ela parou a corrida, ajeitou o cabelo alisado a formal e disse:
- É você o Djalma, amigo do Júnior, pode entrar.
Eu entrei como quem entra no inferno e a trilha sonora é Benito de Paula.
Fui logo apresentado a dona Zefa Apocalipse, a mãe do meu dileto amigo que eu nunca vira. A velha era de meter medo no cão, de tão gorda e feia. Não tinha um dente na boca.
Dona Zefa me levou até o quintal, onde havia algumas mesas e cadeiras de plástico. Ela me apresentou a todos e me fez sentar junto a uma das filhas dela, Liúba e um velho com um dente inchado que só fazia beber cachaça.
Assim que eu sentei me empurraram um copo de cerveja e um copo cheio de uma coisa que disseram ser salpicão.
Assim que sentei percebi um sujeito mal encarado me olhar com maus bofes. Ele tinha uma cicatriz embaixo do olho.
Caguei fino então, mas Liúba, percebendo meu nervosismo, quis me tranquilizar dizendo:
- Liga não, é o Walquimar, ele é meio tantã, mas tá tomando os remédios pra não voltar pro Juliano Moreira. Desde criança que é doido por mim. Diz que eu sou o grande amor da vida dele.
O velho do dente inchado concordou com a cabeça. O velho concordava com tudo.
Liúba não parava de falar e de vez em quando chegava mais alguém pra me conhecer e tome cerveja e tome salpicão e o sol esquentando, e o suor descendo no lascão da bunda e os mosquitos atraídos pelo cheiro das jacas zanzando perto dos meus ouvidos.
Esqueci de dizer, as mesas haviam sido colocadas embaixo de vários pezes de árovores, como me dissera dona Zefa.
Tá, até aí tudo bem.
Até um gordo trazer um cavaco pra cantar samba.
Liúba então me disse toda feliz:
- É o Francelino, o talento da família, vai ser músico.
Porém antes do “rapaz” tocar, um bigodudo sentado embaixo de um pé de goiaba gritou:
- Canta logo baitola.
O rapaz então começou a chorar e dona Zefa chegou como um raio e espancou o bigodudo com três tapa-olhos que fizeram o bicho rolar no chão. Depois, ele se levantou pedindo desculpas enquanto dona Zefa falava:
- Então seu cu de cana, você come, bebe, enche o rabo as minhas custas e fala mal do meu neto e a quenga da sua mulher, a piniqueira da sua mãe que com a idade de doze anos já tinha dado o tabaco.
A velha mãe dele que estava lá baixou os olhos e entornou um copo cheio de cerveja.
Dona Zefa foi então rebocando o atrevido até o portão enquanto um dos filhos dela, Seu Lindomar, tentou por panos quentes na confusão acendendo o fogo do churrasco.
Mas pra que ele foi fazer isso?
Dona Zefa voltou com dois quente e um fervendo e foi longo dando um tabefão de fazer pena no filho:
- Que é isso seu abestalhado, eu não disse que eu ia tirar as roupas do arame. Seu leso, também o cachaceiro do seu pai deixou o galo bicar sua cabeça.
Seu Lindomar só dizia:
- Mãe, que isso, eu sou seu filho. Na frente das visitas, do amigo do Joca.
Eu fiz que não era comigo.
Dona Zefa então disse:
- Me dá logo esse espeto antes que eu enfie ele no teu rabo perebento. Nem pra assar carne você serve.
Seu Lindomar então entregou o espeto e foi pra junto da mulher que fitou Dona Zefa com ódio, mas não disse nada.
Então, já recuperado, Francelino começou a cantar “Papel de pão”, de Jorge Aragão, para deleite de Dona Zefa, enquanto eu comecei a sentir umas cólicas que foram aumentando, aumentando, até que eu tive que pedir:
- Liúba, onde é que fica o banheiro?
Liúba então gritou para um dos meninos que passavam correndo:
- Ô Robson leva o Djalma até o banheiro e vê se tem papel que ele pode querer cagar.
Todos então olharam pra mim e eu fui caminhando meio troncho até o banheiro dentro da casa.
Estava até limpo e tinha papel, mas por mais força que eu fizesse eu não conseguia cagar.
Do banheiro dava pra ouvir a festa, de modo que eu ouvi uma mulher gritando:
- Eu vim lhe matar sua rapariga. Você roubou meu marido.
- Você não teve competência pra ficar com ele, agora ele é meu, meu.
E assim, como eu me distraí com a discussão, comecei a cagar, mas quando ouvi um tiro fechei o cu e o tolete ficou a meio caminho, foi uma agonia, eu suava e trincava os dentes e nada, até que o que era ruim ficou ainda pior.
A mulher disse:
- Cadê o Anaílson? Tá no banheiro? Vou matar ele também.
Meu furico então destampou e veio o pedaço do tolete duro e mais merda de diarreia e pra completar eu quase caí do vaso do medo do peido que eu mesmo dei, mas Dona Zefa desarmou a mulher enquanto seu Lindomar levava a outra para o hospital de Trauma.
Eu então me limpei com as mãos tremendo. Dei descarga uma meia dúzia de vezes, até um menino bater na porta e dizer:
- Ei cagão, vó não trabalha na Cagepa não.
Bem, sem alternativa eu saí e pra minha surpresa a festa continuava do mesmo jeito.
Liúba então me disse que o revólver era de espoleta e me contou dos amores do Anaílson, o Don Juan da família.
Enquanto ela contava meu copo não ficava seco e não parava de chegar linguiça, frango e farinha no meu prato.
Então finalmente um menino veio avisar que o táxi que vinha me pegar havia chegado, eu aí me despedi de todos e a Liúba ainda fez questão de me dá os seus quatro números de celular.
Quando eu passei pelo banheiro ainda fedia.
Praticamente todas as pessoas da festa foram me levar até o carro e todos tinham uma palavrinha pra mim:
- Volte sempre.
- Gostou?
- É casa de pobre, mas não falta comida.
- Não se assuste não, quando a gente reúne a família é assim mesmo.
Por fim Dona Zefa me convidou para o aniversário dela, dali a dois meses.
Ela garantiu que ia ser uma festa de arromba: fava, mocotó, caranguejo...
Eu confirmei a presença e depois de um abraço “acochado” e suado de Liúba entrei no táxi, mas ainda ouvi dona Zefa dizer:
- Meu filho Joca sabe escolher as companhias, é um Lorde esse menino, até cagar ele caga como um lorde.
Eu então prestei atenção no taxista e sem surpresa vi que era o negão rindo.
Ele virou-se pra mim e disse:
- Tá achando ruim? Olha que você nem conheceu o Joca Buranha.
Desta vez eu não corri. Caminhei a esmo até encontrar outra praça (Como tem praça nessa cidade?), onde sentei para descansar.
Depois de uns dez minutos não acreditei no que vi, o negão nu com a rola de fora escondendo a boca com a mão para não rir, veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, esticando a pica.
Depois da esticada ele então falou:
- Calma, ninguém pode me ver, só você.
O escroto me olhou com uma cara safada que fez minha espinha congelar e meu cu ficar mais apertado do que cu de cobra.
Eu não disse nada, só o fitei aterrorizado:
- Calma, você está indo bem, sua missão agora é comer um churrasco na casa de Joca Buranha, que está com dengue. Me siga.
Levantou-se então e eu fui atrás dele, mas ele virou-se um segundo e disse, pondo a mão no meu ombro:
- Só te aviso uma coisa, a família é meio barraqueira, a mãe dele é daquelas que caiu uma pitomba, acabou-se a feira.
Eu então suspirei fundo e segui-o. Ele andou uns três quarteirões, entrou em uma rua de terra e por fim em uma casa com uma mangueira na frente e quatro carros estacionados perto: um fusca, uma brasília, um chevetão cu torado e um Uno batido.
Eu suspirei outra vez e, ao me aproximar da casa, uma mulher saiu correndo atrás de um menino nu. A mulher gritava:
- Entra pra dentro Anacleissón.
Ao me ver ela parou a corrida, ajeitou o cabelo alisado a formal e disse:
- É você o Djalma, amigo do Júnior, pode entrar.
Eu entrei como quem entra no inferno e a trilha sonora é Benito de Paula.
Fui logo apresentado a dona Zefa Apocalipse, a mãe do meu dileto amigo que eu nunca vira. A velha era de meter medo no cão, de tão gorda e feia. Não tinha um dente na boca.
Dona Zefa me levou até o quintal, onde havia algumas mesas e cadeiras de plástico. Ela me apresentou a todos e me fez sentar junto a uma das filhas dela, Liúba e um velho com um dente inchado que só fazia beber cachaça.
Assim que eu sentei me empurraram um copo de cerveja e um copo cheio de uma coisa que disseram ser salpicão.
Assim que sentei percebi um sujeito mal encarado me olhar com maus bofes. Ele tinha uma cicatriz embaixo do olho.
Caguei fino então, mas Liúba, percebendo meu nervosismo, quis me tranquilizar dizendo:
- Liga não, é o Walquimar, ele é meio tantã, mas tá tomando os remédios pra não voltar pro Juliano Moreira. Desde criança que é doido por mim. Diz que eu sou o grande amor da vida dele.
O velho do dente inchado concordou com a cabeça. O velho concordava com tudo.
Liúba não parava de falar e de vez em quando chegava mais alguém pra me conhecer e tome cerveja e tome salpicão e o sol esquentando, e o suor descendo no lascão da bunda e os mosquitos atraídos pelo cheiro das jacas zanzando perto dos meus ouvidos.
Esqueci de dizer, as mesas haviam sido colocadas embaixo de vários pezes de árovores, como me dissera dona Zefa.
Tá, até aí tudo bem.
Até um gordo trazer um cavaco pra cantar samba.
Liúba então me disse toda feliz:
- É o Francelino, o talento da família, vai ser músico.
Porém antes do “rapaz” tocar, um bigodudo sentado embaixo de um pé de goiaba gritou:
- Canta logo baitola.
O rapaz então começou a chorar e dona Zefa chegou como um raio e espancou o bigodudo com três tapa-olhos que fizeram o bicho rolar no chão. Depois, ele se levantou pedindo desculpas enquanto dona Zefa falava:
- Então seu cu de cana, você come, bebe, enche o rabo as minhas custas e fala mal do meu neto e a quenga da sua mulher, a piniqueira da sua mãe que com a idade de doze anos já tinha dado o tabaco.
A velha mãe dele que estava lá baixou os olhos e entornou um copo cheio de cerveja.
Dona Zefa foi então rebocando o atrevido até o portão enquanto um dos filhos dela, Seu Lindomar, tentou por panos quentes na confusão acendendo o fogo do churrasco.
Mas pra que ele foi fazer isso?
Dona Zefa voltou com dois quente e um fervendo e foi longo dando um tabefão de fazer pena no filho:
- Que é isso seu abestalhado, eu não disse que eu ia tirar as roupas do arame. Seu leso, também o cachaceiro do seu pai deixou o galo bicar sua cabeça.
Seu Lindomar só dizia:
- Mãe, que isso, eu sou seu filho. Na frente das visitas, do amigo do Joca.
Eu fiz que não era comigo.
Dona Zefa então disse:
- Me dá logo esse espeto antes que eu enfie ele no teu rabo perebento. Nem pra assar carne você serve.
Seu Lindomar então entregou o espeto e foi pra junto da mulher que fitou Dona Zefa com ódio, mas não disse nada.
Então, já recuperado, Francelino começou a cantar “Papel de pão”, de Jorge Aragão, para deleite de Dona Zefa, enquanto eu comecei a sentir umas cólicas que foram aumentando, aumentando, até que eu tive que pedir:
- Liúba, onde é que fica o banheiro?
Liúba então gritou para um dos meninos que passavam correndo:
- Ô Robson leva o Djalma até o banheiro e vê se tem papel que ele pode querer cagar.
Todos então olharam pra mim e eu fui caminhando meio troncho até o banheiro dentro da casa.
Estava até limpo e tinha papel, mas por mais força que eu fizesse eu não conseguia cagar.
Do banheiro dava pra ouvir a festa, de modo que eu ouvi uma mulher gritando:
- Eu vim lhe matar sua rapariga. Você roubou meu marido.
- Você não teve competência pra ficar com ele, agora ele é meu, meu.
E assim, como eu me distraí com a discussão, comecei a cagar, mas quando ouvi um tiro fechei o cu e o tolete ficou a meio caminho, foi uma agonia, eu suava e trincava os dentes e nada, até que o que era ruim ficou ainda pior.
A mulher disse:
- Cadê o Anaílson? Tá no banheiro? Vou matar ele também.
Meu furico então destampou e veio o pedaço do tolete duro e mais merda de diarreia e pra completar eu quase caí do vaso do medo do peido que eu mesmo dei, mas Dona Zefa desarmou a mulher enquanto seu Lindomar levava a outra para o hospital de Trauma.
Eu então me limpei com as mãos tremendo. Dei descarga uma meia dúzia de vezes, até um menino bater na porta e dizer:
- Ei cagão, vó não trabalha na Cagepa não.
Bem, sem alternativa eu saí e pra minha surpresa a festa continuava do mesmo jeito.
Liúba então me disse que o revólver era de espoleta e me contou dos amores do Anaílson, o Don Juan da família.
Enquanto ela contava meu copo não ficava seco e não parava de chegar linguiça, frango e farinha no meu prato.
Então finalmente um menino veio avisar que o táxi que vinha me pegar havia chegado, eu aí me despedi de todos e a Liúba ainda fez questão de me dá os seus quatro números de celular.
Quando eu passei pelo banheiro ainda fedia.
Praticamente todas as pessoas da festa foram me levar até o carro e todos tinham uma palavrinha pra mim:
- Volte sempre.
- Gostou?
- É casa de pobre, mas não falta comida.
- Não se assuste não, quando a gente reúne a família é assim mesmo.
Por fim Dona Zefa me convidou para o aniversário dela, dali a dois meses.
Ela garantiu que ia ser uma festa de arromba: fava, mocotó, caranguejo...
Eu confirmei a presença e depois de um abraço “acochado” e suado de Liúba entrei no táxi, mas ainda ouvi dona Zefa dizer:
- Meu filho Joca sabe escolher as companhias, é um Lorde esse menino, até cagar ele caga como um lorde.
Eu então prestei atenção no taxista e sem surpresa vi que era o negão rindo.
Ele virou-se pra mim e disse:
- Tá achando ruim? Olha que você nem conheceu o Joca Buranha.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Apanhados de história recente da Sapopemba I
Era uma vez um sapo-peludo muito pobre, que nasceu em um brejo seco e por isso logo migrou em busca de água e trabalho, tendo com muito esforço encontrado ambos, porém por que era urgente ganhar a vida, não conseguiu estudar, mesmo assim, quando os grandes sapos-boi donos do mundo quiseram explorar ainda mais os sapos-sapos, o sapo-peludo tomou a frente de todos e fincou o pé e peitou todos os sapos mandões e não adiantou chamar os sapos-cururus de verde oliva, pois mesmo preso o sapo-peludo não voltou atrás e conseguiu boa parte do que queria e desse modo o sapo-peludo tornou-se não o sal da terra, nem a luz do mundo, por que sapo não gosta de sal e prefere a sombra, mas a esperança de uma grande parcela da saparia da República Impossível da Sapopemba.
É bem verdade que muitos olhavam aquele sapo-peludo com desconfiança e viam nele uma fera não enjaulada, um sapo perigoso, mal-educado, louco. Muitos batráquios da cidade o olhavam com desdém, afinal era um sapo do norte, que não sabia nem coaxar direito, porém para outros, para os sapos-professores e os sapos-operários, aquele era o sapo, e por isso, desde o início foi ele o líder e o símbolo do maior partido de esquerda criado na Sapopemba, Partido que foi o Farol de Alexandria e a Escada de Jacó pra muita gente, afinal ele foi construído aos poucos e quantos sapos não deram a juventude, a inteligência e a esperança ao partido do sapo peludo, que era formado de sapos-sapos e não por sapos-batráquios, e assim o sonho foi se espalhando, sonho compartilhado por boa parte daqueles sapos que há vinte anos tinham lutado pela Independência da Sapopemba frente à ingerência dos Estados Unidos da Brejolândia.
Tais sapos sonhavam com a revolução igualitária, que dividiria as águas desse brejal imenso que era a Sapopemba, porém o povo não entendeu direito a mensagem dos sapos vermelhos e aí vieram os sapos cururus e por mais de vinte anos tomaram conta da Sapopemba e expulsaram, torturaram com sal, ou mesmo mataram qualquer sapo que se supunha fosse vermelho, ou que mesmo não sendo vermelho eles dissessem que era vermelho.
Porém, tudo passa debaixo do sol e o tempo dos sapos-cururus passou e foi a hora dos sapos vermelhos saírem da escuridão e irmanarem-se com o sapo-peludo, pois com ele tinham outra chance de mudar a Sapopemba.
Desse modo então teve início um longo trabalho de convencimento do povo e o partido, que tinha como símbolo o vaga lume solitário foi sendo construído aos poucos, de baixo para cima e poucos anos depois qualquer brejinho de nada tinha um diretório do partido do sapo peludo e o presidente não era o filho do batráquio prefeito era um sapo trabalhador, que se deixava guiar pela figura do sapo-peludo que era um pouco cada um dos sapos pobres da Sapopemba.
E assim, lentamente, os partidários do sapo-peludo foram ganhando a simpatia de todos, mas o caminho foi duro, pois a principio pouca gente acreditava que um sapo peludo, feio, quase analfabeto, tendo uma das patas mutilada e vindo do norte, teria capacidade para governar a Sapopemba e assim o sapo-peludo perdeu as primeiras eleições livres para um sapo colorido, alto, bem falante e filho de uma família de grandes proprietários de águas, porém tal sapo mostrou-se oco, incompetente, inepto, mentiroso e, por fim, corrupto, de modo que os partidários do sapo peludo puderam encontrar a razão da sua existência denunciando as incoerências e as falcatruas do sapo colorido, que assim que chegou a presidência fez aquilo que prometeu não fazer nunca, confiscar a poupança dos sapos-sapos para dar jeito a economia da Sapopemba. Assim, a inabilidade do sapo colorido fazia indiretamente o nome do sapo peludo, que neste momento já era, para muitos, sinônimo de honestidade, simplicidade e pureza e quando no auge da crise o sapo colorido pediu para que todos saíssem de casa vestidos com as cores berrantes e belas da bandeira da Sapopemba, a saparia, vestida de negro saiu dos brejais pedindo a cassação do sapo colorido, que pouco depois não resistiu à pressão e renunciou, e assim o vice-presidente, o sapo de topete, assumiu a Sapopemba.
É bem verdade que muitos olhavam aquele sapo-peludo com desconfiança e viam nele uma fera não enjaulada, um sapo perigoso, mal-educado, louco. Muitos batráquios da cidade o olhavam com desdém, afinal era um sapo do norte, que não sabia nem coaxar direito, porém para outros, para os sapos-professores e os sapos-operários, aquele era o sapo, e por isso, desde o início foi ele o líder e o símbolo do maior partido de esquerda criado na Sapopemba, Partido que foi o Farol de Alexandria e a Escada de Jacó pra muita gente, afinal ele foi construído aos poucos e quantos sapos não deram a juventude, a inteligência e a esperança ao partido do sapo peludo, que era formado de sapos-sapos e não por sapos-batráquios, e assim o sonho foi se espalhando, sonho compartilhado por boa parte daqueles sapos que há vinte anos tinham lutado pela Independência da Sapopemba frente à ingerência dos Estados Unidos da Brejolândia.
Tais sapos sonhavam com a revolução igualitária, que dividiria as águas desse brejal imenso que era a Sapopemba, porém o povo não entendeu direito a mensagem dos sapos vermelhos e aí vieram os sapos cururus e por mais de vinte anos tomaram conta da Sapopemba e expulsaram, torturaram com sal, ou mesmo mataram qualquer sapo que se supunha fosse vermelho, ou que mesmo não sendo vermelho eles dissessem que era vermelho.
Porém, tudo passa debaixo do sol e o tempo dos sapos-cururus passou e foi a hora dos sapos vermelhos saírem da escuridão e irmanarem-se com o sapo-peludo, pois com ele tinham outra chance de mudar a Sapopemba.
Desse modo então teve início um longo trabalho de convencimento do povo e o partido, que tinha como símbolo o vaga lume solitário foi sendo construído aos poucos, de baixo para cima e poucos anos depois qualquer brejinho de nada tinha um diretório do partido do sapo peludo e o presidente não era o filho do batráquio prefeito era um sapo trabalhador, que se deixava guiar pela figura do sapo-peludo que era um pouco cada um dos sapos pobres da Sapopemba.
E assim, lentamente, os partidários do sapo-peludo foram ganhando a simpatia de todos, mas o caminho foi duro, pois a principio pouca gente acreditava que um sapo peludo, feio, quase analfabeto, tendo uma das patas mutilada e vindo do norte, teria capacidade para governar a Sapopemba e assim o sapo-peludo perdeu as primeiras eleições livres para um sapo colorido, alto, bem falante e filho de uma família de grandes proprietários de águas, porém tal sapo mostrou-se oco, incompetente, inepto, mentiroso e, por fim, corrupto, de modo que os partidários do sapo peludo puderam encontrar a razão da sua existência denunciando as incoerências e as falcatruas do sapo colorido, que assim que chegou a presidência fez aquilo que prometeu não fazer nunca, confiscar a poupança dos sapos-sapos para dar jeito a economia da Sapopemba. Assim, a inabilidade do sapo colorido fazia indiretamente o nome do sapo peludo, que neste momento já era, para muitos, sinônimo de honestidade, simplicidade e pureza e quando no auge da crise o sapo colorido pediu para que todos saíssem de casa vestidos com as cores berrantes e belas da bandeira da Sapopemba, a saparia, vestida de negro saiu dos brejais pedindo a cassação do sapo colorido, que pouco depois não resistiu à pressão e renunciou, e assim o vice-presidente, o sapo de topete, assumiu a Sapopemba.
Para inglês ver
Coisa de inglês
Oh festinha mixuruca aquela da abertura das olimpíadas.
Lado positivo
As belas atletas dos quatro cantos do mundo, do Paraguai a Rússia.
O efeito mensalão
O Lula teve câncer, o Roberto Jeferson tem a doença. O Zé Dirceu que se cuide.
Tragédia
Todo mundo sai de casa para ver o Batman e encontra um malucão que acha que é o Coringa. Puta que pariu.
Tragédia II
É impossível ser um super-herói, mas ser vilão é muito fácil.
Pergunta aos ingleses
Pra que serve uma rainha?
Pouca vergonha
Com as bênçãos da mamãe Rússia o carniceiro da Síria segue matando crianças.
Pergunta aos paraguaios
Por que a Larissa Riquelme não foi pra Olimpíadas?
Piada
O presidente do COI disse que espera um desempenho um pouco pior ou um pouco melhor dos atletas brasileiros nos jogos de Londres, se comparado com os de Pequim.
Sob todos os aspectos
Lamentável o que fez o Chel Sonnen, lamentável.
Me cobrem
Aposto que os EUA vão levar fumo de novo nessas olimpíadas.
Oh festinha mixuruca aquela da abertura das olimpíadas.
Lado positivo
As belas atletas dos quatro cantos do mundo, do Paraguai a Rússia.
O efeito mensalão
O Lula teve câncer, o Roberto Jeferson tem a doença. O Zé Dirceu que se cuide.
Tragédia
Todo mundo sai de casa para ver o Batman e encontra um malucão que acha que é o Coringa. Puta que pariu.
Tragédia II
É impossível ser um super-herói, mas ser vilão é muito fácil.
Pergunta aos ingleses
Pra que serve uma rainha?
Pouca vergonha
Com as bênçãos da mamãe Rússia o carniceiro da Síria segue matando crianças.
Pergunta aos paraguaios
Por que a Larissa Riquelme não foi pra Olimpíadas?
Piada
O presidente do COI disse que espera um desempenho um pouco pior ou um pouco melhor dos atletas brasileiros nos jogos de Londres, se comparado com os de Pequim.
Sob todos os aspectos
Lamentável o que fez o Chel Sonnen, lamentável.
Me cobrem
Aposto que os EUA vão levar fumo de novo nessas olimpíadas.
A arte de furtar
1 – No Brasil o presidente desvia dinheiro público para comprar o apoio de deputados e senadores no Congresso;
2 – O mesmo ocorre nas assembleias legislativas e câmeras de vereadores;
3 – No Brasil os juízes vendem sentenças e fraudam os concursos para que seus filhos e sobrinhos garantam o “leite das crianças”;
4 – No Brasil os procuradores, especialmente se bem pagos, esquecem os ilícitos dos poderosos;
5 – No Brasil as empresas financiam campanhas eleitorais para depois ganharem as concorrências;
6 – No Brasil para ser dono de cartório basta ser amigo do governador e depois não se recusar a fazer certos servicinhos;
7 – No Brasil os grandes produtores rurais pegam empréstimo no Banco do Brasil e nunca pagam;
8 – No Brasil ninguém paga Imposto Territorial Rural;
9 – Os brasileiros se dividem em duas categorias: os que queriam ter dinheiro suficiente para pagar imposto de renda e os que fraudam o imposto de renda;
10 – No Brasil quem recebe menos paga, proporcionalmente, mais imposto de renda;
11 – No Brasil as Autoescolas e os funcionários do DETRAM arranjam uma carteira de motorista para qualquer um;
12 – No Brasil alguns cidadãos tem fórum privilegiado, mesmo assim, dizem que vivemos em uma “República”;
13 – No Brasil os professores universitários ganham para não trabalhar;
14 – No Brasil os médicos do SUS cobram o preço da cirurgia por fora;
15 – No Brasil não existe pena de morte, mas a PM só atira para matar;
16 – No Brasil os funcionários públicos, com exceção dos comissionados, tem que ser concursados, mas em todas as folhas de pagamento há mais funcionários temporários que efetivos;
17 – No Brasil os professores não podem reprovar adolescentes analfabetos para que eles não desistam de estudar;
18 – No Brasil os diretores de escolas complementam a renda com dinheiro desviado da escola, pois o dono da padaria do bairro abastece a escola e a casa do diretor;
19 – No Brasil os mais pobres pagam uma universidade de mentirinha para ter um diploma, que em termos de conhecimento, não serve para quase nada, enquanto os ricos cursam a faculdade pública, onde, bem ou mal, existem alguns abnegados que dão aula de verdade;
20 – No Brasil os donos das empresas de ônibus e os bicheiros financiam as campanhas de vereadores e prefeitos, por isso todo mundo pode jogar no bicho e brincar de sardinha em lata todo santo dia;
21 – O grane profeta do Brasil é o padre Antônio Vieira que escreveu e não foi na “História do futuro”, que no Brasil: “Aqui se conjuga o verbo roubar em todos os tempos e modos”.
2 – O mesmo ocorre nas assembleias legislativas e câmeras de vereadores;
3 – No Brasil os juízes vendem sentenças e fraudam os concursos para que seus filhos e sobrinhos garantam o “leite das crianças”;
4 – No Brasil os procuradores, especialmente se bem pagos, esquecem os ilícitos dos poderosos;
5 – No Brasil as empresas financiam campanhas eleitorais para depois ganharem as concorrências;
6 – No Brasil para ser dono de cartório basta ser amigo do governador e depois não se recusar a fazer certos servicinhos;
7 – No Brasil os grandes produtores rurais pegam empréstimo no Banco do Brasil e nunca pagam;
8 – No Brasil ninguém paga Imposto Territorial Rural;
9 – Os brasileiros se dividem em duas categorias: os que queriam ter dinheiro suficiente para pagar imposto de renda e os que fraudam o imposto de renda;
10 – No Brasil quem recebe menos paga, proporcionalmente, mais imposto de renda;
11 – No Brasil as Autoescolas e os funcionários do DETRAM arranjam uma carteira de motorista para qualquer um;
12 – No Brasil alguns cidadãos tem fórum privilegiado, mesmo assim, dizem que vivemos em uma “República”;
13 – No Brasil os professores universitários ganham para não trabalhar;
14 – No Brasil os médicos do SUS cobram o preço da cirurgia por fora;
15 – No Brasil não existe pena de morte, mas a PM só atira para matar;
16 – No Brasil os funcionários públicos, com exceção dos comissionados, tem que ser concursados, mas em todas as folhas de pagamento há mais funcionários temporários que efetivos;
17 – No Brasil os professores não podem reprovar adolescentes analfabetos para que eles não desistam de estudar;
18 – No Brasil os diretores de escolas complementam a renda com dinheiro desviado da escola, pois o dono da padaria do bairro abastece a escola e a casa do diretor;
19 – No Brasil os mais pobres pagam uma universidade de mentirinha para ter um diploma, que em termos de conhecimento, não serve para quase nada, enquanto os ricos cursam a faculdade pública, onde, bem ou mal, existem alguns abnegados que dão aula de verdade;
20 – No Brasil os donos das empresas de ônibus e os bicheiros financiam as campanhas de vereadores e prefeitos, por isso todo mundo pode jogar no bicho e brincar de sardinha em lata todo santo dia;
21 – O grane profeta do Brasil é o padre Antônio Vieira que escreveu e não foi na “História do futuro”, que no Brasil: “Aqui se conjuga o verbo roubar em todos os tempos e modos”.
sábado, 14 de julho de 2012
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
VI – O V Trabalho
Corri meus senhores, corri mais que Aquiles para escapar de uma possível vingança do PM, até que encontrei outra praça e sentei, mas o mundo inteiro conspirava contra mim, pois, assim que sentei senti uma sede terrível, no mesmo instante em que se aproximou de mim um pipoqueiro, não, um vendedor de açaí que falava como aquele lutador de MMA, o Shogun, emendando uma palavra na outra, de modo que eu não entendi nada.
Ele abriu e me passou uma garrafinha com água mineral enquanto falava e eu não entendia porra nenhuma até que eu bebi toda a água e ele me disse em voz inteligível e não com aquele cantar dos tabacudos de Curitiba:
- Escuta aqui meu patrão, essa é fácil. Tá vendo aquela mulher ali distribuindo panfletos?
- Tô...
Eu disse muito reticente.
- Pois é, tu vai ter que fazer ela sorrir, só isso.
- Só isso?
- É, mas é com uma cantada.
Eu então olhei a não tão jovem sindicalista de boné, óculos e buço e disse para o safado ao meu lado:
- Mas ela deve ser mais macho do que eu.
Ele olhou a mulher sorriu e disse se levantando e dando um tapinha no meu ombro.
- É, pode ser, mas dá teus pulos... se não quiser perder as pregas do furico.
Eu então levantei disposto a utilizar a mesma tática, não pensar em nada e cantar a mulher.
Ao me aproximar percebi que ela era do PSTU e pensei em dizer:
- Contra burguês vote 16, contra boquete vote 17.
E me aproximei dela já sorrindo.
Ela então me olhou com a ternura de um pedreiro e disse:
- Vamos à luta companheiro.
Me entregou um panfleto e me deu um tapa nas costas que quase deslocou meu ombro.
Eu permaneci por ali como não quer nada e disse:
- Escuta, como é que eu posso me filiar ao partido de vocês?
Ela achou que eu tava tentando tirar uma onda da cara dela, de modo que pôs as duas mãos na cintura, me encarou firme e disse olho no olho e bigode a bigode:
- O quê que tu que cara?
E eu aproveitando que sou meio preto disse imitando aquela voz encarreirada do Shogun e não sei com que presença de espírito:
- Eu quero trepar, nem que seja pelas cotas, porque uma mulher bonita e branca como você tem que dar para pardos, negros e índios pelo menos em 50% dos casos, dos parceiros, das fodas, quer dizer, você entendeu...?
Ela me olhou então com um olhar impossível e eu pensei que ia perder a cabeça com uma bofetada, mas ela foi se tremendo toda e rinchando e eu não sabia se ela estava tendo um orgasmo, um ataque cardíaco ou rindo, mas era riso mesmo e para sair daquela situação eu disse:
- Tudo bem, se não quer foder não fode, mas não debocha assim.
Ela então riu ainda mais alto e eu dei as costas e fui embora.
Missão cumprida.
Corri meus senhores, corri mais que Aquiles para escapar de uma possível vingança do PM, até que encontrei outra praça e sentei, mas o mundo inteiro conspirava contra mim, pois, assim que sentei senti uma sede terrível, no mesmo instante em que se aproximou de mim um pipoqueiro, não, um vendedor de açaí que falava como aquele lutador de MMA, o Shogun, emendando uma palavra na outra, de modo que eu não entendi nada.
Ele abriu e me passou uma garrafinha com água mineral enquanto falava e eu não entendia porra nenhuma até que eu bebi toda a água e ele me disse em voz inteligível e não com aquele cantar dos tabacudos de Curitiba:
- Escuta aqui meu patrão, essa é fácil. Tá vendo aquela mulher ali distribuindo panfletos?
- Tô...
Eu disse muito reticente.
- Pois é, tu vai ter que fazer ela sorrir, só isso.
- Só isso?
- É, mas é com uma cantada.
Eu então olhei a não tão jovem sindicalista de boné, óculos e buço e disse para o safado ao meu lado:
- Mas ela deve ser mais macho do que eu.
Ele olhou a mulher sorriu e disse se levantando e dando um tapinha no meu ombro.
- É, pode ser, mas dá teus pulos... se não quiser perder as pregas do furico.
Eu então levantei disposto a utilizar a mesma tática, não pensar em nada e cantar a mulher.
Ao me aproximar percebi que ela era do PSTU e pensei em dizer:
- Contra burguês vote 16, contra boquete vote 17.
E me aproximei dela já sorrindo.
Ela então me olhou com a ternura de um pedreiro e disse:
- Vamos à luta companheiro.
Me entregou um panfleto e me deu um tapa nas costas que quase deslocou meu ombro.
Eu permaneci por ali como não quer nada e disse:
- Escuta, como é que eu posso me filiar ao partido de vocês?
Ela achou que eu tava tentando tirar uma onda da cara dela, de modo que pôs as duas mãos na cintura, me encarou firme e disse olho no olho e bigode a bigode:
- O quê que tu que cara?
E eu aproveitando que sou meio preto disse imitando aquela voz encarreirada do Shogun e não sei com que presença de espírito:
- Eu quero trepar, nem que seja pelas cotas, porque uma mulher bonita e branca como você tem que dar para pardos, negros e índios pelo menos em 50% dos casos, dos parceiros, das fodas, quer dizer, você entendeu...?
Ela me olhou então com um olhar impossível e eu pensei que ia perder a cabeça com uma bofetada, mas ela foi se tremendo toda e rinchando e eu não sabia se ela estava tendo um orgasmo, um ataque cardíaco ou rindo, mas era riso mesmo e para sair daquela situação eu disse:
- Tudo bem, se não quer foder não fode, mas não debocha assim.
Ela então riu ainda mais alto e eu dei as costas e fui embora.
Missão cumprida.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
O Eu de Augusto dos Anjos permanece entre os vivos
Hoje, 06 de junho de 2012, faz cem anos que o único livro do poeta Augusto dos Anjos foi publicado.
Não que algum editor tenha tido a sabedoria de publicá-lo pagando ao autor. Não, o livro foi custeado, se não me falha a memória, por um irmão do poeta e seu amigo, o escritor Orris Soares.
E o Eu de Augusto dos Anjos, singular até no título, encontrou ouvidos moucos ou deboche dos parnasianos, que ainda possuíam o mandato do céu das letras nacionais.
Quanto ao poeta, bem, o poeta morreu logo depois, ainda moço, de tuberculose, como ainda era costume entre os portadores da “loucura sagrada”.
Morreu longe da terra em que nasceu, o engenho Pau d’ arco, em Sapé, e as ruas da velha cidade da Parahyba do Norte, em que viveu e as pontes do Recife que visitava com alguma frequência. Morreu em uma cidadezinha de Minas Gerais, Leopoldina, que ainda hoje reverencia sua memória.
Porém, sua poesia, como uma moléstia contagiosa, se espalhou pelo Brasil inteiro e chegou mesmo a ganhar versões em outras línguas, como o espanhol e o alemão.
Não sei se nesses outros idiomas a força do poeta se mantem, mas acredito que sim, pois a poesia de Augusto dos Anjos é visceral e sincera. Há em cada verso fascínio e medo da morte; medo e fascínio da vida. Vida e morte que são as faces de uma mesma moeda, que ninguém nunca soube quanto vale.
Augusto dos Anjos era magro, feio e pálido, mas sua poesia é pujante, dolorosa e eterna.
Para mim, igualmente feio e magro e também poeta a poesia de Augusto dos Anjos foi um deslumbramento, mesmo que algumas palavras tivessem cheiro e gosto de mundos desconhecidos.
Poeta inimitável, nunca quis segui-lo, mas estudei um pouco sobre sua vida e cheguei a percorrer os lugares que o autor dos “Versos íntimos” percorreu.
Pra que?
Não sei, mas sinto que ele é da minha família, que compreenderia o terror pânico que muitos de nós sentimos diante da vida/morte.
No entanto, muito pouco sobrou da sua passagem na antiga Parahyba do Norte, porém, não há o que lamentar, pois o grande legado de qualquer poeta são os versos e esses ficaram.
Durante muito tempo estiveram na boca de boêmios e dipsomaníacos, hoje estão nas teses de doutores, nas universidades, porém não é apenas um ou outro jovem que encontra esse livrinho, o Eu, e dedica-lhe grande atenção durante anos, são vários, e é assim que o poeta da dor e da raiva se perpetua.
Hoje faz cem anos que o Eu, de Augusto dos Anjos, foi publicado, e hoje também, eu, poeta quase inédito e incógnito, encontrei outro poeta, o andarilho, Valter Di Láscio, que desde os anos setenta viaja come, bebe, sobretudo bebe e sente, o Brasil.
Pensei em pará-lo e perguntar se já leu Augusto dos Anjos e alguma coisa assim, mas o poeta já tocado de aguardente ia com pressa e eu continuei calado.
Quem sabe um dia não encontre os dois, naquele lugar, sob o céu de Samarcanda, em Passárgada, no pais de São Sarue, onde vivem eternamente os poetas dignos desse nome, onde Fernando Pessoa e Leandro Gomes de Barros, esperam alguém para continuar bebendo e conversando.
Quem sabe...
Não que algum editor tenha tido a sabedoria de publicá-lo pagando ao autor. Não, o livro foi custeado, se não me falha a memória, por um irmão do poeta e seu amigo, o escritor Orris Soares.
E o Eu de Augusto dos Anjos, singular até no título, encontrou ouvidos moucos ou deboche dos parnasianos, que ainda possuíam o mandato do céu das letras nacionais.
Quanto ao poeta, bem, o poeta morreu logo depois, ainda moço, de tuberculose, como ainda era costume entre os portadores da “loucura sagrada”.
Morreu longe da terra em que nasceu, o engenho Pau d’ arco, em Sapé, e as ruas da velha cidade da Parahyba do Norte, em que viveu e as pontes do Recife que visitava com alguma frequência. Morreu em uma cidadezinha de Minas Gerais, Leopoldina, que ainda hoje reverencia sua memória.
Porém, sua poesia, como uma moléstia contagiosa, se espalhou pelo Brasil inteiro e chegou mesmo a ganhar versões em outras línguas, como o espanhol e o alemão.
Não sei se nesses outros idiomas a força do poeta se mantem, mas acredito que sim, pois a poesia de Augusto dos Anjos é visceral e sincera. Há em cada verso fascínio e medo da morte; medo e fascínio da vida. Vida e morte que são as faces de uma mesma moeda, que ninguém nunca soube quanto vale.
Augusto dos Anjos era magro, feio e pálido, mas sua poesia é pujante, dolorosa e eterna.
Para mim, igualmente feio e magro e também poeta a poesia de Augusto dos Anjos foi um deslumbramento, mesmo que algumas palavras tivessem cheiro e gosto de mundos desconhecidos.
Poeta inimitável, nunca quis segui-lo, mas estudei um pouco sobre sua vida e cheguei a percorrer os lugares que o autor dos “Versos íntimos” percorreu.
Pra que?
Não sei, mas sinto que ele é da minha família, que compreenderia o terror pânico que muitos de nós sentimos diante da vida/morte.
No entanto, muito pouco sobrou da sua passagem na antiga Parahyba do Norte, porém, não há o que lamentar, pois o grande legado de qualquer poeta são os versos e esses ficaram.
Durante muito tempo estiveram na boca de boêmios e dipsomaníacos, hoje estão nas teses de doutores, nas universidades, porém não é apenas um ou outro jovem que encontra esse livrinho, o Eu, e dedica-lhe grande atenção durante anos, são vários, e é assim que o poeta da dor e da raiva se perpetua.
Hoje faz cem anos que o Eu, de Augusto dos Anjos, foi publicado, e hoje também, eu, poeta quase inédito e incógnito, encontrei outro poeta, o andarilho, Valter Di Láscio, que desde os anos setenta viaja come, bebe, sobretudo bebe e sente, o Brasil.
Pensei em pará-lo e perguntar se já leu Augusto dos Anjos e alguma coisa assim, mas o poeta já tocado de aguardente ia com pressa e eu continuei calado.
Quem sabe um dia não encontre os dois, naquele lugar, sob o céu de Samarcanda, em Passárgada, no pais de São Sarue, onde vivem eternamente os poetas dignos desse nome, onde Fernando Pessoa e Leandro Gomes de Barros, esperam alguém para continuar bebendo e conversando.
Quem sabe...
Chocolate surpresa
Quem viver verá
Em agosto vamos ver se os ministros do supremo tem mesmo culhão.
O intocável
Um tal de Sérgio Cabral.
Chamem o super-homem
Enquanto o super-homem não vem o carniceiro da Síria aumenta suas vítimas.
Eu sei pra onde foi o dinheiro da UNE
Uma parte para comprar cachaça, outra parte para comprar maconha e a terceira parte para pagar o motel.
Recado
Mano, ce tá fudido.
Constatação
O Messi até que jogou.
Golpe no Egito
Estão fazendo o povo de bobo de novo.
Quero ver
Quem terá coragem de denunciar as fraudes dos concursos para juiz.
O Edmundo tem razão
O Luxa se fodeu.
Profecia
A Rio +20 vai dar em nada.
Explicação do mundo
Todo mundo se fode e os banqueiros se fartam.
De vez em quando
O Felipão lembra quem é.
Em agosto vamos ver se os ministros do supremo tem mesmo culhão.
O intocável
Um tal de Sérgio Cabral.
Chamem o super-homem
Enquanto o super-homem não vem o carniceiro da Síria aumenta suas vítimas.
Eu sei pra onde foi o dinheiro da UNE
Uma parte para comprar cachaça, outra parte para comprar maconha e a terceira parte para pagar o motel.
Recado
Mano, ce tá fudido.
Constatação
O Messi até que jogou.
Golpe no Egito
Estão fazendo o povo de bobo de novo.
Quero ver
Quem terá coragem de denunciar as fraudes dos concursos para juiz.
O Edmundo tem razão
O Luxa se fodeu.
Profecia
A Rio +20 vai dar em nada.
Explicação do mundo
Todo mundo se fode e os banqueiros se fartam.
De vez em quando
O Felipão lembra quem é.
Joga no mato
O Brasil foi criado sobre a égide do precário, do provisório, do quem vier depois que se arranje e, talvez por isso, tudo em nossas cidades seja feito para não durar, até mesmo nossos jardins são inacabados.
Tudo é feito de afogadilho, sem planejamento, sem medir as consequências. Assim, que importa construir perto do rio e depois ser afogado por um tsunami de água suja, lixo e bosta; por que não criar camarões em mangues, mesmo que isso mate os caranguejos; porque não levantar um prédio em uma ruazinha minúscula e depois ter um mini-engarrafamento na porta de casa?
Mas, o curioso disso tudo é que embora tudo seja feito para ser refeito daqui a cinco anos se acredita, nós acreditamos, que não faltará matéria-prima e energia para nada, pois nossos recursos naturais são inesgotáveis e durarão para sempre, pois essa é a terra da fartura onde se plantando tudo dá e assim seguimos abrindo o chuveiro como se não houvesse amanhã, acendendo luzes para que a noite seja mais clara que o dia, jogando comida fora, exportando minério de ferro e importando aço.
No Brasil até os animais domésticos não comem qualquer coisa.
E se algo não presta mais, basta, como diria minha vó, jogar no mato.
E o resultado disso tudo, bem, o resultado é que quase não existe mato, por que as siderúrgicas do interior de Minas Gerais e a padaria da esquina da minha rua usam lenha como combustível.
O resultado desse mau encontro do precário com o desperdício é que os grandes rios que cortam nossos estados estão assoreados e os pequenos rios e as baías que enfeitam nossas cidades são corredores ou desaguadouros de fezes.
O resultado é que coroamos um dos pontos mais belos do nosso litoral com duas, que logo serão três, usinas atômicas, que, ao que parece e sem os devidos cuidados, liberamos a plantação de sementes transgênicas, ao mesmo tempo em que nossos porcos comem lixo e distribuem cisticercose para os apressadinhos.
O resultado de tudo isso é que temos que pagar mais um imposto, sim, mais um imposto e o cobrador implacável é um mosquitinho preto e branco que deixamos crescer e se multiplicar por conta do nosso desleixo.
E olha que as consequências da nossa incúria ainda não podem ser sentidas de todo, embora o preço a ser pago por ela aumente a cada dia, seja na quantidade de quilômetros de engarrafamento, mesmo nas cidades médias; na diminuição do tamanho dos apartamentos e no cimento que, como uma substância alienígena, toma conta de tudo, invadindo quintais, jardins e praças.
Mas, chegará o tempo e ele não tardará em que os peixes do mar custarão mais caros que caviar de esturjão, em que frutas como as jabuticabas, os jambos, os cajás, as mangabas, as pinhas, as graviolas e quem sabe até mesmo as jacas e as mangas serão apenas água na boca dos velhos e sabores inimagináveis nos sonhos dos jovens.
Chegará o tempo, e para alguns ele já chegou, em que só restará aos pobres e remediados consumir embutidos e enlatados de péssima qualidade e a falsa comida que nos faz acreditar que o bagaço de certas frutas temperado com uma enxurrada de produtos químicos tem o mesmo sabor de uma galinha caipira.
Pobre de nós, condenados a pseudo atum ralado, empanado de frango e refresco vendido em pó.
Tudo é feito de afogadilho, sem planejamento, sem medir as consequências. Assim, que importa construir perto do rio e depois ser afogado por um tsunami de água suja, lixo e bosta; por que não criar camarões em mangues, mesmo que isso mate os caranguejos; porque não levantar um prédio em uma ruazinha minúscula e depois ter um mini-engarrafamento na porta de casa?
Mas, o curioso disso tudo é que embora tudo seja feito para ser refeito daqui a cinco anos se acredita, nós acreditamos, que não faltará matéria-prima e energia para nada, pois nossos recursos naturais são inesgotáveis e durarão para sempre, pois essa é a terra da fartura onde se plantando tudo dá e assim seguimos abrindo o chuveiro como se não houvesse amanhã, acendendo luzes para que a noite seja mais clara que o dia, jogando comida fora, exportando minério de ferro e importando aço.
No Brasil até os animais domésticos não comem qualquer coisa.
E se algo não presta mais, basta, como diria minha vó, jogar no mato.
E o resultado disso tudo, bem, o resultado é que quase não existe mato, por que as siderúrgicas do interior de Minas Gerais e a padaria da esquina da minha rua usam lenha como combustível.
O resultado desse mau encontro do precário com o desperdício é que os grandes rios que cortam nossos estados estão assoreados e os pequenos rios e as baías que enfeitam nossas cidades são corredores ou desaguadouros de fezes.
O resultado é que coroamos um dos pontos mais belos do nosso litoral com duas, que logo serão três, usinas atômicas, que, ao que parece e sem os devidos cuidados, liberamos a plantação de sementes transgênicas, ao mesmo tempo em que nossos porcos comem lixo e distribuem cisticercose para os apressadinhos.
O resultado de tudo isso é que temos que pagar mais um imposto, sim, mais um imposto e o cobrador implacável é um mosquitinho preto e branco que deixamos crescer e se multiplicar por conta do nosso desleixo.
E olha que as consequências da nossa incúria ainda não podem ser sentidas de todo, embora o preço a ser pago por ela aumente a cada dia, seja na quantidade de quilômetros de engarrafamento, mesmo nas cidades médias; na diminuição do tamanho dos apartamentos e no cimento que, como uma substância alienígena, toma conta de tudo, invadindo quintais, jardins e praças.
Mas, chegará o tempo e ele não tardará em que os peixes do mar custarão mais caros que caviar de esturjão, em que frutas como as jabuticabas, os jambos, os cajás, as mangabas, as pinhas, as graviolas e quem sabe até mesmo as jacas e as mangas serão apenas água na boca dos velhos e sabores inimagináveis nos sonhos dos jovens.
Chegará o tempo, e para alguns ele já chegou, em que só restará aos pobres e remediados consumir embutidos e enlatados de péssima qualidade e a falsa comida que nos faz acreditar que o bagaço de certas frutas temperado com uma enxurrada de produtos químicos tem o mesmo sabor de uma galinha caipira.
Pobre de nós, condenados a pseudo atum ralado, empanado de frango e refresco vendido em pó.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Anúncios/classificados/patrocínios/apoios
Frase do grande Biu Puta Preta
As mulheres ainda não dominaram o mundo por que estão escolhendo a roupa certa.
As mulheres ainda não dominaram o mundo por que estão escolhendo a roupa certa.
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
IV Trabalho
Sim, eu estava andando em rastro de corno, pois assim que parei em uma praça para recuperar o fôlego, uma velha, sem um dente na boca, sentou ao meu lado e, segurando uma bengala com que bateu na minha perna, sem rodeios, me disse com voz de locutor de rádio FM:
- Olhe a praça.
Eu, já com o cu na mão, olhei a praça. Até que era agradável. Como ainda havia escolas no entorno percebi alguns casais de namorados, grupos de jovens inventando algazarra, dois PMs fazendo uma ronda e uma velha que vendia bombons, chicletes e pipocas em um daqueles fiteiros ambulantes.
Tudo em paz.
Porem minha paz acabou quando a velha disse:
- Tá vendo a dupla de Pms meu rapaz. Tá vendo o mais forte, o negão?
Eu caguei fino.
- Ta vendo?
A velha repetiu e ante o seu olhar malévolo e inquisidor eu respondi:
- To
- Então meu filho, se não quiser experimentar uma mandioca pelo avesso, vá até lá e passe a mão na bunda do negão.
Quando ela disse isso meus olhos quase deram um salto mortal dos buracos onde vivem presos. A velha então disse:
- Calma, não precisa esperar para pegar o telefone depois, mas eu vou ficar aqui olhando se você passou a mão mesmo ou não.
Eu então respirei fundo e resolvi não pensar para arriscar outra vez a vida e salvar meu cu, mas a velha quase estragou tudo quando disse:
- Passar a mão na bunda só não que é muito fácil, de logo uma dedada.
Velha safada, escrota e ainda riu da minha agonia, pois nessa altura o suor já tava descendo pelo lascão da bunda.
Mas, mesmo assim, eu resolvi continuar com a mesma estratégia, sem pensar em nada, respirei fundo e segui os PMs e quando o negão estava ao alcance das minhas mãos, ou melhor, dos meus dedos, dei-lhe uma dedada daquela de fazer pena e abri na carreira deixando no ar um rastro de bosta por que meu nervosismo me fez peidar loucamente.
Na carreira só ouvi as risadas das duas velhas, a gritaria dos estudantes e o negão que gritava:
- Volta aqui viado safado.
Olhei pra traz uma única vez.
O outro PM havia caído no chão de tanto rir e o negão, ele também rindo, já havia parado de me persegui.
Mesmo assim continuei correndo pela Rua Lima Trindade.
Sim, eu estava andando em rastro de corno.
Sim, eu estava andando em rastro de corno, pois assim que parei em uma praça para recuperar o fôlego, uma velha, sem um dente na boca, sentou ao meu lado e, segurando uma bengala com que bateu na minha perna, sem rodeios, me disse com voz de locutor de rádio FM:
- Olhe a praça.
Eu, já com o cu na mão, olhei a praça. Até que era agradável. Como ainda havia escolas no entorno percebi alguns casais de namorados, grupos de jovens inventando algazarra, dois PMs fazendo uma ronda e uma velha que vendia bombons, chicletes e pipocas em um daqueles fiteiros ambulantes.
Tudo em paz.
Porem minha paz acabou quando a velha disse:
- Tá vendo a dupla de Pms meu rapaz. Tá vendo o mais forte, o negão?
Eu caguei fino.
- Ta vendo?
A velha repetiu e ante o seu olhar malévolo e inquisidor eu respondi:
- To
- Então meu filho, se não quiser experimentar uma mandioca pelo avesso, vá até lá e passe a mão na bunda do negão.
Quando ela disse isso meus olhos quase deram um salto mortal dos buracos onde vivem presos. A velha então disse:
- Calma, não precisa esperar para pegar o telefone depois, mas eu vou ficar aqui olhando se você passou a mão mesmo ou não.
Eu então respirei fundo e resolvi não pensar para arriscar outra vez a vida e salvar meu cu, mas a velha quase estragou tudo quando disse:
- Passar a mão na bunda só não que é muito fácil, de logo uma dedada.
Velha safada, escrota e ainda riu da minha agonia, pois nessa altura o suor já tava descendo pelo lascão da bunda.
Mas, mesmo assim, eu resolvi continuar com a mesma estratégia, sem pensar em nada, respirei fundo e segui os PMs e quando o negão estava ao alcance das minhas mãos, ou melhor, dos meus dedos, dei-lhe uma dedada daquela de fazer pena e abri na carreira deixando no ar um rastro de bosta por que meu nervosismo me fez peidar loucamente.
Na carreira só ouvi as risadas das duas velhas, a gritaria dos estudantes e o negão que gritava:
- Volta aqui viado safado.
Olhei pra traz uma única vez.
O outro PM havia caído no chão de tanto rir e o negão, ele também rindo, já havia parado de me persegui.
Mesmo assim continuei correndo pela Rua Lima Trindade.
Sim, eu estava andando em rastro de corno.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Assim mesmo
Dizer que o Brasil, ou melhor, que os brasileiros não têm memória é um lugar comum irritante a que recorro envergonhado para chorar a morte de um grande artista.
Dicró.
Sim, Dicró, aquele mesmo que cantou os sabores da mulher, que falava das louras de pentelho preto e que ganhou a vida falando mal das sogras.
Ele sim, um grande artista, que espero não seja esquecido como Bezerra da Silva (apesar do disco do Marcelo D2) e do gênio Moreira da Silva, de quem já é bem difícil conseguir comprar algum Cd (se não fosse a internet?), mas, tergiverso, estava escrevendo sobre o Dicró e por que ele é um grande artista.
Primeiro, por que vivia da sua arte, vendendo seus próprios Cds, fazendo shows e contando causos em programas de televisão, ou seja, era “um artista”, mas era também um “Artista”, por que não poupava ninguém em suas críticas devastadoras, por que leu o Brasil, intuitivamente, pelo lado do picaresco e do grotesco.
Por que fazia crônica do cotidiano do subúrbio carioca e de tudo que lhe chegava aos ouvidos ou via com seus próprios olhos nas viagens que fazia pelo Brasil.
Era um malandro de língua ferina, de modo que dizia muita verdade em meio a vulgaridades que alguém mais “refinado” acharia um horror.
Dicró era punk.
Mas quem já ouviu um Cd inteiro do Dicró? Quem se desarmou dos preconceitos para assistir uma entrevista do “último malandro”?
Pouca gente, mas essa pouca gente se espantou com a lucidez do velho que tanto alardeava que gostava de “bater uma virilha”. Talvez nem batesse mais, porém o que não faltava era porrada no Brasil sexta economia do mundo.
Assim, nem rico nem pobre; nem gay nem machão escapava. Não escapava ninguém, no entanto, esses artistas de “boca suja” nunca são levados a sério. Há todo um lado B da arte brasileira que costuma passar longe da crítica por que escancara o que a maior parte dos brasileiros quer esquecer: somos boçais e, talvez por isso, felizes. Somos patéticos e, por isso, tristes de dar dó.
Mas somos de verdade.
Bolacha Maria
Motivo
O Lula vem falando com os ministros do supremo por educação. Para saber como vai a família.
Que pena
E o Nelson Jacobina morreu.
Me engana que eu gosto
Quer dizer que a seleção do Mano engrenou.
Terminou assim
O Ronaldinho continua sorrindo, mas o Flamengo se fudeu.
Absurdo
E o carniceiro da Síria continua matando impunemente.
Lar doce lar
O senador Demóstenes Torres estava muito confortável na CPI.
Mais do mesmo
Cachoeira, Lula, Gilmar Mendes, Marconi Perilo, Márcio Thomaz Bastos, Collor, Demóstenes Torres, Sérgio Cabral, Agnelo Queiróz, é tudo merda do mesmo furico.
Reação
Mano, vai pra puta que pariu.
As outras seleções de vôlei melhoraram ou foi a nossa que piorou?
A culpa é do mordomo
O papa que o diga.
Tradição ou irrelevância
Enquanto o mundo acaba, os ingleses comemoram os 60 anos do reinado de Elisabeth II.
Pois é
O Lula, eu lembro, de olhos cabisbaixos, envergonhado da própria covardia, pediu desculpas ao país pelo Mensalão, isso antes de ser eleito. Depois de eleito começou a arrotar valentia, a dizer que tudo não passava de um golpe e coisas do tipo.
O mesmo fez o sabujo do Ciro Gomes.
Ora, a oposição era e ainda é tão incompetente que mesmo com um presidente confessando um crime, como ele fez na famosa entrevista em Paris, não conseguiu apeá-lo do poder.
Triste do país que têm corruptos e incompetentes de um lado e do outro incompetentes e corruptos.
Mas para o Lula, agora, o Mensalão foi uma tentativa de golpe, sei.
Apesar de tudo reconheço sem pesar que embora tenha tergiversado em todas as questões polêmicas, o governo Lula teve seus acertos, o maior deles, e esse acerto direto e indiscutível do homem, a indicação da atual presidenta Dilma Rousself, contudo, hoje, Lula é um personagem incômodo para o desenvolvimento do Brasil.
Não sei se ele fará mais mal ao Brasil, morrendo para entrar de vez na história, ou melhor, no mito ou vivendo e acuando ministros do Supremo Tribunal Federal, para que igualmente entendam que o Mensalão foi uma tentativa de golpe.
Mas, é preciso reconhecer, o supremo merece ser tratado assim, pois, apesar do Joaquim Barbosa e do Ayres Brito, um tribunal que tem entre seus membros, o Gilmar Mendes e o Marco Aurélio Mello, não merece mesmo respeito e olha que o Cézar Peluso já foi pastar.
Já o congresso e ainda mais o senado, continua a mesma esterqueira de sempre, agora como um porquinho, um suíno desprezível, arrogante mesmo quando no banco dos réus de uma CPI.
E o que une os dois casos, um advogado efeminado que por vaidade defende todo tipo de escória.
Não é a toa que o padroeiro dos ladrões é o mesmo que o dos advogados.
Mas deixemos o Márcio Thomaz Bostas de lado, para clamar pelas explicações do seu Gurgel, que anda mais enrolado do que cabelo de africano, logo ele, o Procurador Geral da República, a última fronteira.
É isso mesmo, como disse o poeta, ou não foi um poeta. Em Brasília só existem cúmplices.
A pergunta é: cúmplices do que?
Se o cachoeira falasse...
domingo, 27 de maio de 2012
IV – O 3 Trabalho
Depois que eu saí do teatrinho a coisa má que me antagonizava me deu uma trégua, de modo que eu senti fome outra vez e como, milagrosamente, encontrasse dinheiro no bolso, mesmo desconfiado de alguma cilada, me dirigi a uma lanchonete e sentei no balcão para pedir um misto-quente.
Realmente estava com fome, pois devorei seis sanduíches e duas cocas-cola, mas, depois de pagar a conta, passei alguns minutos jiboiando, antes de sair.
Por que não saí antes?
Deveria era ter saído correndo do lugar, por que um segundo antes de me por de pé, sentou ao meu lado uma loura de tirar o fôlego, que me disse:
- Você faz um favor pra mim?
E eu já desconfiado e com cara de choro respondi:
- Faço.
- Faz mesmo?
- Faço.
- Então vai até o outro lado da rua e entra na loja do tatuador, ele chama Marcão, e pede pra tatuar imediatamente um beija-flor.
- Aonde...
Eu disse temeroso.
- Bem no rabo, beijando o buraco do teu cu. Você faz isso por mim, faz, pela sua Lola...
- E se eu não fizer?
- Aí você tem que falar com o Airton.
Eu podia imaginar quem era o Airton, o negão, e assim como quem volta derrotado de uma guerra eu atravessei a rua e de cabeça baixa entrei no estúdio do Marcão e resolvi dá uma de macho, mas foi o tatuador quem falou primeiro:
- É você o namorado da Lola?
Eu não gostei do jeito que ele me olhou, mas resolvi ir logo ao ataque para não sair correndo ou cair no choro.
- Sou eu mesmo, vim tatuar um beija-flor no rabo, beijando o meu furico, sabe como é, fiz uma promessa e promessa é dívida, eu vou logo abaixando as calças, como é?
Eu não gostei do jeito que ele me olhou.
Tive então que escolher a porra do desenho e só depois mostrar a bunda pra um macho, foi a primeira vez e não é nada confortável e olha que eu não tava fazendo exame de próstata.
Enquanto ele tava rabiscando o desenho quis puxar conversa comigo, que utilizava uma técnica extraordinária de tão rápida e acabou perguntando a quanto tempo eu namorava a Lola.
Desconversei e disse:
- Trabalha calado e faz logo a porra desse desenho.
Ele obedeceu, mas quando terminou ainda teve a ousadia de me perguntar se eu queria tirar uma foto; porém bastou meu olhar de assassino para que o infame se calasse.
Eu então me vesti e ele disse:
- É trezentas pila a sessão, a técnica é japonesa... Já tá quase...
- Trezentas pilas uma porra. Eu pago trinta e dê-se por satisfeito.
Eu só tinha trinta reais no bolso.
- Mas eu tô muito mole mesmo, chega aqui um viado metido a machão e não quer pagar pelo meu trabalho. Eu sou um artista...
Eu então caprichei no olhar de assassino e disse:
- Você me chamou de que otário?
- De viado, seu fresco arrombado, eu vi o teu cu e vi também o pau da Lola que é o travesti mais escroto da cidade, tanto que mandou tatuar no pau...
Eu então dei um pinote, e tentei sair correndo, mas o Marcão me deu um ponta pé e foi me rebocando até a rua e gritando pra quem quisesse ouvir:
- Esse viadinho aqui tatuou um beija-flor no furico e não quis pagar.
O mundo então parou para rir de mim, até mesmo duas crentes, desta de saía, caíram na gargalhada.
Não preciso dizer que outra vez corri cem metros em menos de dez segundos.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Que fazer
Interpretar o Brasil não é fácil. Se o grande Karl Marx tivesse tentado interpretar o Brasil queria ver o que saía.
Tenho um palpite.
Merda.
Isso se o barbudo não resolvesse visitar a Terra de Santa Cruz e acabasse comendo farinha, bebendo cachaça e filiado a um partido de centro alguma coisa.
Contudo, como o Brasil permaneceu ignorado, dormindo em berço esplêndido por alguns séculos, poucos estrangeiros se deram ao trabalho de tratar da pátria do cruzeiro e assim os próprios brasileiros tiveram que assumir o trabalho sujo e não raro usaram como armas o humor.
Esse foi o caso de Chico Anysio e também o de Millôr Fernandes, que muito antes de encontrarem aquela que iguala todos os viventes, já haviam entrado para o panteão nacional.
Foram dois dos raros e eficientes explicadores do Brasil aos brasileiros e por isso ganharão um céu de mulatas e sorrisos, onde beberão vinho de jurema e conversarão safadeza, isso quando não estiverem fazendo safadeza, depois irão a missa.
Mas não sentirão culpa, pois no céu não existe culpa nem argentinos e muito menos políticos, hipócritas ou militares e quem sabe lá, podendo falar com “o homem” (talvez essa não seja a palavra apropriada), não possam fazer alguma coisa por nós.
Tudo bem, já fizeram muito por nós, nos tornando mais felizes e inteligentes, mas tenho certeza que não se importarão, caso puderem, sugerir ao todo poderoso que envie hemorroidas para todos os que se locupletarem com dinheiro público, ou que mesmo honestos, deixarem roubar, não precisa ser uma doença mais grave, uma hemorroida serve.
Pastores poderiam também perder a fala, olha que maravilha, e militares sentirem uma irresistível vontade de dar o, bem, vocês sabem.
Mas e nós, o que podemos fazer por eles?
Deixar viva a memória de ambos, não apenas dando o nome de ruas, praças e escolas a nossos grandes explicadores, mas tornando cada vez mais acessível a toda a gente, suas criações. Os personagens de Chico revividos por outros artistas, os livros do Millôr sendo adotados nas escolas ou encenados nos palcos.
Um deles sempre presente nas páginas do jornais, sejam elas de papel ou de luz e o outro sempre presente nas telas, pouco importa a qualidade da imagem ou o tamanho.
O que importa é que estejam sempre entre nós, como Cervantes para os espanhóis, como Fregoli para os italianos.
Tenho um palpite.
Merda.
Isso se o barbudo não resolvesse visitar a Terra de Santa Cruz e acabasse comendo farinha, bebendo cachaça e filiado a um partido de centro alguma coisa.
Contudo, como o Brasil permaneceu ignorado, dormindo em berço esplêndido por alguns séculos, poucos estrangeiros se deram ao trabalho de tratar da pátria do cruzeiro e assim os próprios brasileiros tiveram que assumir o trabalho sujo e não raro usaram como armas o humor.
Esse foi o caso de Chico Anysio e também o de Millôr Fernandes, que muito antes de encontrarem aquela que iguala todos os viventes, já haviam entrado para o panteão nacional.
Foram dois dos raros e eficientes explicadores do Brasil aos brasileiros e por isso ganharão um céu de mulatas e sorrisos, onde beberão vinho de jurema e conversarão safadeza, isso quando não estiverem fazendo safadeza, depois irão a missa.
Mas não sentirão culpa, pois no céu não existe culpa nem argentinos e muito menos políticos, hipócritas ou militares e quem sabe lá, podendo falar com “o homem” (talvez essa não seja a palavra apropriada), não possam fazer alguma coisa por nós.
Tudo bem, já fizeram muito por nós, nos tornando mais felizes e inteligentes, mas tenho certeza que não se importarão, caso puderem, sugerir ao todo poderoso que envie hemorroidas para todos os que se locupletarem com dinheiro público, ou que mesmo honestos, deixarem roubar, não precisa ser uma doença mais grave, uma hemorroida serve.
Pastores poderiam também perder a fala, olha que maravilha, e militares sentirem uma irresistível vontade de dar o, bem, vocês sabem.
Mas e nós, o que podemos fazer por eles?
Deixar viva a memória de ambos, não apenas dando o nome de ruas, praças e escolas a nossos grandes explicadores, mas tornando cada vez mais acessível a toda a gente, suas criações. Os personagens de Chico revividos por outros artistas, os livros do Millôr sendo adotados nas escolas ou encenados nos palcos.
Um deles sempre presente nas páginas do jornais, sejam elas de papel ou de luz e o outro sempre presente nas telas, pouco importa a qualidade da imagem ou o tamanho.
O que importa é que estejam sempre entre nós, como Cervantes para os espanhóis, como Fregoli para os italianos.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Marmelada
Demóstenes, o cínico.
Tudo bem, o correto seria Diógenes, mas vale o trocadilho.
Se gritar pega ladrão
Demóstenes envolvido com o Cachoeira, o dono de Goiás, enquanto a ministra Ideli Salvati tem que explicar aquela história das lanchas.
Puta que pariu
Depois do Chico Anísio foi a vez do Millôr Fernandes encontrar a grande assassina. É uma pena.
De novo não
Lá vem o Renan...
Óbvio
Fidel continua Fidel. O Papa que o diga.
É um “mano” mesmo
E o Mano continua fazendo vergonha ao país.
Conselho
Dona Dilma, legalize o jogo do bicho. É a melhor forma de diminuir o poder dos bicheiros.
Puta que pariu II
Estados Unidos, Noruega, Brasil, França. Os malucos não tem pátria, tem ódio.
Indy
Força Rubinho.
Barbárie
Em São Paulo os clássicos têm também um placar dos mortos.
O super-homem
E o Adriano conseguiu mais alguns otários para pagar suas férias remuneradas.
Tudo bem, o correto seria Diógenes, mas vale o trocadilho.
Se gritar pega ladrão
Demóstenes envolvido com o Cachoeira, o dono de Goiás, enquanto a ministra Ideli Salvati tem que explicar aquela história das lanchas.
Puta que pariu
Depois do Chico Anísio foi a vez do Millôr Fernandes encontrar a grande assassina. É uma pena.
De novo não
Lá vem o Renan...
Óbvio
Fidel continua Fidel. O Papa que o diga.
É um “mano” mesmo
E o Mano continua fazendo vergonha ao país.
Conselho
Dona Dilma, legalize o jogo do bicho. É a melhor forma de diminuir o poder dos bicheiros.
Puta que pariu II
Estados Unidos, Noruega, Brasil, França. Os malucos não tem pátria, tem ódio.
Indy
Força Rubinho.
Barbárie
Em São Paulo os clássicos têm também um placar dos mortos.
O super-homem
E o Adriano conseguiu mais alguns otários para pagar suas férias remuneradas.
Indignação automotiva
Se eu fosse presidente da República não duraria no cargo, por que uma das minhas primeiras medidas seria aumentar os impostos sobre cigarros, bebidas e sobre combustíveis para “carros de passeio”.
Dobraria, triplicaria os impostos sobre combustíveis e cortaria qualquer tipo de benefício fiscal de auxílio a indústria automobilística e, claro, iria logo arrumando as malas do palácio do planalto.
E por que eu agiria assim? Por que fui atropelado por um automóvel? Não e também não tenho nada contra carros e o automobilismo como esporte, tenho contra os engarrafamentos que tornam a vida cada dia mais insuportável, mesmo em uma cidade média, como a que eu vivo.
Além do mais não sou um descrente do aquecimento global e embora entenda perfeitamente os motivos pelo qual alguém que começou a ganhar dinheiro economize para comprar um carro, acredito que “o governo” e qualquer um que enxergue mais de um palmo adiante do nariz deve fazer alguma coisa pela melhoria dos transportes coletivos, que se fossem eficientes tornariam os deslocamentos mais fáceis e a vida menos aborrecida.
No entanto, o atual governo, como todos os anteriores, desde Juscelino Kubischek, tenta resolver o problema dos transportes coletivos auxiliando a indústria automobilística, o que me parece não ser o mais inteligente e assim a vida segue um inferno antes da morte, quando tudo podia ser diferente, se, por exemplo, cada cidade média tivesse planos de mobilidade urbana e gente que planejasse sua expansão e não vereadores e prefeitos que recebem suborno das empresas de ônibus que monopolizam a prestação de um péssimo serviço a consumidores que convivem diariamente com superlotação, atrasos e tarifas inexplicáveis e abusivas.
É por isso, pelo sagrado direito de ir e vir que sou favorável a instituição de um serviço de vãs e da implantação, apesar dos riscos de superfaturamento, dos “Veículos leves sobre trilhos”, que não devem ser uma panaceia, mas que poderiam interligar os bairros mais distantes ao centro da cidade e a lugares que concentrem grande fluxo de pessoas, como o aeroporto, a rodoviária, o campus da universidade pública, o centro de convenções, o parque público mais importante, o estádio de futebol, o ginásio e similares.
Mas, porém, contudo e entretanto na campanha para prefeito que se aproxima, duvido que alguns dos “canalhas” queiram tocar no assunto, por isso vamos insistir. Que tal convidar os candidatos a pegar um “circular” as seis da tarde?
Será uma experiência inesquecível.
Dobraria, triplicaria os impostos sobre combustíveis e cortaria qualquer tipo de benefício fiscal de auxílio a indústria automobilística e, claro, iria logo arrumando as malas do palácio do planalto.
E por que eu agiria assim? Por que fui atropelado por um automóvel? Não e também não tenho nada contra carros e o automobilismo como esporte, tenho contra os engarrafamentos que tornam a vida cada dia mais insuportável, mesmo em uma cidade média, como a que eu vivo.
Além do mais não sou um descrente do aquecimento global e embora entenda perfeitamente os motivos pelo qual alguém que começou a ganhar dinheiro economize para comprar um carro, acredito que “o governo” e qualquer um que enxergue mais de um palmo adiante do nariz deve fazer alguma coisa pela melhoria dos transportes coletivos, que se fossem eficientes tornariam os deslocamentos mais fáceis e a vida menos aborrecida.
No entanto, o atual governo, como todos os anteriores, desde Juscelino Kubischek, tenta resolver o problema dos transportes coletivos auxiliando a indústria automobilística, o que me parece não ser o mais inteligente e assim a vida segue um inferno antes da morte, quando tudo podia ser diferente, se, por exemplo, cada cidade média tivesse planos de mobilidade urbana e gente que planejasse sua expansão e não vereadores e prefeitos que recebem suborno das empresas de ônibus que monopolizam a prestação de um péssimo serviço a consumidores que convivem diariamente com superlotação, atrasos e tarifas inexplicáveis e abusivas.
É por isso, pelo sagrado direito de ir e vir que sou favorável a instituição de um serviço de vãs e da implantação, apesar dos riscos de superfaturamento, dos “Veículos leves sobre trilhos”, que não devem ser uma panaceia, mas que poderiam interligar os bairros mais distantes ao centro da cidade e a lugares que concentrem grande fluxo de pessoas, como o aeroporto, a rodoviária, o campus da universidade pública, o centro de convenções, o parque público mais importante, o estádio de futebol, o ginásio e similares.
Mas, porém, contudo e entretanto na campanha para prefeito que se aproxima, duvido que alguns dos “canalhas” queiram tocar no assunto, por isso vamos insistir. Que tal convidar os candidatos a pegar um “circular” as seis da tarde?
Será uma experiência inesquecível.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Anúncios/classificados/patrocínios/apoios
Associação dos amigos e defensores da bunda de Valesca Popozuda.
Dê sua contribuição para preservar esse patrimônio nacional.
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Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
II Trabalho
Caminhei a esmo, feliz pela minha desajeitada esperteza. Enchi o peito de ar, respirava melhor, a cabeça levantada. Devia estar andando em câmera lenta e na minha testa deveria está escrito:
- Eu sou foda.
Mas a alegria durou pouco.
Durou até um pastor de bíblia, palitó e pasta surgir do nada bem na minha frente, me segurar pelos ombros e olhando nos meus olhos dizer:
- Agora tu tem que rebolar, rebolar ouviu, rebolar. Ou meu fi vai cagar no pau?
Os olhos do pastor eram os olhos do negão.
Ele me soltou e seguiu adiante e eu parei desconsolado, pois certas forças no mundo estavam em ação tentando me destruir, quer dizer, me foder.
- Escrotos.
Continuei caminhando a esmo até que dei de cara com um casarão de onde saíram dois bombados cabisbaixos. Ao me verem ele zombaram:
- Mago desse jeito.
Um deles disse e outro gritou na minha cara.
- Desista.
E saíram rindo.
Achei que ali tinha alguma coisa e entrei. Era uma espécie de teatrinho, onde rapazes, em sua maioria fortes, mas vestindo roupas efeminadas faziam algum teste.
Assim que cheguei uma puta com um cigarro na boca me deu uma ficha, me olhou com descrédito e disse:
- Você é o último, se apresse.
Sentei perto de dois rapazes que esperavam sua vez e compreendi que era um teste para a escolha do novo dançarino da suingueira “Três no pau”. Mais uma vez eles me olharam com desconfiança.
Eu então ri de me acabar, pensando que estava em uma versão ainda mais brega de um desses programas como Ídolos ou Fama, até que chamaram o número 24.
Eu então levantei a cabeça sério e me dirigi até o palco resmungando, de fato alguém estava querendo me sacanear.
Os integrantes da banda que eu acredito que eram os jurados quase que não continham o riso e só então eu percebi que estava com uma calça vermelha e uma camisa regata brilhante.
A música então começou:
Tem gente que só anda de mansinho
Tem gente que só bebe um pouquinho
Mulheres que esquecem dos maridos
E acabam dormindo com o vizinho
Eu gosto de comer arrumadinho
Agachadinho
Agachadinho, agachadinho
Agachadinho, agachadinho
Tem homem que não agüenta ver mulher
Tem homem que nem sabe o que é
Tem gente que só faz com camisinha
Pessoas que só usam quando quer
Prefiro prevenir dar um jeitinho
Um sexo seguro com carinho
Você pode fazer agachadinho
Agachadinho, agachadinho.
Começou e terminou e eu só coçando a cabeça, até que um dos jurados berrou:
- Tá tirando uma com a cara da gente é brilhoso?
Eu ia mandar ele tomar no cu e sair correndo, mas vi o negão na platéia, nu e alisando a pica e então gaguejando falei:
- É que eu tava me concentrando, pode ir.
A música então tocou e eu mexi até as pregas do cu. Dancei como uma bicha louca, fui até o chão, rebolei. Até a Carla Perez perdia pra mim, quanto mais o Xande.
Quando a música terminou fui aplaudido de pé e me disseram que eu viesse na segunda para assinar o contrato de novo dançarino da “Três no pau”.
Só não me cumprimentou o negão que ria ainda mais e apontava para um certo lugar onde uma câmera filmava tudo.
Eu então tive uma crise de choro, que logo as mulheres da banda acalmaram com um copo de água com açúcar, mas eu só pensava:
- Se isso cai no You Tube, o que é que eu vou dizer lá em casa?
Caminhei a esmo, feliz pela minha desajeitada esperteza. Enchi o peito de ar, respirava melhor, a cabeça levantada. Devia estar andando em câmera lenta e na minha testa deveria está escrito:
- Eu sou foda.
Mas a alegria durou pouco.
Durou até um pastor de bíblia, palitó e pasta surgir do nada bem na minha frente, me segurar pelos ombros e olhando nos meus olhos dizer:
- Agora tu tem que rebolar, rebolar ouviu, rebolar. Ou meu fi vai cagar no pau?
Os olhos do pastor eram os olhos do negão.
Ele me soltou e seguiu adiante e eu parei desconsolado, pois certas forças no mundo estavam em ação tentando me destruir, quer dizer, me foder.
- Escrotos.
Continuei caminhando a esmo até que dei de cara com um casarão de onde saíram dois bombados cabisbaixos. Ao me verem ele zombaram:
- Mago desse jeito.
Um deles disse e outro gritou na minha cara.
- Desista.
E saíram rindo.
Achei que ali tinha alguma coisa e entrei. Era uma espécie de teatrinho, onde rapazes, em sua maioria fortes, mas vestindo roupas efeminadas faziam algum teste.
Assim que cheguei uma puta com um cigarro na boca me deu uma ficha, me olhou com descrédito e disse:
- Você é o último, se apresse.
Sentei perto de dois rapazes que esperavam sua vez e compreendi que era um teste para a escolha do novo dançarino da suingueira “Três no pau”. Mais uma vez eles me olharam com desconfiança.
Eu então ri de me acabar, pensando que estava em uma versão ainda mais brega de um desses programas como Ídolos ou Fama, até que chamaram o número 24.
Eu então levantei a cabeça sério e me dirigi até o palco resmungando, de fato alguém estava querendo me sacanear.
Os integrantes da banda que eu acredito que eram os jurados quase que não continham o riso e só então eu percebi que estava com uma calça vermelha e uma camisa regata brilhante.
A música então começou:
Tem gente que só anda de mansinho
Tem gente que só bebe um pouquinho
Mulheres que esquecem dos maridos
E acabam dormindo com o vizinho
Eu gosto de comer arrumadinho
Agachadinho
Agachadinho, agachadinho
Agachadinho, agachadinho
Tem homem que não agüenta ver mulher
Tem homem que nem sabe o que é
Tem gente que só faz com camisinha
Pessoas que só usam quando quer
Prefiro prevenir dar um jeitinho
Um sexo seguro com carinho
Você pode fazer agachadinho
Agachadinho, agachadinho.
Começou e terminou e eu só coçando a cabeça, até que um dos jurados berrou:
- Tá tirando uma com a cara da gente é brilhoso?
Eu ia mandar ele tomar no cu e sair correndo, mas vi o negão na platéia, nu e alisando a pica e então gaguejando falei:
- É que eu tava me concentrando, pode ir.
A música então tocou e eu mexi até as pregas do cu. Dancei como uma bicha louca, fui até o chão, rebolei. Até a Carla Perez perdia pra mim, quanto mais o Xande.
Quando a música terminou fui aplaudido de pé e me disseram que eu viesse na segunda para assinar o contrato de novo dançarino da “Três no pau”.
Só não me cumprimentou o negão que ria ainda mais e apontava para um certo lugar onde uma câmera filmava tudo.
Eu então tive uma crise de choro, que logo as mulheres da banda acalmaram com um copo de água com açúcar, mas eu só pensava:
- Se isso cai no You Tube, o que é que eu vou dizer lá em casa?
Os livros mais estranhos que eu li
Vez ou outra arrisco a sorte e compro um livro no escuro, é assim como assistir um filme que passa na tevê seduzido apenas por uma cena e nada mais.
Às vezes dá certo, às vezes não.
Porém, um filme tem em média duas horas, já um livro de duzentas páginas eu leio em seis, oito horas, sei lá, de modo que um livro ruim é tempo jogado fora, mas, de qualquer modo, não deixo de arriscar, pois foi assim que li “As minas de prata”, calhamaço de um autor que eu até então abominava, José de Alencar.
Contudo, para ser sincero, neste caso não foi bem assim, pois depois de me aborrecer com Iracema e Senhora ouvi um crítico falar bem desse livro, que ao entrar em um sebo imundo encontrei em uma edição de capa dura. Eram quinhentas ou seiscentas páginas com letras miúdas e lombada comida por um rato morto de fome e ainda custou dez reais.
Levei pra casa me sentindo um otário e um ano depois li. É uma mistura de romance histórico com novela mexicana, mesmo assim, é muito bom, valeu a pena e me fez respeitar mais o patrono das nossas letras.
No escuro mesmo li “A deliciosa aventura latina de Jane Spitfire espiã e mulher sensual”. O autor era um tal de Augusto Boal que eu não tinha idéia de quem fosse na época.
Li e não me arrependi.
Valeu a pena e eu recomendo a todos a curiosa novela policial e política do grande dramaturgo do teatro do oprimido.
A ignorância tem dessas coisas.
No entanto, creio que escrevo esse texto por que comprei e pretendo ler em breve “Os morcegos estão comendo os mamãos maduros” de Gramiro de Matos Ramirão Ão.
Espero que valha a pena.
Às vezes dá certo, às vezes não.
Porém, um filme tem em média duas horas, já um livro de duzentas páginas eu leio em seis, oito horas, sei lá, de modo que um livro ruim é tempo jogado fora, mas, de qualquer modo, não deixo de arriscar, pois foi assim que li “As minas de prata”, calhamaço de um autor que eu até então abominava, José de Alencar.
Contudo, para ser sincero, neste caso não foi bem assim, pois depois de me aborrecer com Iracema e Senhora ouvi um crítico falar bem desse livro, que ao entrar em um sebo imundo encontrei em uma edição de capa dura. Eram quinhentas ou seiscentas páginas com letras miúdas e lombada comida por um rato morto de fome e ainda custou dez reais.
Levei pra casa me sentindo um otário e um ano depois li. É uma mistura de romance histórico com novela mexicana, mesmo assim, é muito bom, valeu a pena e me fez respeitar mais o patrono das nossas letras.
No escuro mesmo li “A deliciosa aventura latina de Jane Spitfire espiã e mulher sensual”. O autor era um tal de Augusto Boal que eu não tinha idéia de quem fosse na época.
Li e não me arrependi.
Valeu a pena e eu recomendo a todos a curiosa novela policial e política do grande dramaturgo do teatro do oprimido.
A ignorância tem dessas coisas.
No entanto, creio que escrevo esse texto por que comprei e pretendo ler em breve “Os morcegos estão comendo os mamãos maduros” de Gramiro de Matos Ramirão Ão.
Espero que valha a pena.
terça-feira, 20 de março de 2012
Pitomba
Coro
Eu, eu, eu
Teixeira se fudeu.
Grato
Valeu Dona Dilma, por pra correr o Ricardo Teixeira e o Romero Jucá no mesmo dia é ato digno de canonização.
Calamidade
O carniceiro da Síria é como aquele moleque que só é atrevido por que tem dois irmãos do tamanho de uma jamanta.
Mais do mesmo
E segue o genocídio palestino.
Clube do câncer
Dilma, Hugo Chaves, o tarado do Paraguai, Lula. É, governar um país da América latina pode fazer mal a saúde.
Cuidado
Quem não acredita em zumbis devia ver a peregrinação dos craqueiros de São Paulo depois que a polícia desocupou aquele ensaio do inferno.
Futuro
E o cabo Daciolo Benevenuto, ou o contrário, vai acabar como o João Cândido.
O povo quer saber
Que porra o príncipe da Inglaterra veio fazer aqui?
Piadinha infame
No churrasco oferecido ao presidente da FIFA o povo ficou com a picanha e ele com a maminha.
Isso pode
O governador de Pernambuco desapropriou um terreno na Paraíba.
Constatação
Brasília pode perder o título de “Patrimônio cultural da humanidade”, mas de cidade mais corrupta do universo, esse ela não perde. Alô Joaquim Roriz, Arruda, Agnelo Queiróz, aquele abraço.
Eu, eu, eu
Teixeira se fudeu.
Grato
Valeu Dona Dilma, por pra correr o Ricardo Teixeira e o Romero Jucá no mesmo dia é ato digno de canonização.
Calamidade
O carniceiro da Síria é como aquele moleque que só é atrevido por que tem dois irmãos do tamanho de uma jamanta.
Mais do mesmo
E segue o genocídio palestino.
Clube do câncer
Dilma, Hugo Chaves, o tarado do Paraguai, Lula. É, governar um país da América latina pode fazer mal a saúde.
Cuidado
Quem não acredita em zumbis devia ver a peregrinação dos craqueiros de São Paulo depois que a polícia desocupou aquele ensaio do inferno.
Futuro
E o cabo Daciolo Benevenuto, ou o contrário, vai acabar como o João Cândido.
O povo quer saber
Que porra o príncipe da Inglaterra veio fazer aqui?
Piadinha infame
No churrasco oferecido ao presidente da FIFA o povo ficou com a picanha e ele com a maminha.
Isso pode
O governador de Pernambuco desapropriou um terreno na Paraíba.
Constatação
Brasília pode perder o título de “Patrimônio cultural da humanidade”, mas de cidade mais corrupta do universo, esse ela não perde. Alô Joaquim Roriz, Arruda, Agnelo Queiróz, aquele abraço.
Brasil: um desafio para os patafísicos
Um país em que o Romário é tido como um bom parlamentar é, no mínimo, um país surreal, de qualquer modo ele quase acertou quando disse que com a demissão do Ricardo Teixeira o futebol se livrou de um câncer.
Não é verdade.
Não é verdade por que há muito tempo que a metástase já se instalou e não apenas na CBF, mas nas federações estaduais, nas comissões de arbitragem, nos clubes de futebol, na imprensa esportiva e até mesmo entre os jogadores.
A incompetência é quase generalizada. O que, senão a incompetência justifica que o clube mais popular do Brasil, e olha que eu não sou Flamengo, tenha como técnico aquela égua batizada de Joel Santana ou ainda que o Tite seja apontado como um grande treinador.
Tudo bem que o Corinthians tem sede na mesma cidade que elegeu uma nulidade que atende pelo nome de Gilberto Kassab para prefeito, o que me leva a concluir que os paulistanos são burros mesmo, pois, poucos anos antes haviam eleito outra nulidade, que hoje nulifica em outro mundo. Essa chamava Celso Pita. Sem falar no Maluf, no Maluf, no Quércia, no pessoal do Mensalão.
Alô João Paulo Cunha, Genoíno, Dirceu, aquele abraço.
Mas digo isso, ou melhor, escrevo, por que paulistano, paulista, é pra sofrer mesmo, mas a incompetência é galopante e avassaladora em todo o Brasil, do norte, com o eterno prefeito de Manaus Amazonino Mendes, ao sul, da saudosa Yeda Crucius, passando pelo Requião et caterva.
A incompetência, a irresponsabilidade, a corrupção é o que corrói o Brasil, mais até que as saúvas, as enchentes e o sol e está presente em qualquer instituição, na presidência da República e nas escolas de ensino fundamental; em todos os tribunais.
Alguém pode me dizer por que de cem concursos para juízes, noventa e cinco já tem o resultado definido antes que os candidatos se inscrevam? Alguém pode me dizer por que os professores universitários só dão aula quando querem e os reitores em dois anos constroem um prédio e nos outros dois mandam derrubar para construir outro maior? Alguém pode me dizer por que existem duas polícias rivais e não apenas uma?
Alguém pode me dizer por que o grande Graciliano Ramos, grande comunista e escritor era também racista e homofóbico? E por falar nisso se somos o povo mais gentil e simpático do mundo, ao ponto de levarmos as autoridades estrangeiras para ver o rabo das nossas mulheres balançando ao som de uma bateria de escola de samba, por que tanto gays são assassinados e tantas mulheres apanham mais que Judas em sábado de aleluia? Afinal se somos mesmos uns devassos, por que não relevamos um chifrezinho por menos que seja?
Sei não, mas como diria um amigo meu: “quanto mais principalmente”.
Não é verdade.
Não é verdade por que há muito tempo que a metástase já se instalou e não apenas na CBF, mas nas federações estaduais, nas comissões de arbitragem, nos clubes de futebol, na imprensa esportiva e até mesmo entre os jogadores.
A incompetência é quase generalizada. O que, senão a incompetência justifica que o clube mais popular do Brasil, e olha que eu não sou Flamengo, tenha como técnico aquela égua batizada de Joel Santana ou ainda que o Tite seja apontado como um grande treinador.
Tudo bem que o Corinthians tem sede na mesma cidade que elegeu uma nulidade que atende pelo nome de Gilberto Kassab para prefeito, o que me leva a concluir que os paulistanos são burros mesmo, pois, poucos anos antes haviam eleito outra nulidade, que hoje nulifica em outro mundo. Essa chamava Celso Pita. Sem falar no Maluf, no Maluf, no Quércia, no pessoal do Mensalão.
Alô João Paulo Cunha, Genoíno, Dirceu, aquele abraço.
Mas digo isso, ou melhor, escrevo, por que paulistano, paulista, é pra sofrer mesmo, mas a incompetência é galopante e avassaladora em todo o Brasil, do norte, com o eterno prefeito de Manaus Amazonino Mendes, ao sul, da saudosa Yeda Crucius, passando pelo Requião et caterva.
A incompetência, a irresponsabilidade, a corrupção é o que corrói o Brasil, mais até que as saúvas, as enchentes e o sol e está presente em qualquer instituição, na presidência da República e nas escolas de ensino fundamental; em todos os tribunais.
Alguém pode me dizer por que de cem concursos para juízes, noventa e cinco já tem o resultado definido antes que os candidatos se inscrevam? Alguém pode me dizer por que os professores universitários só dão aula quando querem e os reitores em dois anos constroem um prédio e nos outros dois mandam derrubar para construir outro maior? Alguém pode me dizer por que existem duas polícias rivais e não apenas uma?
Alguém pode me dizer por que o grande Graciliano Ramos, grande comunista e escritor era também racista e homofóbico? E por falar nisso se somos o povo mais gentil e simpático do mundo, ao ponto de levarmos as autoridades estrangeiras para ver o rabo das nossas mulheres balançando ao som de uma bateria de escola de samba, por que tanto gays são assassinados e tantas mulheres apanham mais que Judas em sábado de aleluia? Afinal se somos mesmos uns devassos, por que não relevamos um chifrezinho por menos que seja?
Sei não, mas como diria um amigo meu: “quanto mais principalmente”.
domingo, 4 de março de 2012
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
II – O 1 Trabalho
Zanzei a esmo pelo centro da cidade velha, mas não demorei a entrar em um bar, na realidade tentei evitar alguns, mas não havia como fugir, pois era torcer pro Flamengo ou encarar aquela que iguala todos os viventes e quem sabe aquele negão de rola enorme, de modo que eu enchi os pulmões e gritei “mengo” e fui brindado com muitos sorrisos banguelas e as gentilezas de uma mulher já velhusca, com o cabelo louro-puta que me disse:
- Procurando um bar pra ver o jogo, tem um bem ali na esquina.
E foi gingando na minha frente e eu acompanhando o rebolado, afinal de contas, se você está em Roma faça como os romanos.
Em uns cinco minutos chegamos ao bar da Zeza, uma orca falante sem nenhum dos caninos, molares e pré-molares que foi logo saudando com a rafaméia presente a minha Lolita, que chamava Têca Baladeira. Ela então (a minha acompanhante) utilizando seu melhor sorriso me levou até uma mesa, nós sentamos e ela perguntou:
- Me paga uma cerveja?
- Claro.
E como por um passe de mágica um quase anão com um palito de dentes apareceu com os copos e logo em seguida com a cerveja.
A loura então não perdeu tempo e disse:
- E o tira-gosto? Posso pedir queijo de coalho.
Eu tive vontade de dizer: e agora é cana pra ter tira-gosto, puta safada, mas refreei a língua e como um punheteiro apaixonado falei:
- Pode.
Só faltou completar com um “meu benzinho, meu dozinho de coco, meu cuzinho doce”.
E quando dei por mim o jogo já tinha começado e aquela mundiça podre, desdentada e fendida só fazia gritar:
- Mengo, mengo.
Retardados, mas não tardou o primeiro gol.
Eu fui o único que não levantei, mas Têca Badaleira me abraçou e deu um jeito de encostar a mão no meu pau e dizer:
- Você não grita?
- É que quando eu fico nervoso eu fico assim.
No intervalo um vagabundo ainda teve o desplante de dizer:
- Tá preocupado, se preocupe não, o Vasco é freguês.
Aos dez minutos do segundo tempo, no entanto, o Vasco empatou e só eu gritei:
- Pega agora, filho da puta.
E diante de olhos surpresos eu fui logo dizendo.
- É que eu não gosto desse goleiro, se fosse o Júlio César.
E pensei, “falhava como fez na copa contra a Holanda”.
Mas aí me dei conta que se eu não torcesse pelo Flamengo, se aquela quizila de time não ganhasse eu ia ganhar o que Maria ganhou na feira e então bateu o desespero e eu passei a suar frio, gritar, chutar quando um daqueles filhos da puta chutavam e nada do gol sair, até que em um escanteio um zagueiro do Vasco fez contra e eu pulei, abracei a rafaméia toda, beijei na boca Têca Baladeira e lhe dei um beliscão na bunda flácida de tanto levar arrocho e gritei:
- Cerveja pra todo mundo que eu pago.
E apalpando o bolso e lembrando que não tinha dinheiro pra mais de duas cervejas, aproveitei a presepada e disse:
- Ai ai mamãe, eu vou ficar nu. Vou ficar nu no mei da rua.
Ameacei ir e não fui, mas já sem agüentar a catinga da axilose dos meus irmãos de camisa, corri para a praça em frente e de lá sem olhar pra trás me mandei como se fosse até a rodoviária, enquanto o juiz apitava o final do jogo.
Aposto que corri mais que o vencedor dos cem metros e salvei meu cu, pelo menos daquela vez.
Zanzei a esmo pelo centro da cidade velha, mas não demorei a entrar em um bar, na realidade tentei evitar alguns, mas não havia como fugir, pois era torcer pro Flamengo ou encarar aquela que iguala todos os viventes e quem sabe aquele negão de rola enorme, de modo que eu enchi os pulmões e gritei “mengo” e fui brindado com muitos sorrisos banguelas e as gentilezas de uma mulher já velhusca, com o cabelo louro-puta que me disse:
- Procurando um bar pra ver o jogo, tem um bem ali na esquina.
E foi gingando na minha frente e eu acompanhando o rebolado, afinal de contas, se você está em Roma faça como os romanos.
Em uns cinco minutos chegamos ao bar da Zeza, uma orca falante sem nenhum dos caninos, molares e pré-molares que foi logo saudando com a rafaméia presente a minha Lolita, que chamava Têca Baladeira. Ela então (a minha acompanhante) utilizando seu melhor sorriso me levou até uma mesa, nós sentamos e ela perguntou:
- Me paga uma cerveja?
- Claro.
E como por um passe de mágica um quase anão com um palito de dentes apareceu com os copos e logo em seguida com a cerveja.
A loura então não perdeu tempo e disse:
- E o tira-gosto? Posso pedir queijo de coalho.
Eu tive vontade de dizer: e agora é cana pra ter tira-gosto, puta safada, mas refreei a língua e como um punheteiro apaixonado falei:
- Pode.
Só faltou completar com um “meu benzinho, meu dozinho de coco, meu cuzinho doce”.
E quando dei por mim o jogo já tinha começado e aquela mundiça podre, desdentada e fendida só fazia gritar:
- Mengo, mengo.
Retardados, mas não tardou o primeiro gol.
Eu fui o único que não levantei, mas Têca Badaleira me abraçou e deu um jeito de encostar a mão no meu pau e dizer:
- Você não grita?
- É que quando eu fico nervoso eu fico assim.
No intervalo um vagabundo ainda teve o desplante de dizer:
- Tá preocupado, se preocupe não, o Vasco é freguês.
Aos dez minutos do segundo tempo, no entanto, o Vasco empatou e só eu gritei:
- Pega agora, filho da puta.
E diante de olhos surpresos eu fui logo dizendo.
- É que eu não gosto desse goleiro, se fosse o Júlio César.
E pensei, “falhava como fez na copa contra a Holanda”.
Mas aí me dei conta que se eu não torcesse pelo Flamengo, se aquela quizila de time não ganhasse eu ia ganhar o que Maria ganhou na feira e então bateu o desespero e eu passei a suar frio, gritar, chutar quando um daqueles filhos da puta chutavam e nada do gol sair, até que em um escanteio um zagueiro do Vasco fez contra e eu pulei, abracei a rafaméia toda, beijei na boca Têca Baladeira e lhe dei um beliscão na bunda flácida de tanto levar arrocho e gritei:
- Cerveja pra todo mundo que eu pago.
E apalpando o bolso e lembrando que não tinha dinheiro pra mais de duas cervejas, aproveitei a presepada e disse:
- Ai ai mamãe, eu vou ficar nu. Vou ficar nu no mei da rua.
Ameacei ir e não fui, mas já sem agüentar a catinga da axilose dos meus irmãos de camisa, corri para a praça em frente e de lá sem olhar pra trás me mandei como se fosse até a rodoviária, enquanto o juiz apitava o final do jogo.
Aposto que corri mais que o vencedor dos cem metros e salvei meu cu, pelo menos daquela vez.
O Brasil, é, o Brasil
Uma das grandes características do povo brasileiro é a irresponsabilidade.
No Brasil é comum beber e dirigir;
No Brasil é comum emprestar veículos automotores a adolescentes e, mesmo, a crianças;
No Brasil são os pais que dão o primeiro copo de cerveja para o filho;
No Brasil há prêmio ou desconto para quem paga imposto em dia;
No Brasil sempre há Caixa 2;
No Brasil sempre há anistia;
No Brasil existe ponto-facultativo;
No Brasil a polícia atira primeiro e pergunta depois;
No Brasil juiz tem como punição aposentadoria compulsória;
No Brasil analfabeto pode se tornar deputado;
No Brasil existe o jogo do bicho, a contravenção mais praticada da história;
No Brasil redes de comunicação e latifúndios são a mesma coisa;
No Brasil muita gente diz que é moreno;
E, como diria o Tim Maia, que entendeu esse país como poucos:
No Brasil prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, pobre é de direita e traficante se vicia.
No Brasil é comum beber e dirigir;
No Brasil é comum emprestar veículos automotores a adolescentes e, mesmo, a crianças;
No Brasil são os pais que dão o primeiro copo de cerveja para o filho;
No Brasil há prêmio ou desconto para quem paga imposto em dia;
No Brasil sempre há Caixa 2;
No Brasil sempre há anistia;
No Brasil existe ponto-facultativo;
No Brasil a polícia atira primeiro e pergunta depois;
No Brasil juiz tem como punição aposentadoria compulsória;
No Brasil analfabeto pode se tornar deputado;
No Brasil existe o jogo do bicho, a contravenção mais praticada da história;
No Brasil redes de comunicação e latifúndios são a mesma coisa;
No Brasil muita gente diz que é moreno;
E, como diria o Tim Maia, que entendeu esse país como poucos:
No Brasil prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, pobre é de direita e traficante se vicia.
Cada coisa em seu lugar
Constatação
A Grécia inaugurou o posto de sub-país.
O povo quer saber
Por que ninguém fala do Ricardo Teixeira na Globo.
O povo quer saber II
Por onde andam os líderes da greve de policiais da Bahia e do Rio de janeiro?
O povo quer saber III
É verdade que o ministro Fux do STF foi indicado pela Globo?
Injustificável
A convocação de Ronaldinho Gaúcho.
Não esqueçam
Deivid perdeu um gol e o Vasco marcou dois.
Com respeito ás vítimas da incompetência, mas...
A Argentina é um país fora dos trilhos.
Quem avisa amigo é
O Irã que se cuide, pois é ano de eleição nos EUA.
Negligência criminosa
Vão esperar o carniceiro da Síria matar quantos?
Que pena
A Bahia é uma piada de mau gosto.
Sei
Inocentes de Belford Roxo, sei?
Aviso a Serra
Tu se fode rapaz.
A Grécia inaugurou o posto de sub-país.
O povo quer saber
Por que ninguém fala do Ricardo Teixeira na Globo.
O povo quer saber II
Por onde andam os líderes da greve de policiais da Bahia e do Rio de janeiro?
O povo quer saber III
É verdade que o ministro Fux do STF foi indicado pela Globo?
Injustificável
A convocação de Ronaldinho Gaúcho.
Não esqueçam
Deivid perdeu um gol e o Vasco marcou dois.
Com respeito ás vítimas da incompetência, mas...
A Argentina é um país fora dos trilhos.
Quem avisa amigo é
O Irã que se cuide, pois é ano de eleição nos EUA.
Negligência criminosa
Vão esperar o carniceiro da Síria matar quantos?
Que pena
A Bahia é uma piada de mau gosto.
Sei
Inocentes de Belford Roxo, sei?
Aviso a Serra
Tu se fode rapaz.
Coisa séria
O Brasil vive uma epidemia de crack. Talvez epidemia não seja o termo apropriado, mas em cada município de todos os estados da federação, acredito que se possa encontrar a “rapadura do cão”, talvez não se encontre um livro, mas a droga sim e enquanto isso o governo patina como sempre, sem saber o que fazer com o exército de zumbis que cresce a cada dia.
É certo que a sociedade civil, sempre mais célere, se organizou. Algumas igrejas mantêm centros de recuperação, mas mesmo esses não costumam ser gratuitos, de modo que é urgente pressionar os gestores públicos a que iniciem a construção de uma rede pública de recuperação de dependentes químicos.
Porém, construir tal rede é atestar o óbvio ululante, que por ser óbvio, não deixa de ser vergonhoso, a incompetência fragorosa da nossa polícia e das nossas políticas públicas de combate aos entorpecentes.
Contudo, ninguém discute que a proliferação do uso das drogas será o mal do século XXI. Melhor, esse é o mal maior do século XXI.
Talvez a solução seja tornar o tráfico, comércio, e cobrar impostos para financiar o tratamento dos viciados e perder muitas cabeças de muitas gerações, até que o senso comum assimile que um veneno, mesmo delicioso, faz mal.
Será que com a legalização o número de viciados aumentará?
Se sim, talvez não valha a pena legalizar, mas se não, legalizar seria o mais acertado.
Mas como saber?
De qualquer modo, prender policiais grevistas e aplaudir arbitrariedades cometidas por gente fardada ou não contra viciados, não adianta nada, entretanto a inação de hoje é criminosa e não pode continuar.
É melhor uma ação que dá errado, pois ensina que esse não é o caminho a seguir, que não fazer nada e chorar.
É certo que a sociedade civil, sempre mais célere, se organizou. Algumas igrejas mantêm centros de recuperação, mas mesmo esses não costumam ser gratuitos, de modo que é urgente pressionar os gestores públicos a que iniciem a construção de uma rede pública de recuperação de dependentes químicos.
Porém, construir tal rede é atestar o óbvio ululante, que por ser óbvio, não deixa de ser vergonhoso, a incompetência fragorosa da nossa polícia e das nossas políticas públicas de combate aos entorpecentes.
Contudo, ninguém discute que a proliferação do uso das drogas será o mal do século XXI. Melhor, esse é o mal maior do século XXI.
Talvez a solução seja tornar o tráfico, comércio, e cobrar impostos para financiar o tratamento dos viciados e perder muitas cabeças de muitas gerações, até que o senso comum assimile que um veneno, mesmo delicioso, faz mal.
Será que com a legalização o número de viciados aumentará?
Se sim, talvez não valha a pena legalizar, mas se não, legalizar seria o mais acertado.
Mas como saber?
De qualquer modo, prender policiais grevistas e aplaudir arbitrariedades cometidas por gente fardada ou não contra viciados, não adianta nada, entretanto a inação de hoje é criminosa e não pode continuar.
É melhor uma ação que dá errado, pois ensina que esse não é o caminho a seguir, que não fazer nada e chorar.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Anúncios/classificados/patrocínios/apoios
Segundo o grande filósofo, prestidigitador e charadista Biu Puta Preta:
- Político só pega no que é dele quando urina.
- Político só pega no que é dele quando urina.
Os 12 trabalhos de Wesley Djalma
I – Em que se tenta explicar o que se passou com o nosso herói
Eu morri, sim, eu morri, mas como eu não sou Moisés, ninguém brigou por minha alma, e quando eu cheguei ao céu ou ao inferno, no limbo, no purgatório, eu sei lá o que caralho era aquilo, fui recebido não por um anjo safado como no poema do Carlos Drummond de Andrade ou na música do Chico Buarque, não senhor, fui recebido por um negão com uma pica enorme que só fazia me olhar e ri com a mão no queixo, mais nada, aparecia e desaparecia e quando eu reparava na rola dele eu tinha tanto medo que pelo meu cu não passava nem pensamento, mas parece que ele era só um sadicozinho, um piadista, um cabra safado do além, de modo que da última vez que ele me apareceu, fez um sinal como se fosse chamar alguém e se foi.
Eu tive medo.
Mas, graças a Deus, veio falar comigo um chinês que se vestia como chinês de filme de Kung Fu e que falava com aquela voz de peido de tabaco de filme de Kung Fu.
Ele me disse:
- Você morreu, né. Você tá fudido, se fudeu né, mas tem jeito, tudo tem jeito, só não tem jeito pra morte, né.
- Acuma?
Eu disse.
- Que dizer, se você realizá doze trabaio vai ter sua vida de vorta, mas pra cada um deles tem um nigma, um segredo que tu vai ter que desvendar.
E de repente o chinês era uma velha do sertão, um maconheiro baiano, um anão de jardim e sumiu e eu então me vi de volta a terra, tava numa praça, a praça da gala, mais chapado que personagem de filme adolescente e então veio falar comigo uma dessas putas de um real.
Tive a impressão que ela não tinha um dente na boca, mas quando abriu a tromba saiu uma voz de Dart Veid que quase me deixa todo obrado.
Ela me disse:
O que fede mais que carniça? O que vale menos que puta? O que não tem dente e nunca terá? Esses serão teus irmãos, a vitória deles será a tua vitória.
Disse isso e foi embora.
Era sem dúvida nenhuma a chave para o primeiro trabalho. E eu que nunca fui bom nem em adivinhação tive vontade de coçar a barba que eu não tinha e arrancá-la de tanta raiva. Mais eis que passa pela praça um irmão de camisa, trajando a bela camisa do Clube de Regatas Vasco da Gama e me diz:
O que tem todos os atributos da estupidez?
E aí, ele não precisava nem falar, pois eu já havia matado a charada.
Ora, o que fede mais que carniça? O que vale menos que puta? O que não tem dente e nunca terá? O que tem todos os atributos da estupidez?
Um flamenguista ora essa.
Mas, contudo, e entretanto, pensei assustado, se eles serão meus irmãos terei que torcer pro Flamengo e mais, entre eles. É essa a chave do enigma. E ao descobrir o óbvio não pude refrear um palavrão:
- Chinês filho da puta.
Vaguei então como um ébrio pelas ruas da velha cidade e por onde eu andava lá estava um desdentado, cheirando a carniça e vestido de preto e vermelho, mas como eu não queria morrer resolvi aceitar a pena que os deuses me infligiam e só então pude me fitar na porta de vidro de uma loja, eu também vestido com a horrenda camisa rubro negra, e mais, “eu fedia”.
Continua...
Eu morri, sim, eu morri, mas como eu não sou Moisés, ninguém brigou por minha alma, e quando eu cheguei ao céu ou ao inferno, no limbo, no purgatório, eu sei lá o que caralho era aquilo, fui recebido não por um anjo safado como no poema do Carlos Drummond de Andrade ou na música do Chico Buarque, não senhor, fui recebido por um negão com uma pica enorme que só fazia me olhar e ri com a mão no queixo, mais nada, aparecia e desaparecia e quando eu reparava na rola dele eu tinha tanto medo que pelo meu cu não passava nem pensamento, mas parece que ele era só um sadicozinho, um piadista, um cabra safado do além, de modo que da última vez que ele me apareceu, fez um sinal como se fosse chamar alguém e se foi.
Eu tive medo.
Mas, graças a Deus, veio falar comigo um chinês que se vestia como chinês de filme de Kung Fu e que falava com aquela voz de peido de tabaco de filme de Kung Fu.
Ele me disse:
- Você morreu, né. Você tá fudido, se fudeu né, mas tem jeito, tudo tem jeito, só não tem jeito pra morte, né.
- Acuma?
Eu disse.
- Que dizer, se você realizá doze trabaio vai ter sua vida de vorta, mas pra cada um deles tem um nigma, um segredo que tu vai ter que desvendar.
E de repente o chinês era uma velha do sertão, um maconheiro baiano, um anão de jardim e sumiu e eu então me vi de volta a terra, tava numa praça, a praça da gala, mais chapado que personagem de filme adolescente e então veio falar comigo uma dessas putas de um real.
Tive a impressão que ela não tinha um dente na boca, mas quando abriu a tromba saiu uma voz de Dart Veid que quase me deixa todo obrado.
Ela me disse:
O que fede mais que carniça? O que vale menos que puta? O que não tem dente e nunca terá? Esses serão teus irmãos, a vitória deles será a tua vitória.
Disse isso e foi embora.
Era sem dúvida nenhuma a chave para o primeiro trabalho. E eu que nunca fui bom nem em adivinhação tive vontade de coçar a barba que eu não tinha e arrancá-la de tanta raiva. Mais eis que passa pela praça um irmão de camisa, trajando a bela camisa do Clube de Regatas Vasco da Gama e me diz:
O que tem todos os atributos da estupidez?
E aí, ele não precisava nem falar, pois eu já havia matado a charada.
Ora, o que fede mais que carniça? O que vale menos que puta? O que não tem dente e nunca terá? O que tem todos os atributos da estupidez?
Um flamenguista ora essa.
Mas, contudo, e entretanto, pensei assustado, se eles serão meus irmãos terei que torcer pro Flamengo e mais, entre eles. É essa a chave do enigma. E ao descobrir o óbvio não pude refrear um palavrão:
- Chinês filho da puta.
Vaguei então como um ébrio pelas ruas da velha cidade e por onde eu andava lá estava um desdentado, cheirando a carniça e vestido de preto e vermelho, mas como eu não queria morrer resolvi aceitar a pena que os deuses me infligiam e só então pude me fitar na porta de vidro de uma loja, eu também vestido com a horrenda camisa rubro negra, e mais, “eu fedia”.
Continua...
Grande Rubinho
Rubinho Barrichello disse que não vai encerrar a carreira, embora a fórmula 1 tenha desistido dele.
Uma coisa, duas, no entanto, não se pode dizer do velho/novo Rubens, que não gosta de correr e que desiste fácil, embora tenha deixado passar algumas vezes a chance de ser campeão, tanto nos primeiros anos da Ferrari, quando o Schumacher o destruiu, quanto na temporada de 2009, se eu não me engano, temporada em que o Jason Button foi campeão. Esta sem dúvida foi a grande chance dele e digam os entendidos o que disserem, para mim ele é melhor piloto que o Button, mas não acreditou que o carro da equipe da qual não lembro o nome fosse competitivo até o fim do ano.
Não foi pra cima com tudo e quando entrou pra valer na briga, já tinha perdido, se tivesse acordado antes, tenho certeza que seria campeão.
Não aproveitou a sorte que teve no fim da carreira, pois no início seu azar tornou-se proverbial, mas a verdade é que o Brasil não o perdoou por não ser um novo Ayrton Senna.
Poucos esportistas foram tão cobrados.
Lembro que um desses palhaços de plantão perguntou ao Schumacher o que ele faria se acordasse e fosse o Rubinho Barrichello. O alemão respondeu:
- Eu me matava.
E a chacota do queixudo foi piada em todo esse não tão vasto mundo sub-lunar, mesmo assim o Rubinho não deixou de treinar e entrar no carro e correr outra vez. Não foi fácil. Nunca é fácil e ainda mais sendo motivo de piada de um país inteiro, seu próprio país e não desistir.
Bravo Rubinho. Ganhar não é fácil, talvez por isso todos amem o vencedor, mas perder, quase sempre perder e não desistir, seguramente é mais difícil. Perder e mesmo assim sorrir é para poucos.
Não costumo mais assistir as corridas de fórmula 1, mas lembro do Michelle Alboreto, que já de cabelos brancos ainda corria e certa vez foi preso em Interlagos, pois um segurança não acreditou que ele fosse piloto, talvez a história não tenha sido bem essa, talvez não tenha ocorrido em Interlagos, mas é assim que eu me lembro e me parece que ele, da mesma forma que o Rubinho, foi uma promessa que não se realizou.
Mas não desistiu de fazer o que gostava por isso, apesar de tantos que certamente o cobraram.
É assim ou foi assim com o Rubinho, que pode por no seu epitáfio aquela frase de um daqueles sábios gregos que diz:
- Eu e o tempo contra todos.
Por fim e sem nenhuma maldade, o alemão foi um grande vencedor, o maior vencedor, mas foi um vencedor sem grandeza, porém o Rubinho não, Rubinho foi grande mesmo na derrota, talvez por isso seja querido pelos seus companheiros/concorrentes que sabem que nem todos podem vencer, que sabem o quanto é difícil levantar a cabeça e seguir adiante, perdendo.
Rubinho é como aquele personagem do Gabriel Garcia Marques, herói de trezentas revoluções perdidas, pena que o Brasil não soube compreender sua grandeza.
Grande Rubinho.
Uma coisa, duas, no entanto, não se pode dizer do velho/novo Rubens, que não gosta de correr e que desiste fácil, embora tenha deixado passar algumas vezes a chance de ser campeão, tanto nos primeiros anos da Ferrari, quando o Schumacher o destruiu, quanto na temporada de 2009, se eu não me engano, temporada em que o Jason Button foi campeão. Esta sem dúvida foi a grande chance dele e digam os entendidos o que disserem, para mim ele é melhor piloto que o Button, mas não acreditou que o carro da equipe da qual não lembro o nome fosse competitivo até o fim do ano.
Não foi pra cima com tudo e quando entrou pra valer na briga, já tinha perdido, se tivesse acordado antes, tenho certeza que seria campeão.
Não aproveitou a sorte que teve no fim da carreira, pois no início seu azar tornou-se proverbial, mas a verdade é que o Brasil não o perdoou por não ser um novo Ayrton Senna.
Poucos esportistas foram tão cobrados.
Lembro que um desses palhaços de plantão perguntou ao Schumacher o que ele faria se acordasse e fosse o Rubinho Barrichello. O alemão respondeu:
- Eu me matava.
E a chacota do queixudo foi piada em todo esse não tão vasto mundo sub-lunar, mesmo assim o Rubinho não deixou de treinar e entrar no carro e correr outra vez. Não foi fácil. Nunca é fácil e ainda mais sendo motivo de piada de um país inteiro, seu próprio país e não desistir.
Bravo Rubinho. Ganhar não é fácil, talvez por isso todos amem o vencedor, mas perder, quase sempre perder e não desistir, seguramente é mais difícil. Perder e mesmo assim sorrir é para poucos.
Não costumo mais assistir as corridas de fórmula 1, mas lembro do Michelle Alboreto, que já de cabelos brancos ainda corria e certa vez foi preso em Interlagos, pois um segurança não acreditou que ele fosse piloto, talvez a história não tenha sido bem essa, talvez não tenha ocorrido em Interlagos, mas é assim que eu me lembro e me parece que ele, da mesma forma que o Rubinho, foi uma promessa que não se realizou.
Mas não desistiu de fazer o que gostava por isso, apesar de tantos que certamente o cobraram.
É assim ou foi assim com o Rubinho, que pode por no seu epitáfio aquela frase de um daqueles sábios gregos que diz:
- Eu e o tempo contra todos.
Por fim e sem nenhuma maldade, o alemão foi um grande vencedor, o maior vencedor, mas foi um vencedor sem grandeza, porém o Rubinho não, Rubinho foi grande mesmo na derrota, talvez por isso seja querido pelos seus companheiros/concorrentes que sabem que nem todos podem vencer, que sabem o quanto é difícil levantar a cabeça e seguir adiante, perdendo.
Rubinho é como aquele personagem do Gabriel Garcia Marques, herói de trezentas revoluções perdidas, pena que o Brasil não soube compreender sua grandeza.
Grande Rubinho.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Baião de doido
A pergunta que não quer calar
Quem faz mais mal ao Brasil?
a) O legislativo;
b) O executivo;
c) O judiciário;
d) A imprensa;
e) Todas as alternativas estão corretas.
Desinteligência
O Corinthians está montando um time só de atacantes.
A presidenta
Dona Dilma tem um toque de merdas para escolher ministros.
Razão de ser
Só a existência da Larissa Riquelme justificaria a existência do Paraguai.
Sinuca de bico
Para a rede Globo cu de bebo não tem dono mesmo.
Recado
Porra Luísa, vai-te fuder.
O Blatter falou
As obras da copa do mundo da Rússia estão mais adiantadas que as do Brasil.
Campanha
Fora Ricardo Teixeira.
Lembrança
Me digam uma coisa, o Boninho era aquele que deixava ovos estragarem para, junto com os filhos, tascarem na cabeça de prostitutas que voltavam da putaria, quer dizer, do trabalho.
Futuro
O que será do carnaval carioca sem os bicheiros.
Quem faz mais mal ao Brasil?
a) O legislativo;
b) O executivo;
c) O judiciário;
d) A imprensa;
e) Todas as alternativas estão corretas.
Desinteligência
O Corinthians está montando um time só de atacantes.
A presidenta
Dona Dilma tem um toque de merdas para escolher ministros.
Razão de ser
Só a existência da Larissa Riquelme justificaria a existência do Paraguai.
Sinuca de bico
Para a rede Globo cu de bebo não tem dono mesmo.
Recado
Porra Luísa, vai-te fuder.
O Blatter falou
As obras da copa do mundo da Rússia estão mais adiantadas que as do Brasil.
Campanha
Fora Ricardo Teixeira.
Lembrança
Me digam uma coisa, o Boninho era aquele que deixava ovos estragarem para, junto com os filhos, tascarem na cabeça de prostitutas que voltavam da putaria, quer dizer, do trabalho.
Futuro
O que será do carnaval carioca sem os bicheiros.
sábado, 28 de janeiro de 2012
A espera do fim
O Arnaldo Jabor fala muita merda, mas de vez em quando ele acerta no alvo, lembro uma vez e isso faz um bom tempo, uma edição do Jornal Nacional em que ele comentava as chuvas que caiam no Rio de Janeiro. O comentário era ao mesmo tempo, inteligente, lúcido e indignado, mas não dessa indignação tola e burra que não passa de lugar comum.
No fim o Arnaldo Jabor, leu o nome do autor do texto e o ano.
Lima Barreto, 1913.
Se não me falha a memória.
E desde aquele longínquo ano as tragédias se sucedem com a periodicidade dos verões e o número das vítimas cresce acompanhando o crescimento das cidades e será assim até que as enchentes cheguem, por que o tempo anda cada dia mais imprevisível, até a casa dos ricos ou até ministros e prefeitos que desviam o dinheiro das verbas públicas, que deveriam ser utilizadas para resolver o problema, serem linchados no meio da rua.
Porém, embora seja contra a violência, contra a minha pessoa é claro, se pudesse escolher alguém para linchar nesse alvissareiro ano que começa, seria pelo menos um dos integrantes das muitas quadrilhas de toga que se encastelam nos tribunais para viver a custa do povo, espoliando a população e existindo em uma realidade paralela, pois, mesmo que roubem, que vendam sentenças, que não trabalhem, são punidos, no máximo, com uma aposentaria compulsória, mas remunerada.
Imundos.
E assim como esperar justiça de uma justiça injusta e corrupta, como esperar que esses maldosos nefelibatas, ponham os mensaleiros ou os jáderes na cadeia, se eles são parceiros no crime. No Brasil os três poderes não servem para se fiscalizarem mutuamente, mas para roubarem mutuamente o povo.
E por que ninguém levanta nem a hipótese de eleger juízes?
Por que o quarto poder também é parceiro na pilhagem do povo?
No antigo Império Persa o juiz que recebesse presentes para mudar o veredito e fosse descoberto era morto e tinha a pele extraída e curtida. Com ela se revestia a cadeira em que o novo juiz sentaria.
No Brasil se essa lei fosse adotada com eficiência, as cadeiras seriam as mais confortáveis do mundo.
Eu sou um admirador dos persas.
Mas estou muito amargo hoje, meu caro e gentil leitor, embora, afinal de contas haja sempre motivos para um homem se alegrar. Existe a Larissa Riquelme, a Jessica Alba, a Eva Green, a Sharon Menezes, a Cristiane Dias.
Enfim, enquanto existirem mulheres há motivos de sobra para se alegrar, embora eu pense que se elas andassem um pouco mais despidas o meu humor melhoraria, o humor de todos os homens melhoraria. Talvez nem houvesse mais guerras se elas fossem mais boazinhas conosco. Não sei o quê uma mulher diria dessa teoria, mas ainda hei de perguntar, de qualquer forma uma mulher bonita é como uma flor, para ser vista, para atrair os olhares.
Essa foi de lascar, digna não do Arnaldo Jabor, mas do Pedro Bial. Grande Pedro Bial, jornalista conceituado, muito conceituado. Eu tenho medo dele lançar um livro de crônicas ou de poesias e virar Best-seller.
Mas, se nós já temos o Augusto Cury.
Eu prefiro o Bial e olha que eu não sou puta de Big Brother.
Puta que pariu, eu prefiro mesmo o Bial.
No fim o Arnaldo Jabor, leu o nome do autor do texto e o ano.
Lima Barreto, 1913.
Se não me falha a memória.
E desde aquele longínquo ano as tragédias se sucedem com a periodicidade dos verões e o número das vítimas cresce acompanhando o crescimento das cidades e será assim até que as enchentes cheguem, por que o tempo anda cada dia mais imprevisível, até a casa dos ricos ou até ministros e prefeitos que desviam o dinheiro das verbas públicas, que deveriam ser utilizadas para resolver o problema, serem linchados no meio da rua.
Porém, embora seja contra a violência, contra a minha pessoa é claro, se pudesse escolher alguém para linchar nesse alvissareiro ano que começa, seria pelo menos um dos integrantes das muitas quadrilhas de toga que se encastelam nos tribunais para viver a custa do povo, espoliando a população e existindo em uma realidade paralela, pois, mesmo que roubem, que vendam sentenças, que não trabalhem, são punidos, no máximo, com uma aposentaria compulsória, mas remunerada.
Imundos.
E assim como esperar justiça de uma justiça injusta e corrupta, como esperar que esses maldosos nefelibatas, ponham os mensaleiros ou os jáderes na cadeia, se eles são parceiros no crime. No Brasil os três poderes não servem para se fiscalizarem mutuamente, mas para roubarem mutuamente o povo.
E por que ninguém levanta nem a hipótese de eleger juízes?
Por que o quarto poder também é parceiro na pilhagem do povo?
No antigo Império Persa o juiz que recebesse presentes para mudar o veredito e fosse descoberto era morto e tinha a pele extraída e curtida. Com ela se revestia a cadeira em que o novo juiz sentaria.
No Brasil se essa lei fosse adotada com eficiência, as cadeiras seriam as mais confortáveis do mundo.
Eu sou um admirador dos persas.
Mas estou muito amargo hoje, meu caro e gentil leitor, embora, afinal de contas haja sempre motivos para um homem se alegrar. Existe a Larissa Riquelme, a Jessica Alba, a Eva Green, a Sharon Menezes, a Cristiane Dias.
Enfim, enquanto existirem mulheres há motivos de sobra para se alegrar, embora eu pense que se elas andassem um pouco mais despidas o meu humor melhoraria, o humor de todos os homens melhoraria. Talvez nem houvesse mais guerras se elas fossem mais boazinhas conosco. Não sei o quê uma mulher diria dessa teoria, mas ainda hei de perguntar, de qualquer forma uma mulher bonita é como uma flor, para ser vista, para atrair os olhares.
Essa foi de lascar, digna não do Arnaldo Jabor, mas do Pedro Bial. Grande Pedro Bial, jornalista conceituado, muito conceituado. Eu tenho medo dele lançar um livro de crônicas ou de poesias e virar Best-seller.
Mas, se nós já temos o Augusto Cury.
Eu prefiro o Bial e olha que eu não sou puta de Big Brother.
Puta que pariu, eu prefiro mesmo o Bial.
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